Pepe encantado com nova fase: “A vida é muito bonita e estou a vivê-la como nunca vivi” | OneFootball

O antigo jogador de futebol Pepe, que pôs um ponto final na sua carreira este ano aos 41 anos, afirmou na quarta-feira à agência Lusa que está a “aproveitar muito” a sua nova fase de vida, vivendo-a, ao lado da família, de uma forma que nunca tinha feito antes.

Pepe fez estas declarações à margem da entrega de uma bolsa de 18 mil euros à investigadora da Faculdade de Medicina do Porto (FMUP), Bárbara Caetano da Mota, no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, bolsa que ele próprio patrocinou, destinada ao desenvolvimento de um projeto de investigação na área da Saúde.

Quando questionado se sentia a falta dos campos de futebol e de jogar para uma vasta audiência, Pepe, entre sorrisos, respondeu que, quando se está totalmente comprometido com a atividade, neste caso jogar futebol ao mais alto nível, como ele fez, não há espaço para nostalgia.

“Sou do tipo que deixou tudo em campo enquanto jogador. Agora, estou a aproveitar muito a minha vida de pós-jogador. E a vida é muito bela e estou a vivê-la como nunca antes, uma vez que sempre fui muito comprometido com a minha carreira”, afirmou.

Pepe agora dedica uma parte significativa do seu tempo à família, algo que, devido aos compromissos de jogador, como treinos, jogos, estágios e deslocações, não pôde vivenciar na sua totalidade, assim como à prática de desporto em geral.

Na cerimónia, o ex-internacional português, que se despediu dos campos de futebol após o Euro’2024, na Alemanha, confessou que se sentia mais à vontade a jogar para 80 mil espectadores do que a falar para um auditório e desafiou outros a seguir o seu exemplo.

“É um momento significativo e espero que sirva de inspiração. É uma enorme alegria poder contribuir para esta área, a investigação, que é muito importante para a nossa sociedade”, acrescentou no final da sessão à Lusa, entre pedidos de autógrafos e fotografias com os presentes.

O ex-jogador do FC Porto, Marítimo, Real Madrid (Espanha) e Besiktas (Turquia), entre outros, deseja que outros sigam o seu exemplo, de forma a garantir o futuro da investigação.

“É um enorme prazer quando se ajuda o próximo, porque é isso que estamos a fazer”, acrescentou Pepe, elogiando o trabalho realizado pelo Laboratório Associado RISE, que conta com mais de 460 investigadores doutorados, que promove a bolsa Pepe Grant.

Ao longo de um ano, a vencedora desta bolsa, a investigadora Bárbara Caetano da Mota, irá estudar os efeitos do tratamento da diabetes nas alterações provocadas por dietas com alto teor de gordura e açúcar no cérebro dos adolescentes.