Central do Timão
·20 novembre 2024
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Contratado em julho em um momento onde o Corinthians brigava contra o rebaixamento com apenas uma vitória nas 13 primeira rodadas, Ramón Díaz e sua comissão técnica conseguiram tirar o Alvinegro da zona de descenso fazendo com que o clube passasse a sonhar com uma vaga na próxima edição da Conmebol Libertadores através da fase preliminar.
Ao mesmo tempo em que lutava contra o rebaixamento, o clube do Parque São Jorge conseguiu chegar nas semifinais da Copa do Brasil e da Sul-Americana, sendo eliminado por Flamengo e Racing, respectivamente. Em entrevista ao “Abre Aspas”, do portal ge.globo, o treinador relembrou a eliminação na competição internacional, onde na ocasião disse que o seu trabalho era “excelente”, algo que reafirmou em sua resposta ao Globo Esporte.
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
“Ali não era o momento de dizer que era excelente. Porque depois de uma eliminação, a torcida está com muita raiva, com desejo de matar, não era o momento. Mas desde que chegamos nós fomos a duas semifinais. Não pudemos ganhar, estou de acordo, mas chegamos a duas semifinais, estamos saindo (da luta contra o rebaixamento). Eu acho que estamos fazendo um bom trabalho”.
“O que o clube nos pediu, estamos fazendo, que é tirar o Corinthians do rebaixamento. Vou contar algo: quando chegamos aqui, os torcedores vieram nos visitar duas vezes. E a única coisa que nos pediam era: não podemos cair. E eu lhes disse: mantenha a tranquilidade que vamos trabalhar para que o time funcione, consiga pontos. Eles não estavam tão tranquilos, mas depois começaram a ficar um pouco mais tranquilos” , iniciou.
Na sequência, Ramón comentou sobre a blindagem do elenco em meio a um extracampo conturbado, com o Corinthians envolvido em páginas policiais e sucessivas crises políticas, algo que pode gerar até a destituição do presidente Augusto Melo.
“Claro que, de política, não posso falar porque cheguei há três meses. Mas notei que o presidente, o diretor e todos os outros trabalham para que o CT seja fechado. Ouvimos no restaurante, na rua, na televisão… Não posso falar de política, mas o clube tenta que o CT seja algo fechado para que possamos ter tranquilidade, treinar, trabalhar. Mas sei que no passado o Corinthians já viveu momentos complicados institucionalmente, futebolisticamente, por isso chegou a esta situação. E hoje eu acho que se mantém um pouco mais tranquilo. Apesar que o jornalismo pressiona muito” , continuou.
Por último, o experiente treinador analisou a pressão no dia a dia do Corinthians, visto que a instituição não vem tendo sucesso em performances esportivas há pelo menos cinco anos. Em seguida, saiu em defesa dos atacantes Yuri Alberto e Romero, que antes da sua chegada vinham sofrendo com críticas por parte da torcida, e citou a liderança do goleiro Hugo Souza, recém-chegado ao Timão.
“Não, a pressão existe… Existe pelos resultados, como foi a minha pressão maior. Eu faço isso com o meu corpo técnico, porque quando o time não joga bem, não tem uma boa saída…. No outro dia o Palmeiras nos pressionou muito e nós arriscamos muito. Muita pressão e eles poderiam ter nos convertido dois gols rápidos, aos cinco minutos. Não é isso que tem que nos dar como time. Não tem que acontecer, temos que competir, que fazer uma boa saída, que seja bem dinâmico. Erro nosso porque usamos uma tática que não foi a melhor.”
“Não se sentiram cômodos os jogadores e tiveram dificuldade em sair. Vocês viram que nos primeiros 10 minutos, o Palmeiras poderia ter vencido por 2 a 0. Hugo foi extraordinário, que também temos um arqueiro que, quando o time precisa, está presente. Como estão presentes os nossos atacantes, quando o time precisa, resolve. Há coisas que me dão satisfação porque o Hugo chegou, quando nós chegamos, três dias, quatro dias, uma semana. Chegou, e eu o primeiro que disse, você joga. Você joga, você tem que jogar, você tem que atacar, você tem que demonstrar. E foi um bom acerto.”
“Outra coisa, defender os nossos atacantes. Romero, Yuri, muito questionados por muito tempo que não faziam gol. Nós defendemos, nós trabalhamos. Muita confiança. E foram os que, por um momento, fizeram um gol importante. Romero fez um gol importante. Yuri também. Por sorte que temos nós, que tem Corinthians, que tem os fãs, que estão convertendo o gol. Algumas virtudes temos para poder servir” , finalizou Ramón.
Para manter a boa sequência no Campeonato Brasileiro, o Corinthians volta a campo nesta quarta-feira, 20, feriado da Consciência Negra, às 11h (horário de Brasília), diante do Cruzeiro, em duelo válido pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Neo Química Arena.
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