Por momentos pareceu que seria diferente... | OneFootball

Na hora em que o sorteio destes oitavos de final ditou um reencontro entre as duas equipas, ainda estava fresco na memória o último confronto. Um épico duelo da fase de liga (4-5), na Luz, que acabou com o quebrar dos corações encarnados aos 90+6´. Esta quarta-feira, o desfecho voltou a ser um furo golpe para os da casa...

Num jogo em que o Benfica chegou a dominar por largos minutos, com a expulsão de um adversário a galvanizar a única equipa portuguesa nesta Liga dos Campeões, foi o Barcelona quem voltou a sorrir no fim, novamente com um golo de Raphinha a decidir o desfecho da partida. A boa notícia é, nesta altura, que a eliminatória ainda vai a meio.

Primeira parte fez sonhar

Nessa fatídica noite de janeiro vimos os guarda-redes na sua pior versão, com erros que feriram os respetivos coletivos, mas esse não foi o caso desta vez... Aliás, foi bem o contrário, com um guarda-redes em bom plano e outro a merecer mesmo a distinção de melhor em campo!

Se o nulo no marcador durou até ao intervalo, foi principalmente graças ao trabalho de Trubin de um lado e de Szczesny do outro. O polaco fez uma série de boas defesas para travar os melhores momentos do Benfica, enquanto o ucraniano se evidenciou com um trio de defesas em poucos segundos, negando o golo a Olmo, Lewandowski e Yamal.

Por outro lado, vimos Vangelis Pavlidis mostrar a mesma personalidade que o levou a um hat-trick nesse confronto anterior. Não marcou, mas teve a destreza (e explosividade) para arrancar de forma surpreendente em direção à baliza adversária, gerando a situação que acabou com Cubarsí a dar um valente Pau. O jovem central catalão viu o vermelho direto, num lance que mexeu com a balança do favoritismo.

Com Flick a ver-se forçado a tirar Olmo para reequilibrar a defesa, o Benfica teve mais bola e galvanizou-se em direção a essa sempre bem protegida baliza. As chances de Pavlidis, Kokçu, Akturkoglu e Schjelderup em nada deram, enquanto o adversário foi ganhando alguma confiança a jogar com 10. No fim do primeiro tempo já víamos Raphinha a surgir com perigo no ataque e a deixar uma certeza no recolher aos balneários: game on.

Outra vez, Raphinha?

A segunda parte começou com um notável ímpeto benfiquista. Pavlidis voltou a ter nos pés uma grande chance, servido por Carreras, e voltou a não mostrar a capacidade finalizadora de dias melhores, armando um remate completamente desenquadrado. O problema foi que os restantes remates, mesmo levando a direção certa, iam sendo travados de forma consistente por Szczesny.

A boa exibição do guarda-redes visitante, aliada à perda de tempo nas reposições de bola, ia gerando, de resto, alguns assobios nas bancadas. Os adeptos da casa sabiam que a vantagem numérica poderia levar a equipa a um bom resultado frente a um adversário teoricamente superior e também por isso terá doído mais o erro de António Silva, que aos 61 minutos, com um mau passe, gerou o 0-1.

O tento levou assinatura de Raphinha, que com um belo remate voltou a silenciar a Luz. O ex-Vitória SC e Sporting fez assim o seu 25º golo numa temporada de sonho, dos quais três foram contra o Benfica.

A vantagem levou o Barça a recuar ainda mais. A formação blaugrana continuou a apresentar-se bem com menos um homem, mas também continuou a ceder as ocasionais chances que iam fazendo a águia sonhar. Os primeiros nomes a sair do banco tiveram as maiores: João Rego à boca da baliza, ao lado, minutos depois de Belotti ter feito uma arrancada que por momentos gerou uma grande penalidade... riscada por fora de jogo.

Até ao fim, com crescente insistência e frustração, o Benfica tentou procurar pelo menos um empate. Este não chegou e o apito veio confirmar uma derrota dura de engolir, mas que não serve de ponto final. Teremos, na próxima terça-feira, a segunda mão...