Tudo que fiquei sabendo sobre a atuação do Inter em busca de reforços

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JB Filho Repórter

·16 gennaio 2025

Tudo que fiquei sabendo sobre a atuação do Inter em busca de reforços

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A direção do Inter mantém o discurso que o mercado está hiper inflacionado e, por isso, não está contratando mais.
Esse discurso, aliás, é igual ao do Grêmio, que sustenta que os clubes da Libertadores colocaram os preços lá em cima.
De qualquer forma, sustentam que o principal reforço é a manutenção do grupo que fez um segundo semestre muito bom com Roger.
Essa manutenção de elenco só foi possível por conta da venda do Gabriel Carvalho. Ela impediu saídas de Vitão, Thiago Maia e Wesley.
Detalhe que os próprios dirigentes admitem que nem eles imaginavam que conseguiriam uma venda tão expressiva. E não que o Gabriel não seja bom, mas porque pouco jogou até agora. O negócio foi surpresa até para quem comanda o clube.
A boa notícia é que ele segurou todo mundo. Eu até ouvi de um empresário que o Inter ainda diz que precisaria de mais uma boa venda para aliviar total, mas a direção não dá mais pistas sobre isso.
Thiago Maia, por exemplo, não tem mais conversas com o Santos. A janela ainda está longe de fechar, mas o negócio esfriou totalmente. Neste momento, a tendência é por pegar parte do dinheiro que virá dos árabes para quitar as parcelas atrasadas com o Flamengo (são três parcelas, que somadas, chegam a 700 mil euros e outras duas vencerão até o final de abril).
A venda do Gabriel serviu também para outra coisa: incentivar ainda mais os jovens do grupo. Atualmente, um terço dos atletas vem da base. Na pré-temporada, tem nove meninos que não estavam fixados no profissional e subiram para ter a chance de treinar.
Voltando aos reforços, a estratégia será a mesma dos nomes anunciados até agora, de jogadores que estão em baixa no mercado e vem para se recuperar. O Inter acredita que fez isso com Wesley e pode seguir com nomes como Carbonero, Vitinho e todo mundo que tá chegando.
Os dirigentes não dão pistas nem sequer das posições que irão reforçar. Motivo? Quando os empresários e clubes ouvem que existe uma necessidade pública, aumentam os valores. Portanto, o silêncio é total. Existe até uma preocupação do Beira-Rio em comunicar com a torcida. Há quem se pergunte se esse silêncio não gera insegurança no torcedor, porém, o foco em não prejudicar negócios acaba vencendo essa batalha do que fazer nos negócios.
Um dos pontos é: não deixar a ansiedade da torcida e imprensa atrapalharem as negociações. Mesmo que tenha a pressão, o clube jura que vai manter o foco e confiar na sua estratégia.
A estratégia, repito, será apostar em nomes que venham para recuperar seu futebol, como fez o Wesley. E, indo mais além, até Maurício e Yuri Alberto são vistos como jogadores que não estavam sendo prestigiados em suas equipes e ganharam espaço aqui.
É isso que os dirigentes dizem que irão fazer neste mercado mega inflacionado. Eu ouvi explicações que os grandes investimentos já aconteceram na janela do começo do ano passado. Agora, não há mais como colocar, pelo contrário, tem que pagar. É só ver que ainda não pagaram o Thiago Maia e nem outros jogadores. O Borré, por exemplo, começará a ser pago a partir de agora. As parcelas dele começam neste ano.
Isso faz os comandantes do vestiário sequer prometerem um grande tiro. Não há nem aquela velha promessa que existe chance de um grande tiro, de um jogador diferenciado (falando em investimento) pelo menos. Nada disso, hoje, o discurso é de reforços em baixa no mercado. É isso que ouço.
Tudo isso pode parecer apenas um discurso do Inter para despistar e tentar driblar a inflação nos preços? Até pode. Sempre pode. Mas eu acho que é real. Me parece bem condizente com a situação financeira no Beira-Rio. Tudo indica que os reforços serão neste perfil que estão vendo chegar.