
Central do Timão
·17 aprile 2025
Ramón e Emiliano Díaz analisam derrota do Corinthians contra o Fluminense no Brasileirão

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·17 aprile 2025
Na noite desta quarta-feira, 16 de abril, o Corinthians enfrentou o Fluminense, na Neo Química Arena, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro e acabou sendo derrotado pelo placar de 2 x 0. O resultado foi o segundo revés seguido do Alvinegro no torneio nacional.
O clube do Parque São Jorge voltou a perder um jogo de Brasileirão em Itaquera após 10 meses. A última derrota havia sido no dia 01/06/2024, diante do Botafogo, pela sétima rodada da última edição da competição nacional. Após a partida, Ramón e Emiliano Díaz concederam entrevista coletiva e falaram sobre diversos temas como análise da partida, oscilação da equipe, desempenho de Matheus Donelli, entre outros.
Foto: Vinicius Lúcio/Central do Timão
Oscilação da equipe e análise da partida – Emiliano Díaz
“Acontece. Sempre falamos que durante o ano acontecem oscilações por lesões, por momentos. Não estamos acostumados a perder no Corinthians dois jogos seguidos, isso chateia demais, o grupo sentiu. O golpe do clássico foi duro e hoje se sentiu um pouco. Ainda assim, não nos criaram uma situação de gol. Foi um chute de fora, não uma jogada preparada, um rebote. Sentimos uma pancada a mais Temos que responder o mais rápido possível porque não somos um grupo acostumado a perder, um elenco para jogar melhor e ter outra performance.”
“Acho que foi um jogo estranho. No primeiro tempo tivemos muita posse de bola, praticamente não sofremos finalizações, mas não fomos claros na forma de atacar. Não encontramos espaços, eles se fecharam bem. Foi um jogo muito abaixo do que estamos acostumados.”
Gols sofridos na partida e dificuldades – Ramón Díaz
“São jogadas e situações em que a gente espera que não aconteça essa conclusão. Foi um gol raro, estranho, de um lateral que é canhoto e bateu de direita, um gol incrível. Isso afetou animicamente o time. Vínhamos não jogando em grande nível, mas tínhamos controle. Era uma partida intensa das duas equipes.”
“São momentos e contra esses momentos complicados há que manter a calma, o trabalho, seguir convencendo os jogadores de sua capacidade. Nesses momentos é importante que o jogador não perca a confiança do que vínhamos fazendo. Baixar a guarda não seria bom para o time, para nós, para ninguém. Vamos tratar que o time recupere o espírito que tinha anteriormente.”
Performance de André Carrillo e sua saída na segunda etapa – Emiliano Díaz
“Estivemos acelerados no primeiro tempo, mas não encontramos espaço. A saída do Carrillo é porque ele não mudou esquema, queríamos ter abertura por fora com Talles (Magno), deixar as pontas fixas. Voltamos a recuperar a bola. As alternativas nós trabalhamos, nós temos. Mas às vezes parece que nada sai. Foram jogos abaixo, isso dói. Mas tem que ter coragem para seguir trabalhando. Quando ganhávamos, não éramos os melhores. Agora não somos os piores. Temos que manter o equilíbrio. Faltam boas decisões, e não tenho dúvida (que o time vai recuperar). Passamos por situações mais difíceis e o time se recuperou.”
Esquema com três atacantes e entrada de Talles Magno no segundo tempo – Emiliano Díaz
“Com o 4-3-3 tendo jogadores como Memphis e Angel por fora, eles também podem entrar, gerar jogo por dentro. O adversário estava fechado e não encontramos espaço. O que aconteceu com o Palmeiras era para fechar espaços por fora. Hoje era para ter o 1×1 com Angel e Memphis. Mas o time não é só responsabilidade deles, o time não encontrou a calma para achar o passe. Quando você tem situações e erra, começa a complicar. Eles tiveram uma chance e fizeram o gol.”
“Eu chamei o Talles e saiu o gol, não é que mudei depois do gol. A partir desse momento, o pivô deles estava sozinho. Ficamos com Talles por fora e Memphis atrás do atacante, para que o volante dele não controlasse o jogo. O gol foi aos 17. Nos primeiros 15 minutos tentamos tirar o Carrillo para pressionar e notamos que ele estava desgastado. Tentamos atacar por fora, com mais gente, depois colocamos Maycon e José Martínez. Nao vi as estatísticas, mas tivemos o controle do jogo.”
Questionamentos direcionados ao goleiro Matheus Donelli – Emiliano Díaz
“É um menino da casa, hoje não teve nenhuma responsabilidade. Ser o suplente do novo ídolo do Corinthians não é fácil. É um menino, é questão de seguir falando com ele, apoiando. Acho que ele não teve nada a ver com o resultado de hoje. Mas quando perde e falta o seu ídolo… Mas hoje a torcida o aplaudiu, é mais a mídia e as redes sociais. Temos que nos distanciar disso, hoje ninguém vaiou ele, ele sentiu o apoio na arena. Os momentos não são tão cor de rosa, mas é nesse momento que tem que se apoiar o grupo, senão parece que o grupo só serve quando as coisas vem.”
“Tem que apoiar sobretudo Doni (Donelli), que é um menino da casa. Ele teve que entrar em um momento difícil, num Derby, depois da lesão de um ídolo do elenco. Temos que seguir apoiando ele. Fez a base aqui desde pequeno, seleção, não é que chegou de presente. Temos que seguir acreditando nele.”
Não utilização de Alex Santana e situação de Igor Coronado – Emiliano Díaz
“Quase sempre ele entrou, é uma peça muito considerada por nós. Alex é um jogador importante para nós, jogou no Paulista, nos íltimos não entrou mas é importante. O Igor não sabemos quando volta, não te posso dar uma resposta porque ele tem uma contusão no ombro, esperamos que ele se recupere logo.”
Oscilação: queda de desempenho ou contexto de cada partida? – Emiliano Díaz
“Caiu por circunstâncias, o time não é assim, nós não somos assim. Queremos seguir brigando por títulos, quando escuto que demos uma relaxada fico triste. Não somos robôs. Nos momentos ruins, como cabeças do grupo, temos que apoiá-los. Nós pedimos perdão ao torcedor porque o desempenho não foi o que queríamos. Mas não é que está tudo mal para falar assim. Tivemos oscilações que não podemos ter, mas agora é se recompor, botar a cara de novo e seguir adiante, como sempre fizemos.”
Pontos de dificuldade da equipe nas últimas partidas – Ramón Díaz
“Faz dois ou três jogos que da metade do campo para adiante que o time não tem a lucidez e a frescura de impor nosso ataque. Isso vamos ter que trabalhar, falar com eles, em cada momento em que passam essas situações o que temos que fazer é manter tranquilidade, dar confiança, saber que é um momento difícil, mas não é impossível sair dessa situação. Creio muito no time. Não se pode mudar tanto um time em 15 dias. Vamos tratar de nos recompor e ganhar para a torcida. Pedimos para a torcida seguir nos apoiando, porque num momento difícil precisamos de todos. Vamos trabalhar para que possamos resolver melhor.”
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