Portal dos Dragões
·22 aprile 2025
Sócio diz que foi insultado por Fernando Madureira por não bater palmas a Pinto da Costa

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José Miguel, associado do FC Porto desde 2000, declarou em tribunal que o grupo em que se encontrava foi obrigado a mudar de local devido a insultos dirigidos a alguns amigos de André Villas-Boas. O seu depoimento ocorreu esta terça-feira durante o julgamento da operação Pretoriano, no Tribunal de São João Novo, no Porto.
“Íamos sentar-nos na bancada sul, mas as pessoas que estavam connosco decidiram sair, alegando que tinham sido insultadas, preferindo mudar para a bancada norte”, relatou.
Na bancada norte, notou que alguns indivíduos se manifestaram contra o início da sessão, que ocorreu com sócios ainda do lado de fora. Esses indivíduos foram, em seguida, silenciados por outros. “Mais à frente, vi Fernando Madureira a mandar calar pessoas, a gesticular. Ele dirigiu-se a mim, pedindo-me que ficasse em silêncio”, afirmou José Miguel, explicando que isso ocorreu quando não aplaudiu após a intervenção de Pinto da Costa. “Vocês, amigos de Villas-Boas, são uns filhos da p* e estão a dividir o clube”, gritou Fernando Madureira na sua direção.
Logo a seguir, “poucos segundos depois”, eclodiu “uma luta” com uma família na escadaria, obrigando José Miguel e os amigos a se refugiarem no chão do pavilhão. “Vi uma confusão, não consigo identificar quem agrediu quem”, confessou. Quando a situação acalmou, sentaram-se atrás da mesa da Assembleia Geral.
Ele também testemunhou uma disputa com Henrique Ramos, após este ter discursado, mas não conseguiu identificar o agressor. Antes, notou Vítor Catão e Fernando Madureira a insultar e a silenciar Henrique Ramos durante o seu discurso.
José Miguel confirmou que quem era apanhado a filmar era advertido a não o fazer, mencionando que Sandra Madureira era uma das pessoas a fazer esses avisos. “Quando passei pela bancada central, ainda antes de os problemas se agudizarem, vi uma pessoa a filmar com o telemóvel e ela disse: ‘não é permitido filmar, larga já o telemóvel’. A pessoa guardou o telemóvel”, recordou o associado, sublinhando que ouviu esses avisos, frequentemente acompanhados de insultos, por parte de outros indivíduos que não conseguiu identificar.
“As pessoas não tinham liberdade para se expressar”, afirmou José Miguel. “Quem se encontrava do lado de Pinto da Costa podia dizer o que quisesse, mas quem estava do lado de Villas-Boas era imediatamente insultado e silenciado”, detalhou, descrevendo Fernando Madureira a andar “de um lado para o outro, sempre com os mesmos indivíduos, que eram os que causavam a desordem, insultando e intimidando quem não era Pinto da Costa. Fernando Madureira era quem instigava”.