
Central do Timão
·24 luglio 2025
Técnico do Corinthians explica controle de carga para justificar mudanças na escalação para enfrentar o Cruzeiro

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·24 luglio 2025
Na noite da última quarta-feira, 23 de julho, o Corinthians empatou sem gols diante do Cruzeiro, na Neo Química Arena, em duelo válido pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025. O resultado fez com que a equipe caísse para a 11ª posição com 20 pontos (cinco vitórias, cinco empates e seis derrotas – 15 gols marcados e 19 sofridos).
O técnico Dorival Júnior, em entrevista coletiva minutos após o apito final, foi questionado sobre a ausência do zagueiro Cacá entre os relacionados. O camisa 25 foi ausência por controle de carga. Além disso, justificou o fato do meio-campista André Carrillo ter iniciado o duelo no banco de reservas e Talles Magno no lugar de Ángel Romero entre os titulares.
Foto: Léo Rodrigues/Central do Timão
“Eu acho que esse controle de carga é feito diariamente e a partir dos resultados é que a gente toma as decisões em relação a partida seguinte da equipe. Uma opção pelo Talles (Magno), um jogador que vem treinando muito bem, vem buscando um espaço. Eu espero que ele recupere aquela melhor condição, principalmente quando ele chegou aqui. Ele chegou muito bem naquele momento e depois teve uma lesão. Ele tem qualidades e capacidade para voltar a atuar dentro daquela condição que ele apresentou.”
“O (André) Carrillo é um grande jogador, ele entra em todas as partidas. Eu procuro usar o melhor do Carrillo no momento mais importante das partidas. E foi assim no Ceará, foi assim hoje. A mesma tentativa e a explorando as qualidades que ele possui e da capacidade. Não estou tirando o Carrillo por qualquer outra situação, mas era um jogo que exigia a presença de uma outra característica no nosso meio. Até porque nós tínhamos que anular primeiro aquele que é o melhor ataque da competição ou um dos melhores ataques da competição”, iniciou.
Em seguida, falou sobre o posicionamento ideal para o meio-campista Breno Bidon. Em sua coletiva de apresentação em abril, o comandante foi questionado sobre o assunto e afirmou que não via o jovem atleta como “volante”.
“Quando eu quis me referir a meia, eu falo no seguinte sentindo, que pra mim nós temos um volante por característica que é o Raniele. Os demais jogadores são jogadores de segunda função na minha concepção. Bidon é um desses. Não especificamente uma meia de organização ou de criação, talvez como (Rodrigo) Garro. Mas é um segundo volante, que na minha concepção são meias. São jogadores que jogam com aproximação, que têm um bom passe, que têm potencial de interpretação. São esses tipos de jogadores. Na minha cabeça nós temos o Raniele que, para mim é um volante funcional, dentro da condição de volante. E a maioria deles, Carrillo, Martínez, Charles, já são, na minha concepção, segundo homens”, continuou.
Por fim, ao ser questionado sobre a pressão externa sobre o seu trabalho, Dorival Júnior aproveitou para elogiar o trabalho de respaldo e blindagem que vem sendo feito pelo executivo de futebol Fabinho Soldado. Ele também voltou a falar sobre as carências do elenco do Corinthians, ressaltando também que entende as dificuldades financeiras que o clube vem passando.
“Tranquilidade não existe no futebol. Erra quem diz que existe tranquilidade no futebol. Não tem. Eu sou muito sincero com vocês. Eu vim pra cá, acertei o meu contrato com o presidente, juntamente com o Fabinho (Soldado). Pontuei naquele dia do acerto do meu contrato que eu precisava de quatro elementos. Não vou aqui falar sobre posições, mas eu precisava de quatro elementos vendo a equipe do Corinthians. E me foi assegurado que isso aconteceria.”
“Fabinho está trabalhando que nem louco. Aliás, deu um exemplo muito claro de que será um dos grandes executivos do futebol brasileiro. Principalmente nessas últimas duas semanas, a postura que teve, a maneira como conduziu todo o processo. Eu dificilmente vi. Eu vi um executivo de futebol com a postura e com a presença que o Fabinho teve. Abraçando todo o trabalho dentro do nosso entretenimento e com isso mudando todo esse perfil que foi gerado logo após naturalmente o resultado de São Paulo. Eu entendi tudo que aconteceu com o clube a mudança saída do do presidente a entrada de um novo presidente, que não havia ainda conversado comigo a respeito passei tudo aquilo que foi falado na minha conversa inicial com o Fabinho.”
Ele acrescentou: “Nós estamos sempre vulneráveis dentro de um cargo aonde só se conhece resultados positivos. Se desprezam o trabalho, não se avaliam o trabalho, aqui se avaliam sempre resultados. Cada um faz o que quer dentro da sua profissão, eu pouco me importo com isso. Sigo a minha vida com muita tranquilidade, com muito equilíbrio, tentando fazer o meu melhor pelo clube que me contratou e eu não tenho dúvidas. E se me deixarem fazê-lo, eu vou entregar coisas boas, porque eu sempre fiz isso em todos os clubes que passei“, finalizou.
Confira abaixo outras respostas de Dorival Júnior na coletiva:
Importância da torcida do Corinthians
“Eu nunca joguei em nenhum momento que eu tenha jogado contra o Corinthians, eu nunca vi a torcida deixando de apoiar, vaiando os jogadores dentro dos 90 minutos, nunca. Todas as vezes para mim o maior exemplo foi dado com todos os adversários que eu vi, que eu tive a oportunidade de estar ou jogando aqui ou fora, mesmo dentro de casa, a torcida do Corinthians sempre foi isso, sempre foi motivação, sempre foi entrega, sempre foi comprometimento, que é aquela cobra de todas as equipes que estejam representando no momento. Eu acho que nada é diferente disso e para mim tem que ser assim, por isso que a nossa entrega tem que ser sempre no limite daquilo que nós possamos fazer, então fica aquela frustração do último jogo em razão principalmente dessa falta que nós tivemos e que eu reconheço. Foi altamente frustrante por aquilo que vínhamos realizando, fazendo, pela entrega que havia acontecendo, que vinha acontecendo e que vinha fazendo com que, no mínimo, a torcida continuasse acreditando, mesmo ainda não tendo a equipe, aquela julga ideal para que pudesse representar.”
Episódios recentes de Memphis Depay e a falta de “energia” no Majestoso
“Isso aí é um assunto interno que a gente trabalha naturalmente, já está resolvido, sanado, não tem necessidade nenhuma de levarmos um pouco mais à frente. Com relação à energia, quando eu tirei três jogadores, eu poderia ter tirado qualquer outros três, qualquer, ou talvez até mais, porque não foi uma grande noite da nossa equipe e aquilo prejudicou consideravelmente. Futebol hoje em dia, não existe parte tática, não existe modelo de jogo, se você não tiver energia para poder executar funções.”
“Futebol são funções, funções respeitadas, com muita energia, te proporcionando uma possibilidade maior de um resultado. Não executando, não tendo as funções cumpridas, você acaba ficando exposto ao seu adversário. O que nós vimos hoje? Uma equipe querendo, buscando. Se entregando em momento nenhum. Jogando com energia, com força. O resgate da energia, que eu falei antes, é você tê-los em condições de poderem fazer o seu melhor.”
“Assim, volto a falar. Não foram apenas os três jogadores que saíram. Nós tivemos praticamente oito jogadores nessa condição. E não tivemos como nos recuperar dentro da partida, coisa que não havia acontecido até então. A partida contra São Paulo, para mim, foi marcante nesse sentido. E eu acho que nós tivemos uma semana complicada justamente porque deixamos de fazer muitas coisas que víamos fazendo com um pouco mais de naturalidade.”
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