'Parece formado no Flamengo': Cléber Xavier revela bastidores de Gerson como capitão | OneFootball

Cléber Xavier falou sobre o período como auxiliar técnico de Tite no Flamengo durante entrevista ao Charla Podcast, nesta quinta-feira (6). Com passagens por outros clubes nacionais e Seleção Brasileira, o agora técnico principal comentou o processo para decidir entregar a braçadeira de capitão para Gerson e exaltou a evolução que o ídolo rubro-negro teve tanto dentro quanto fora de campo para atingir o patamar que vive no momento.

Questionado sobre um momento especial que chamou a atenção, o ex-auxiliar lembrou da prelação do Camisa 8 antes de goleada por 4 a 0 sobre o Atlético-MG no Mineirão. Gerson lembrou de derrota sofrida no ano anterior e provocação de Paulinho, que pisou no escudo rubro-negro e fez sinal de silêncio para os torcedores após marcar.

"As atitudes dele no dia a dia, reações nos jogos, nos momentos ruins. Teve um jogo que a gente ganhou do Atlético-MG jogando muito no Mineirão, 4 a 0, ele entrou engasgado pela derrota que a gente teve de 3 a 0 no Maracanã. Aquilo na hora ele soltou. É de dentro dele, ele vive aquilo. O Gerson é um jogador formado no Fluminense, mas se você esquecer daquilo parece que ele foi formado no Flamengo. Quando tu identifica jogando em um time que você ama e isso é verdadeiro, é muito forte. Isso acaba passando para tudo", disse Cléber Xavier; relembre o momento:

Esse momento aconteceu quando Gerson já estava firmado como capitão do Flamengo. Contudo, Cléber Xavier revela que o atleta despertou a atenção da comissão técnica muito antes. Ele recorda de encontro no aeroporto durante embarque para a Copa do Mundo, quando o meia os cumprimentou e desejo boa sorte mesmo após ficar de fora da lista. Isso antes de citar a maturidade que demonstra no dia a dia do Ninho do Urubu, o que inclui prestar atenção nos processos implementados pela comissão e se aproximar dos atletas mais jovens.

"Quando o Flamengo vive o melhor momento com o Jorge Jesus, o time tinha muitos lideres. Os dois Diegos, Filipe Luis, Rafinha, Rodrigo Caio, Everton Ribeiro... e o Gerson era um menino. Nesse momento a gente convocou o Gerson e o colocou como titular. Ele fez jogos como titular, entre no jogo contro Chile e depois a gente dá continuidade. Infelizmente, naquele jogo da Argentina que não sai (2020), o Gerson seria titular. Aí ele acaba saindo (do Flamengo) e com o tempo a gente mudou. Quando a gente encontra, se não me engano indo para a Copa, a gente cruza com o Gerson no aeroporto. Às vezes o jogador quando não é convocado fica puto, vira a cara, mas ele não. Nos cumprimentou, desejou boa sorte e aquilo chamou a atenção", comentou, antes de completar:

"No Flamengo, percebemos a maturidade que ele alcançou. A forma que ele treina, que se relaciona, enxerga os processos, se aproxima dos jogadores mais novos, se coloca entre os mais experientes. Não era mais aquele menino de 2019. E isso chama a atenção. Fazendo diferentes funções, sempre dando o seu melhor. A gente buscava uma liderança, Everton tinha saído, a gente coloca o Gerson e a gente decide mante-lo.  Ele se posicionou para isso. Além da maturidade para ser o capitão, ele foi o grande jogador na nossa mão. Se tivesse que escolher dois jogadores, ele e Pedro mais se destacaram."

Gerson merece ser titular da Seleção Brasileira

Cléber Xavier finaliza os comentários sobre Gerson afirmando que o meia rubro-negro merece a vaga de titular na atual Seleção Brasileira e o vê como peça importante para a Copa do Mundo de 2024. Isso além de projetar uma possível braçadeira de capitão também no time nacional.

"Agora ele vai para a Seleção, hoje ele é titular. A Seleção joga com dois meias centrais, para mim ele é mais titular do que o Bruno Guimarães. Merece esse sucesso, para mim vai ser importante para a Seleção na próxima Copa. Não sei se tem potencial, o capitão é Marquinhos, o Alisson, Danilo, mas vejo ele em um nível respeitável. Ele adquiriu esse respeito dos caras lá dentro. Muitas vezes tem grupo que não aceita um capitão. "