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·20 gennaio 2025

Veja como vai funcionar a votação do impeachment de Augusto Melo no Conselho do Corinthians

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Nesta segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Corinthians vai votar o impeachment do presidente Augusto Melo. A Gazeta Esportiva separou tudo que você precisa saber sobre o encontro que pode afastar temporariamente o mandatário corintiano.

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Os conselheiros trienais e vitalícios do Timão se reunirão nas dependências do Parque São Jorge, no miniginásio. A primeira chamada está prevista para às 18 horas (de Brasília), enquanto a segunda será às 19h.

A reunião estava prevista para acontecer no dia 2 de dezembro do último ano, mas foi suspensa devido a uma ordem judicial. Augusto obteve uma liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo, que foi derrubada posteriormente.

Presença de organizada

A diretoria dos Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube, convocou torcedores para compareceram na entrada do Parque São Jorge, como forma de protesto pacífico pela votação do impeachment.

A tendência é que a segurança nas redondezas do Parque São Jorge seja reforçada, como ocorreu no encontro que acabou suspenso.

Os repórteres que vão cobrir o evento ficarão na parte interna do clube, também por uma questão de segurança.

Como vai funcionar e possíveis próximos passos

A votação no Conselho vai funcionar no esquema de maioria simples e será secreta. Caso a maior parte dos conselheiros entenda que Augusto deve sofrer impeachment, o presidente será afastado imediatamente do cargo, que será assumido de forma temporária por Osmar Stabile, primeiro vice-presidente do clube.

Se o impeachment não passar no Conselho Deliberativo, o caso será encerrado e Augusto Melo continuará normalmente no cargo de presidente. Isso, no entanto, não exclui a possibilidade de um novo processo de afastamento ser votado no Conselho futuramente.

Se o CD der parecer positivo quanto ao impeachment de Augusto, Romeu terá de definir uma data para a Assembleia Geral, que é a última instância do processo de destituição, com a participação dos associados do clube.

Nesse cenário, Augusto permaneceria afastado de suas funções até a divulgação do resultado final da Assembleia Geral. Se os sócios endossarem que ele deve deixar o cargo, o mandatário será definitivamente destituído e novas eleições serão marcadas.

Entenda os motivos

No dia 12 de agosto, a Comissão de Justiça do Corinthians entregou um relatório para o Conselho Deliberativo a respeito de investigações sobre alguns temas que envolvem a gestão de Augusto, como as negociações com a VaideBet (ex-patrocinadora máster) e a Gazin (empresa de colchões que tem espaço no uniforme de treino).

Posteriormente, Augusto e pessoas que são ou foram ligadas à gestão foram ouvidas pela Comissão de Ética. Além do presidente, Armando Mendonça (segundo vice-presidente), Rozallah Santoro (ex-diretor financeiro), Yun Ki Lee (ex-diretor jurídico), Fernando Perino (ex-integrante do departamento jurídico), Marcelo Mariano (diretor administrativo) e Rubens Gomes (ex-diretor de futebol) foram investigados internamente.

Augusto entregou sua defesa à Comissão de Ética no final de setembro. No dia 26 de agosto, de forma paralela à investigação, um grupo de conselheiros enviou ao Conselho um requerimento que solicita a destituição de Melo.

O documento, de autoria do “Movimento Reconstrução SCCP”, conteve mais de 50 assinaturas, número mínimo para que a solicitação fosse apreciada pelo presidente do CD.

O documento pede “tramitação sucinta” e se apega, principalmente, ao Artigo 106, “b” e “d”, do Estatuto do clube, além da Lei 14.597/23, referente a nova Lei Geral do Esporte, que dispõe sobre crimes de “Lavagem” ou ocultação de bens.

Art. 106 – São motivos para requerer a destituição do Presidente e/ou dos Vices:

b) ter ele acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians.

d) ter ele infringido, por ação ou omissão, expressa norma estatutária.

Em 19 páginas, que detalham acontecimentos recentes promovidos pela atual gestão, o requerimento se apoia em fundamentos que objetivam apontar eventuais problemas e condutas temerárias da gestão após avaliação dos seguintes casos:

-“Laranja” na intermediação da VaideBet.

-Depoimento de Cassundé à Polícia, refutando ter feito intermediação.

-Debandada de dirigentes, perda do patrocínio e prejuízo moral.

-Depoimento de Armando Mendonça à Polícia, apontando omissão dos gestores.

-Agressão de Augusto a um torcedor do Cruzeiro, em MG, com prejuízo a imagem da instituição.

No requerimento, conselheiros afirmam o Corinthians como “vítima de crimes cometidos pelos próprios dirigentes” e ainda reforçam a intenção de se obter para o clube o devido “ressarcimento do prejuízo em razão do pagamento errôneo à malfadada empresa que nunca intermediou a confecção do contrato com a antiga patrocinadora”.

Versão de Romeu Tuma Júnior (presidente do Conselho Deliberativo)

Romeu se manifestou a respeito da reunião marcada para a votação do impeachment de Augusto Melo. O conselheiro vitalício disse que o órgão fiscalizador listou “diligências policiais estaduais e federais de teor gravíssimo” por parte da gestão atual e que deu andamento no processo “pela questão de tranquilidade da gestão e por obrigação estatuária e legal”.

Romeu alegou que alguns temas que evolveram o clube ganharam notoriedade na imprensa e geraram preocupação no Conselho. Na visão do mandatário do órgão fiscalizador, “não foi possível ignorar a urgência dos fatos”.

O presidente do órgão fiscalizador entende que a reunião para a votação de impeachment é a forma de direcionar o processo de forma “regular e regimental” e defende que a instituição foi preservada durante a investigação do Conselho.

Versão de Augusto Melo (presidente do Corinthians)

O mandatário classificou a decisão de Romeu Tuma Júnior, que preside o órgão fiscalizador, como “golpe”, já que alega que não teve seu direito de defesa garantido. Na visão de Augusto, o processo em andamento é um “desrespeito” ao clube e prejudica o planejamento em curso para a temporada de 2025.

“Mais uma vez uma tentativa de golpe, querem o poder na mão grande, não vai acontecer. Se querem o poder, daqui a dois anos tem eleição, como fiz, e atropela. Tem que para isso. Corinthians está em uma situação favorável, temos um planejamento muito bom que não via há muito tempo. Está na hora desses caras pararem de ser tendenciosos, e querer, sabe, todo mundo no clube sabe as pessoas que estão articulando, quem está por trás disso, desse golpe para tomar a cadeira. Ganhamos a eleição democraticamente. Se querem a cadeira, daqui a dois anos tem eleição. Querem julgar uma pessoa que nada tem a ver com a história que quer fazer o melhor. Aí acaba o processo, não tem nada, e aí? Julgaram, impicharam a gente, o que acontece daqui a dois meses? Qual a justificativa que vão dar para o torcedor? Nossos credores e colaboradores sabem quando vão receber. É isso que querem? Por que tanta pressa fazer isso, esperar em um mês o inquérito acaba. O Corinthians é vítima, querem tomar na mão grande, opinião publica está conosco, clube social está conosco. Está na hora de dar um basta, não são corintianos, estão lá pelo poder”, disse Augusto, que também garantiu que dessa vez a votação será realizada.

“Não, eu dei ordem: deixa acontecer, está na hora de acabar isso, para ver se esses caras sossegam. Eles esperam dois anos e se candidatam. Eles sabem que não tem mais condições de vencer uma eleição no Corinthians. Eles, esses grupos, essas pessoas que não estão mais aqui por incompetência e saem falando abobrinha. Vocês vão ver no final. Vamos ver quem deve algo. Clube tem órgãos competentes, não preciso ir para a imprensa, resolve dentro do clube. Essas pessoas que fazem mal têm que ser expulsas do Corinthians”, complementou.

Opinião do elenco

Praticamente todos os jogadores do Corinthians e a comissão técnica se posicionaram contra o impeachment de Augusto Melo via nota oficial, em 2024. O principal argumento utilizado é que o mandatário, junto com o executivo Fabinho Soldado, cumpre sua palavra com o vestiário, especialmente em relação ao pagamento de salário e direitos de imagem.

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