Santos FC
·11 dicembre 2025
Santos vence o Vasco e garante o hexacampeonato brasileiro

In partnership with
Yahoo sportsSantos FC
·11 dicembre 2025

Por Gabriel Pierin, do Centro de Memória
No dia 10 de dezembro de 1968, o Santos consolidou sua supremacia no futebol brasileiro ao conquistar, pela sexta vez em oito anos, o título nacional. A equipe comandada por Antoninho venceu o Vasco por 2 a 1 no Maracanã, com gols de Toninho e Pelé, garantindo o sexto campeonato brasileiro de sua história.
Entre 1961 e 1965, o clube já havia levantado o pentacampeonato consecutivo da Taça Brasil, além de ter sido vice em 1959 e 1966. O triunfo de 1968 completou uma década quase perfeita: entre as dez competições nacionais disputadas de 1959 a 1968, o Santos acumulou seis títulos e dois vices.
A campanha
Com as edições anteriores da Taça Brasil já incorporadas à galeria de glórias, a principal competição nacional de 1968 foi o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão — também conhecido como Taça de Prata. Disputado em duas fases, o torneio reuniu 17 clubes divididos em dois grupos, um com nove equipes e outro com oito. Após jogos em dois turnos, os dois melhores de cada chave avançariam ao quadrangular final.
No Grupo B, o Santos liderou com autoridade: nove vitórias em 16 partidas e um impressionante saldo ofensivo de 37 gols, que garantiram ao time o melhor ataque da competição. Além do Alvinegro, classificaram-se Vasco, Palmeiras e Internacional para a fase decisiva, disputada em turno único.
A fase final
A estreia santista no quadrangular ocorreu em 4 de dezembro, no Estádio Olímpico, diante do Internacional. Pelé abriu o placar, mas Elton empatou ainda no primeiro tempo. A vitória veio apenas aos 43 minutos da etapa final, em pênalti convertido por Carlos Alberto.
Quatro dias depois, no Morumbi, Santos e Palmeiras se enfrentaram em um duelo determinante, já que ambos haviam vencido na rodada inaugural. O time da Vila Belmiro fechou o primeiro tempo em vantagem, com gol de Abel, e ampliou na segunda etapa com Edu e Toninho, construindo o 3 a 0 que deixou a equipe em posição confortável para a rodada final.
Com quase 55 mil pagantes no Maracanã, o confronto contra o Vasco, em 10 de dezembro, tinha cenário favorável ao Santos. O time somava quatro pontos e quatro gols de saldo — só perderia o título se fosse derrotado por três gols de diferença. Além disso, a base da equipe integraria a Seleção Brasileira que começaria a preparação para as Eliminatórias da Copa de 1970. Era um time difícil de ser superado.
Antoninho escalou Cláudio; Carlos Alberto, Ramos Delgado, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima; Edu, Toninho (Douglas), Pelé e Abel (Laércio). Paulinho de Almeida mandou a campo Valdir, Ferreira, Brito, Moacir (Fernando) e Eberval; Benetti e Alcir; Nado, Valfrido, Bianchini e Danilo Menezes (Adilson).
A partida decisiva
O Santos começou melhor e rapidamente controlou as ações, enquanto o Vasco demonstrava dificuldade para se organizar. Aos 15 minutos, após cobrança de falta de Pelé desviada na barreira, o próprio Rei recuperou a bola e serviu Toninho, que marcou o primeiro gol da tarde.
Aos 38, Clodoaldo iniciou a jogada no meio-campo, encontrou Abel, que tocou para Pelé. O camisa 10 avançou e bateu no canto direito de Valdir, fazendo 2 a 0. No fim da primeira etapa, Toninho sofreu contusão e deu lugar a Douglas.
O ritmo santista caiu no segundo tempo, especialmente depois que Pelé se machucou em disputa com Eberval. Sem Toninho e com o Rei limitado, Edu passou a ser a principal referência ofensiva.
O Vasco cresceu e, aos 15 minutos, Bianchini descontou após falha defensiva. A vantagem santista, porém, seguia folgada. Aos 25 minutos, Bianchini tentou atrapalhar o goleiro Cláudio na devolução da bola; irritado, o santista revidou, e ambos foram expulsos por Arnaldo César Coelho. A solução encontrada por Antoninho foi substituir Abel pelo goleiro Laércio.
Com os dois ataques desfalcados e o título já encaminhado, o jogo perdeu intensidade. Quando o árbitro apitou o fim, o Santos confirmou a vitória e a conquista do sexto campeonato brasileiro — mais um capítulo de uma era de hegemonia no futebol nacional.









































