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SPFC Demissões, Saídas, Barca e Mudanças

O São Paulo vive dias de terra arrasada após a goleada por 6 a 0 para o Fluminense, no Maracanã, e a resposta da diretoria começou por uma faxina no comando do futebol. Carlos Belmonte Sobrinho, diretor de futebol, e os dirigentes Nelson Marques Ferreira e Fernando Bracalle Ambrogi deixaram de ter funções no departamento, em decisão anunciada oficialmente pelo clube. A queda do trio, ligada diretamente ao desgaste político e ao fracasso esportivo de 2025, simboliza o fim de um ciclo que concentrava grande parte do poder e das articulações de bastidor no Morumbi.​

Com as demissões, o eixo de comando passa a se concentrar em Rui Costa e Muricy Ramalho, que seguem como executivo e coordenador de futebol, respectivamente, agora com ainda mais autonomia para tocar o planejamento de 2026. O presidente Julio Casares já avisou que quer um departamento “profissionalizado”, sem conselheiros em cargos executivos, e prepara a chegada de um CEO para dividir a gestão estratégica do clube. A ideia é que Rui fique responsável pelo dia a dia do elenco e mercado, enquanto Muricy atua como referência técnica e ligação direta com a comissão de Hernán Crespo.​

Em paralelo à dança das cadeiras na diretoria, a barca de jogadores começa a ser desenhada nos bastidores. O clube trabalha com a perspectiva de múltiplas saídas para enxugar a folha, abrir espaço para reforços pontuais e oxigenar um elenco que chegou ao fim da temporada esgotado física e mentalmente. Nomes com pouco uso, atletas em fim de contrato e jogadores com mercado devem ser negociados ou liberados, seguindo uma linha já vista em janelas anteriores, quando o São Paulo montou listas de dispensas e empréstimos para reorganizar o grupo.​

As mudanças, porém, acontecem em meio a forte turbulência política, com conselheiros articulando pedidos de renúncia e até de impeachment de Casares, o que adiciona pressão sobre qualquer decisão de barca e reformulação. A torcida, que cobra uma ruptura mais profunda, enxerga as saídas no topo da estrutura como um primeiro passo, mas ainda desconfia se a guinada será suficiente para recolocar o clube em rota competitiva. Entre demissões, saídas de elenco e redesenho do organograma, o São Paulo tenta provar que a crise atual será o ponto de virada — e não apenas mais um capítulo em uma sequência de recomeços mal executados.