Esporte News Mundo
·21 agosto 2025
Vasco tropeça em Caxias e volta a ligar alerta na luta contra o rebaixamento

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·21 agosto 2025
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O Vasco viveu uma noite amarga no Estádio Alfredo Jaconi. Embalado pela goleada de 6 a 0 sobre o Santos, o torcedor esperava que a equipe confirmasse o bom momento e desse um passo importante para se afastar da zona de rebaixamento do Brasileirão. Mas, diante do Juventude, em Caxias do Sul, o Gigante da Colina voltou a mostrar velhas fragilidades, foi derrotado por 2 a 0 e deixou escapar a oportunidade de consolidar sua reação na competição.
O roteiro da partida começou cruelmente para os vascaínos. Logo aos três minutos, Lucas Piton cortou um cruzamento com a mão dentro da área e o árbitro assinalou pênalti. A bola caiu nos pés de Nenê, ídolo histórico do clube carioca, que não desperdiçou a oportunidade de aplicar a famosa “lei do ex”. Com frieza, o veterano abriu o placar e fez o ambiente no Alfredo Jaconi pesar ainda mais para os visitantes.
Se o início já era preocupante, a situação se agravou poucos minutos depois. Aos 16, Emerson Batalla fez grande jogada pela direita e encontrou Gabriel Taliari livre para ampliar. Em menos de vinte minutos, o Vasco já estava atordoado, sem reação e com a confiança abalada. O time que havia mostrado autoridade contra o Santos parecia irreconhecível diante de um adversário direto na briga contra o descenso.
A partir daí, a equipe carioca até tentou se reorganizar, mas os erros individuais e coletivos minaram qualquer tentativa de retomada. A falta de intensidade e a dificuldade em criar jogadas ofensivas ficaram expostas.
No segundo tempo, o cenário que se desenhava era o da necessidade de pressão vascaína em busca da reação. Mas, na prática, o Juventude foi quem esteve mais próximo de marcar o terceiro gol do que o Vasco de diminuir o placar. A melhor chance dos visitantes veio em um chute de fora da área, isolado e insuficiente para mudar o rumo da partida.
O time terminou o jogo desfigurado. Com a saída de Lucas Freitas, o técnico se viu obrigado a improvisar Tchê Tchê na defesa, já que não havia mais zagueiros de ofício em campo. A estratégia acabou sendo mais uma evidência do descompasso da equipe.
O número de passes trocados ilustra a dificuldade ofensiva: foram 834, mas sem objetividade. A posse de bola não se traduziu em perigo real, configurando uma estatística vazia. O Vasco rondava a área rival, mas sem ameaçar de fato o gol adversário.
A derrota em Caxias do Sul tem peso que vai além dos três pontos perdidos. O Juventude é um concorrente direto na luta contra o rebaixamento, e ao permitir que o rival somasse, o Vasco complicou ainda mais sua caminhada no campeonato. Em vez de abrir vantagem, o time carioca manteve viva a pressão da parte de baixo da tabela.
A oscilação entre a goleada histórica sobre o Santos e a apatia frente ao Juventude evidencia o maior problema da equipe: a irregularidade. O torcedor, que se encheu de esperança após o espetáculo em São Januário, voltou a sentir o peso da inconstância que tem marcado a temporada.
A impressão final em Caxias do Sul foi dura. O time que encantou dias antes não compareceu ao jogo decisivo contra um rival direto. Ao perder mais do que três pontos, o Vasco desperdiçou também a chance de conquistar tranquilidade em meio a um Brasileirão cada vez mais sufocante.
Se a goleada sobre o Santos parecia um divisor de águas, a queda diante do Juventude mostrou que ainda há um longo caminho a ser percorrido para que o Gigante da Colina encontre consistência e consiga escapar do fantasma do rebaixamento.
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