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·16 dicembre 2025

Superintendente do São Paulo fala sobre caso de camarote em entrevista

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Superintendente do São Paulo fala sobre caso de camarote em entrevista – Foto: Marcelo Braga

Em longa e muito boa entrevista do GE, eles abordam todos os pontos com Marcio Carlomagno, citado no áudio do uso dos camarotes, veja:

“Não ganhei dinheiro. A única coisa que ganhei foi um grande problema para a gente resolver.”

“É importante tua pergunta. Sou um funcionário de carreira aqui. Não sou um ente político. Muitas vezes sou confundido com um ente político, mas sou funcionário. Sou um funcionário de alto escalação que vem trabalhando de forma incessante, insana para que o São Paulo consiga o superávit, chegue a uma receita deu 1 bilhão e diminua o endividamento. Fizemos varias ações para que o São Paulo melhorasse a governança. Se, em algum momento, algo respingar em mim diretamente, eu sou o primeiro a pedir a licença do cargo. Mas, no momento, não tem. É um áudio em que eu sou citado, não vou nem falar que sou vitima, porque vitima é o São Paulo. Mas é um áudio no qual eu sou citado e tenho o entendimento que usaram meu nome como ferramenta de pressão.

“A gente fez a cessão do camarote para a Diretoria Feminina. O áudio é extremamente ruim para a instituição. A gente teve o conhecimento dele através da reportagem e precisava entender um pouco o ocorrido. A gente fez a cessão para a Diretoria Feminina, e ela tinha parceria com uma das pessoas envolvidas para desenvolver projetos na área social. Esse camarote não é de uso clandestino, não tem nada de clandestinidade no São Paulo, é um camarote que já foi usado pela família do cantor do Coldplay, já foi usado para tirar fotos com o Bono Vox (vocalista do U2), que às vezes é usado para hospitalidades e é um camarote que não tem valor econômico porque ele não tem visão.

Existem camarotes que têm visão e camarotes que não têm visão. A gente usa os camarotes para fazer recursos. A gente pode vender, fazer uso institucional ou fazer permutas, porque temos inúmeras permutas para baratear o nosso clube. Então temos essas três vertentes de negociação. A diretoria de marketing tem o mapeamento de todo o estádio, e como esse camarote não tinha visão, quando houve a solicitação da Diretoria Feminina, designamos o local para que eles fizessem hospitalidade através da empresa que é uma das partes no processo. Basicamente isso. Nós tivemos ciência que houve comercialização no dia do show, que um grande player do mercado havia comprado de outra agência, e aí foi o momento que começamos a investigar.

A primeira decisão foi: o uso do camarote 3A está restrito. A gente cessou que tivesse qualquer atividade neste camarote (nos próximos shows). E começamos a prestar atenção no que estava desenrolando com as duas empresas, que estavam discutindo. No meio do ano, uma das partes entrou com um processo contra a outra, e aí a gente começou a observar qual era o desenrolar deste processo. Minha obrigação é zelar pela instituição e entender o que tinha no processo. O uso do meu nome em relação à ligação (telefônica) é indevido. Eles usam meu nome de forma indevida, esse é um ponto principal. O segundo é que, quem estava na ligação que precisa explicar, mas talvez utilizaram meu nome como uma ferramenta de pressão, como acontece diariamente no São Paulo em muitos casos em que usam meu nome: “Olha, o Márcio falou”. Tanto é que tivemos algumas mudanças de governança para que não fique esse disse-me-disse utilizando meu nome em relação a alguma ordem.

Não, não, não tinha fins comerciais esse camarote. É um camarote que teria uma hospitalidade para que recebessem parceiros para desenvolver os parceiros da área da Diretoria Feminina. Basicamente era isso. Não foi o Márcio que cedeu para a Mara, a Presidência cedeu para a Diretoria Feminina. Fizeram uma solicitação, fizeram uma explicação de como utilizariam o camarote e achamos por bem fazer, era algo para desenvolver a área social.

Não, não, de forma nenhuma. Tanto é que eu sou um dos caras que mais quer que se elucidem os fatos. Precisam ser elucidados os fatos. A gente precisa ter clareza. Estou dentro de uma citação, talvez como ferramenta de pressão que eles utilizaram, não sei o porquê, e hoje de manhã pedi para que fosse instaurada uma sindicância, interna e externa. No qual eu também serei ouvido. A externa precisa ser independente. A interna faremos internamente todo o processo.

 A Diretora Feminina cede para a empresa, e a empresa faz os trâmites de pagamento de ingressos com a operadora. Quando falam camarote clandestino, ingresso… Foi tudo feito de forma regular aqui dentro, não sei como a conversa foi levada para aquele tom. Internamente, tínhamos que era um parceiro comercial que há muito tempo desenvolve situações dentro do social que solicitou um camarote para a Diretoria Feminina para desenvolver mais essa parceria. O São Paulo não tinha nenhum locatário para esse espaço, e a gente cedeu esse espaço para que fosse desenvolvido todo esse trabalho social. Ponto. A gente pede para a Live Nation, tem um histórico, ela pode utilizar, ela tem 48 horas para executar a compra, ela faz o depósito para a operadora, aí tem o manual de como ele tem de operar o camarote. O processo interno foi um processo normal com a operadora do show.

Não, não, não tem valor para o São Paulo.

Sim, o que conversei com ela? Pedi as explicações da parceira dela: “O que está acontecendo?” Aí que eu entro, eu preciso saber, é minha função descobrir o que está acontecendo, eu preciso saber tanto de uma parte quanto de outra. Depois de um tempo, uma aciona outra (na Justiça), são duas histórias, duas versões. A gente começou a perceber o que estava de errado. Por isso eu dei a ordem para restringir o gabinete, de não ter mais esse tipo de cessão. Uma das ordens desde o início do segundo triênio é que nossa prioridade seja a venda de camarotes, tanto que nossa receita subiu extremamente na venda de camarote. Então é outro problema que eu sofro, a gente acaba tirando muito camarote institucional.

A gente começou a perceber e a entender o que estava acontecendo, eram duas partes num processo. A gente começou a acompanhar o processo. Procuramos entender o que estava no processo.

Meu sentimento é de revolta e tristeza. Basicamente é isso. Meu sentimento é esse hoje.

Não, não tenho falado com eles. Hoje passei o dia inteiro falando sobre as documentações, o que tinha, como vamos instaurar a sindicância, não posso faltar no trabalho. Preciso executar o trabalho.

Ela pode utilizar o espaço como hospitalidade. É isso que ela poderia fazer. Ela não poderia comercializar novamente o espaço. Ela poderia trazer os parceiros para dentro para desenvolver negócios, mas não poderia fazer a revenda.

 Não, ela não pode nem sublocar sem o consentimento do São Paulo. Nenhum cessionário pode sublocar sem o consentimento do São Paulo.

São Paulo quando aluga o estádio para shows, em média são dois ou três dias em que a gente não pode trabalhar aqui dentro, porque a gente não pode ter acesso aos ensaios, não pode correr o risco de alguém ficar trancado aqui para assistir ao show, tem uma série de regras que a gente recebe da operadora de shows. O que ocorreu? Não sei de nenhuma briga que antecedeu, só que eu fui chamado um pouco antes do show porque estava tendo um problema, e um grande patrocinador havia adquirido um camarote, e aí que a gente começou a entender uma parte do problema. Junto da operadora, decidimos resolver o problema que estava instaurado, era de interesse de ambos, já que era um grande patrocinador que estava envolvido.

Não, de forma alguma. Não ganhei dinheiro. A única coisa que ganhei foi um grande problema para a gente resolver. Acho que até a sindicância instaurada é exatamente pra isso. Pra entender o que é o “todo mundo ganhou”. Eu não sei o que é. O São Paulo precisa entender se alguém ganhou, se alguém perdeu. Esse é o grande ponto do áudio dele. Mas eu não tenho nenhuma relação financeira com esse processo.

Desculpa, não sei se no áudio ele fala: “Ganhei muito dinheiro com o São Paulo”. Mas o que eu tenho entendimento não tem a ver com a base.

Acho que faz uma menção em relação aos camarotes. A gente precisa ter o entendimento que na base tem uma governança. Temos quatro ou cinco abnegados, alguns executivos, e os contratos passam por várias áreas até chegar no momento final da assinatura. Eu não acredito que tenha algo dentro de Cotia, honestamente não acredito, até porque ali é o ponto central do São Paulo. E ali tentamos cuidar da melhor maneira possível.

Após o show da Shakira, essas pessoas não operaram mais aqui. Esse é o primeiro ponto. E antes também não. Não teve nenhuma cessão tanto pra Adriana quanto para a diretoria feminina para trazer parceiros. Isso não ocorreu. Esse foi o único show que nos solicitaram (o camarote). Ela (a sindicância) é específica pra esse evento. Mas não sei. Se algo for encontrado neste meio, ela provavelmente vai ter desdobramentos.

Ela foi instaurada de manhã por um procedimento tanto do Compliance como do Jurídico, haverá um relatório final depois de todos os envolvidos, inclusive eu que serei ouvido, ela vai ter um relatório que dará sugestões tanto para a parte política como para a parte trabalhista. Ela vai escutar as partes, olhar o processo e entender o que aconteceu internamente através de documentos e vai fazer um relatório indicando quais as possíveis punições, se há culpado, quem são e como são e como vai funcionar.

 O Julio não estava monitorando nada. Não levamos isso a ele. Levamos problemas um pouco mais macros. Esse era um problema, até então, de porte médio. A gente leva para ele problemas de porte maior. Até então, o que sabíamos, é que era uma confusão entre duas partes: uma agência, que teve a cessão do camarote, com outra agência, que ela vendeu o espaço. Até então não tinha nome de nenhum dos envolvidos.

Quando ele fala do meu nome, é porque eu autorizo a cessão para a Diretoria Feminina utilizar, é algo institucional. De novo: eu não sei o que aconteceu nesse interim. É por isso que estamos instaurando o processo para investigar. Eu não sei onde se perde nesse processo. Algo que era apenas institucional vira comercial, em que momento teve essa mudança. É isso que a sindicância vai apontar (o motivo da participação do Douglas).

Todos acabam tendo uma reclusão, normal, porque saíram para que os fatos se esclareçam. Dependendo de como for o andamento, aí a gente tem um outro tipo de situação, que aí precisa saber se vai para a Comissão (de Ética), se volta para o Conselho, o que ocorre. Mas acho que eles fizeram o correto, se afastam, até para dar clareza e não ter nenhum tipo de interferência na sindicância.

Eu só solicitei a sindicância para o jurídico e para o Compliance. Eu preciso elucidar os fatos. Estou no meio de uma conversa em que citam meu nome sem propriedade nenhuma, apenas como ferramenta de pressão, como muita gente utiliza meu nome a todo momento. Hoje infeliz ou felizmente, pela vitrine de estar num grande clube, ou é amigo do Marcio, ou jogou bola com o Marcio ou conhece o Marcio. Todo mundo tem uma história que me conhece aqui dentro para tentar que as conversas fluam. Criamos um grupo com os executivos para nos comunicar, porque fazem isso para tentar dar uma carteirada. Eu não vou conduzir o processo, ele é externo, é uma auditoria independente. O que peço é para elucidar o fato. O São Paulo é vítima, mas eu sou citado. Eu preciso de esclarecimentos. Por quê fui citado? Por que algo de boa fé e virou de má fé? Eu só fiz o start. Agora quem vai acompanhar é o Compliance, a auditoria externa e o Jurídico.

É importante tua pergunta. Sou um funcionário de carreira aqui. Não sou um ente político. Muitas vezes sou confundido com um ente político, mas sou funcionário. Sou um funcionário de alto escalação que vem trabalhando de forma incessante, insana para que o São Paulo consiga o superávit, chegue a uma receita deu 1 bilhão e diminua o endividamento. Fizemos varias ações para que o São Paulo melhorasse a governança. Se em algum momento algo respingar em mim diretamente, eu sou o primeiro a pedir a licença do cargo. Mas no momento não tem. É um áudio em que eu sou citado, não vou nem falar que sou vitima, porque vitima é o São Paulo. Mas é um áudio no qual eu sou citado e tenho o entendimento que usaram meu nome como ferramenta de pressão.

– A todo momento meu nome é utilizado em várias situações. Falam de aumento de salário inúmeras vezes durante o ano, o que não é verdade. Meu último aumento de salário foi em fevereiro de 2024. São várias historias que vão sendo criadas. O torcedor pode ficar tranquilo. Vamos continuar trabalhando para elucidar os fatos. Quem tiver responsabilidade vai responder dentro da sua esfera. E vamos continuar trabalhando para que seja tudo esclarecido.

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