
Central do Timão
·25 agosto 2025
Técnico do Corinthians Feminino fala sobe retorno de zagueira aos gramados em triunfo no Brasileirão Feminino

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·25 agosto 2025
Com gols da atacante Jaqueline e da volante Dayana Rodríguez, a equipe feminina do Corinthians visitou o São Paulo, no Mercado Livre Arena Pacaembu, pela partida de ida das semifinais do Campeonato Brasileiro Feminino. Após o apito final, o técnico Lucas Piccinato concedeu entrevista coletiva e comentou sobre o retorno da zagueira Mariza depois de quatro jogos sem atuar por problemas físicos.
“Acho que atrapalha. É uma jogadora que, querendo ou não, estava em um ritmo muito forte e por uma lesão a gente teve que segurar um pouco mais, e quando você perde algumas semanas de treino, você não consegue sustentar um ritmo de intensidade. Mesmo assim, acho que ela teve uma importância grande na nossa construção hoje, e agora trabalhar e ver como ela vai recuperar.”
Foto: Foto: Fernando Blade / @Blade.Fotografia
“Um jogo de 100 minutos causa um reflexo forte no joelho dela que ainda está um pouco mexido, ai que a gente vai entender se ela vai estar apta para jogar o jogo de volta, ou se vamos ter que trazer outra pessoa, atleta, mas o grupo está muito preparado, para independente de quem começar o jogo, começar bem e fazer uma grande partida no jogo de volta”, iniciou.
Vale lembrar que a defensora das Brabas sofreu uma hiperextensão no joelho durante o amistoso do Brasil diante da França, na Data Fifa de junho. Posteriormente, o comandante falou sobre o bom retrospecto da equipe nas últimas partida no Mercado Livre Arena Pacaembu, a questão do gramado sintético e o cuidado com as atletas em meio à sequência de jogos.
“Ficamos feliz para caramba, porque é um lugar que a gente fez duas grandes partidas, um lugar que a gente conseguiu fazer como nossa casa na semana anterior, e saber o ambiente, saber como que é a rotina de jogo aqui, as atletas entenderem como que o gramado funciona, bom a gente se sentiu bastante em casa hoje.”
“O gramado sintético ele traz obviamente questões específicas do jogo, o jogo fica mais vivo, mas a gente se adaptou bem a isso, o gramado sintético castiga um pouquinho as mais veteranas do grupo, as que tem o joelho mais machucado. A gente entende que a gente de todo esse contexto fez uma boa partida, agora recuperar, quem precisa recuperar, trabalhar, olhar vídeo e entender que não tem absolutamente nada ganho, a gente precisa entrar domingo que vem, fazer uma grande partida para sair classificado”, continuou.
Piccinato também comentou sobre as dificuldades táticas que a equipe do São Paulo vinha impondo ao Corinthians nas últimas partidas. As Brabas não venciam o rival há quatro partidas – três empates e uma derrota. Ele também acrescentou falando sobre a questão mental em um clássico Majestoso decisivo.
“Se tinha uma coisa incomodava nos jogos anteriores contra o São Paulo… O São Paulo faz um cordão no momento que faz lançamentos, e com jogadoras vindo de frente para ganhar segunda bola, a Robinha, Maressa, Aline, quem tá ali pelo meio, Camilinha . E hoje a gente conseguiu fazer uma preparação boa para que a gente tivesse um cordão para brigar, disputar e feliz que a Day, Andressa, Duda, Zanotti, Vitoria Yaya conseguiram ganhar bastante segunda bola, faz diferença. É uma posse a mais, isso ajudou muito para que a gente pudesse ter um controle maior do jogo, agora olhar o vídeo porque tem muita coisa que a gente não fez bem, e se preparar bem para o jogo da volta.”
“Acho que o jogo, ele tem um contexto mental que não dá para se apagar, o resultado estava ao nosso favor, o adversário vai se jogar mais, vai nos empurrar para trás . Mesmo assim, até os 25 do primeiro tempo a gente teve um domínio bem amplo na segunda etapa, e acho que hoje as nossas trocas não conseguiram ter o mesmo nível de intensidade que o jogo estava pedindo. O jogo estava muito quente, muito duro, muito firme, e acho que quem entrou, não entrou com a intensidade que o jogo estava pedindo, faz parte, mas a gente fica feliz que mesmo com as trocas a gente conseguiu ampliar o placar, e tá aí levando uma vantagem importante, mas que a gente não pode se apegar no jogo de volta, acho vai ser uma guerra no outro jogo e temos que estar preparado.”
Por fim, fez elogios ao desempenho recente da volante venezuelana Dayana Rodríguez, ressaltando a evolução que a atleta vem apresentando: “Sobre a Day, é uma jogadora que, tem feitos partidas muito boas pelo Corinthians, uma jogadora que vem de muita evolução, uma baita de atleta, uma profissional exemplar, que se prepara muito para esses momentos, tem crescido em momentos certos. Não só pelo gol, mas ela fez uma partida gigantesca hoje, talvez a melhor da partida ou uma das melhores da partida, fico muito feliz de poder contar com uma atleta que tem uma versatilidade para jogar mais como meia, volante, com uma intensidade muito forte, e acho que ela fez um grande jogo.”
O profissional explicou também o fato de ter preservado algumas jogadoras: “E Thaís Regina não foi uma opção hoje, por opção minha, assim como Erika, Zanotti. O time é bom para caramba e a gente tem que decidir 11 para jogar, e pelo que a gente entendia na semana, acho que a ideia era começar com essas 11 e acredito que a gente tinha tido êxito. Se a outra jogadora vai jogar isso a gente trabalha muito semana a semana, coisa que isso se não me engano eu não repetia nenhuma escalação na temporada, então vai estar em campo quem eu achar que está na melhor condição para entregar o melhor para o Corinthians.”
Por fim, voltou a fazer críticas ao calendário do futebol feminino brasileiro: “Acho que o calendário ele é o que ele é, não adianta a gente já falar sobre ele, é um calendário que precisa ser olhado de uma forma diferente. Eu entendo o evento esportivo hoje sendo um horário seja a principal rede de transmissão para a gente passar na rede nacional, é importante isso para o futebol feminino em geral. Agora jogos de meio de semana, meio da tarde, não prestigie a ninguém, hoje pela manhã, no domingo.”
“Obviamente vai encher como teve um público interessante aqui, o que muda na rotina da jogadora, né? Um jogo que você acorda bem cedo, você tem que fazer uma refeição bem pesada logo pela manhã, diferente de quando joga à noite, você tem o dia todo pra programar bem as suas refeições, pra acordar bem. Acho que isso é o que muda, mas em nível de desempenho físico a gente conseguiu fazer um jogo bem competitivo, que era uma das coisas que a gente pregava hoje e feliz pelo bom resultado, mas a gente sabe que não tem absolutamente nada definido”, finalizou.
Confira abaixo outras duas respostas de Lucas Piccinato:
Andressa Alves
“A Andressa é uma jogadora extremamente polivalente, ela começou a carreira jogando como lateral-esquerda, passou para ala, foi subindo no campo, jogou um tempo como meia, jogou como atacante também. Ela traz essa versatilidade e no jogo contra um adversário muito duro ter versatilidade faz diferença, muito feliz pela partida dela, de novo a partida do grupo como um todo foi muito forte, todo mundo que estava em campo, e agora é descansar, preparar porque a gente tem uma batalha muito grande no final de semana semana que vem.”
Gi Fernandes e Tamires revezando na lateral-direita
“Olha, acho que são jogadores que têm minutagens altas no ano. Agente tem conseguido dividir bem a minutagem, hoje a Giovanna começou, a gente preferiu começar com uma linha de quatro, que eu acho que é o sistema que mais. Nos traz benefício contra uma equipe que marca tão forte como São Paulo e a Giovana fez uma grande partida, deu uma assistência, participou muito na fase defensiva que é um dos pontos que ela vem evoluindo e a Andressa gosta desse tipo de jogo. É uma jogadora grande, um jogo grande pede uma jogadora grande como ela é, feliz que ela fez uma boa partida também. Acho que a equipe inteira tá de parabéns, agora temos uma semana aí pra recuperar, trabalhar, evoluir porque acho que o fim do jogo a gente perdeu um pouquinho do controle da partida, pra gente chegar muito bem no final da semana que vem.”
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