Jogada10
·3 luglio 2025
SAF do Botafogo não garante longevidade aos técnicos

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O Botafogo saiu do modelo associativo para tornar-se um clube-empresa, mas manteve hábitos frequentes no futebol brasileiro, como a rotação constante de treinadores, chaga, aliás, que a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Alvinegro não conseguiu evitar. Desde março de 2022, quando houve a concretização da mudança, seis treinadores passaram pelo Mais Tradicional. Na madrugada da última segunda-feira, com a demissão de Renato Paiva, o Alvinegro chegou à média de um técnico a cada seis meses. Ou, para ser mais preciso, 181 dias. Entre um comandante e outro, a equipe teve Cláudio Caçapa, Fábio Mathias e Carlos Leiria como interinos.
Apenas dois profissionais do sexteto conseguiram um pouco mais de longevidade. No entanto, seduzidos pelo vil metal dos petrodólares, optaram por deixar o Glorioso e trabalhar no Oriente Médio. Campeão da Libertadores e do Brasileirão, Artur Jorge ficou de abril a dezembro de 2024. Foram 273 dias como treinador do time alvinegro. O próprio comandante bracarense interrompeu o ciclo. Primeiro técnico da era SAF e também português, Luis Castro ultrapassou um ano na Estrela Solitária. Com 462 dias, ele é, portanto, uma exceção à regra.
Os quatro demais foram demitidos pelo Botafogo e deixaram a média bem curta. O primeiro a rodar foi Bruno Lage. Sucessor de Castro, completou apenas 88 dias, de julho a outubro de 2023. Não conseguiu estar à altura do antecessor, deixou o Glorioso na liderança do Campeonato Brasileiro, porém, em viés de queda. Lucio Flavio, até então na comissão técnica permanente, veio em seguida e só piorou as coisas. Ficou 42 dias, de outubro a novembro daquele ano. Hoje, não pode aparecer nem pintado de ouro próximo ao Estádio Nilton Santos.
De dezembro de 2023 a fevereiro de 2024, o Botafogo teve, no banco de reservas, Tiago Nunes, técnico que não conseguiu evitar a perda do título brasileiro. Marcado pelo fim daquela campanha e muito mal no Carioca, durou 98 dias. Curiosamente, atualmente na LDU (EQU), reencontra o Botafogo, em agosto, pelas oitavas de final da Copa Libertadores.
Artur Jorge seria o próximo treinador. Ele, porém, só assinaria o contrato em abril. Durante mais de um mês, o Botafogo esteve atrás de um treinador, hábito com o qual o torcedor do clube vai se acostumando. Na história pelos títulos, o treinador minhoto optou por sair do Alvinegro para dar lugar a Renato Paiva. Até contratá-lo, o Glorioso demorou 55 dias. Neste período, perdeu a Supercopa do Brasil para o Flamengo e a Recopa para o Racing.
Paiva, que nunca teve a simpatia dos botafoguenses, permaneceu no Mais Tradicional de fevereiro a junho. Em 123 dias, obteve 92,5% de aproveitamento como mandante, classificou o time para as oitavas de final da Libertadores e Copa do Brasil, além de vencer o poderoso PSG no Super Mundial de Clubes da Fifa. No entanto, pela mesma competição, caiu diante do Palmeiras, nas oitavas. Sócio majoritário da SAF, John Textor não gostou da postura da equipe e o demitiu.
Agora, o Botafogo está novamente no mercado atrás do sétimo treinador da era SAF. Por ora, não há definição. Na segunda-feira (7), o time se reapresenta no Espaço Lonier com o cargo vago.