117 anos de Galo! Conheça a história do Clube Atlético Mineiro | OneFootball

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O dia 25 de março é sempre um marco para o torcedor Alvinegro, pois é nesta data que surgiu o Clube Atlético Mineiro. O Galo é sinônimo de paixão, raça, vibração e superação para o seu torcedor. Sem dúvidas que ser Galo é um sentimento diferente que qualquer outro torcedor pode sentir. Neste dia 25 de março de 2025, o Atlético completa 117 anos de uma história imponente, vencedora e de muita paixão. Para celebrar este dia contamos um pouco dessa bela história do Clube Atlético Mineiro.

No dia 25 de março de 1908, um grupo jovens reunidos no coreto do Parque Municipal, de Belo Horizonte, decidiram por criar um clube de futebol, no início estes garotos não imaginavam que ali fundariam um dos maiores clubes do Brasil. Com o intuito de homenagear um extinto time, esses rapazes decidiram nomear o seu clube como Atlético Mineiro Futebol Clube, nascendo assim o Clube Atlético Mineiro.

No ano de sua criação o Atlético não disputou jogos contra outros clubes e ficou apenas treinando. Mas em 21 de março de 1909, o clube foi a campo para sua primeira partida contra o Sport Club, na ocasião o Atlético venceu por 3×0, gols de Aníbal Machado, Zeca Alves e Mário Neves.

No aniversário de seis anos do clube, uma assembleia geral marcou a mudança de nome do clube, que se chamava Atlético Mineiro Futebol Clube, após a reunião, os diretores e conselheiros decidiram chamar o time de Clube Atlético Mineiro.

Com o novo nome, o Atlético decidiu ingressar em seu primeiro torneio inter-clubes, organizado pela recém-fundada Liga de Futebol de Belo Horizonte. A competição era a  Taça Bueno Brandão, que o clube venceu de forma invicta, disputando 5 jogos, ganhando 4 e empatando apenas 1 jogo.

Dois anos depois de sua primeira taça, o Atlético veio a disputar o primeiro Campeonato Mineiro, que foi fundado pela Liga Mineira de Esportes Atléticos. Na ocasião, o clube disputou seis jogos, venceu quatro, empatou um e perdeu apenas um jogo, se tornando o primeiro campeão Mineiro.

Visando ter seu estádio para mandar os seus jogos, o Atlético junto de seu conselheiro  Alfredo Furtado de Mendonça adquiriu um terreno no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte.  Com isso, em 1928, o clube contou com a ajuda do Governador Antônio Carlos e iniciou as obras de seu estádio. As obras duraram um ano e sua inauguração ocorreu no dia em 30 de maio de 1929, com o Atlético vencendo o Corinthians por 4 a 2. O estádio foi a casa do Atlético até 1968.

O Atlético começou a encantar os seus torcedores e até mesmo os seus rivais. O clube tinha a marca de ser um time forte e dominante em campo, com isso, o chargista Fernando Pieruccetti, o “Mangabeira”, criou o desenho do Galo forte e vingador. A charge tomou conta dos torcedores, que abraçaram o apelido e adotaram o Galo como o seu sinônimo e seu mascote.

Em 1950, o Atlético saiu de Minas Gerais e foi até a  Europa, para disputar uma série de jogos. O Galo disputou 10 partidas contra diversos clubes europeus, o time venceu seis jogos, empatou duas partidas e perdeu dois jogos. Se sagrando o campeão do Gelo.

O PRIMEIRO CAMPEÃO BRASILEIRO ATÉ A COMOÇÃO PELO TRICAMPEONATO:

Em 1937, o Galo iniciava sua jornada para a conquista de mais um troféu, só que desta vez não era qualquer taça, mas sim a do primeiro campeonato brasileiro. O Torneio dos Campeões foi o primeiro campeonato nacional na história do Brasil. A competição contou com a presença de clubes como: Rio Branco, Fluminense, Liga da Marinha, Portuguesa, Aliança e o Atlético. O torneio foi disputado em pontos corridos com cada equipe disputando seis jogos. O Galo ficou com nove pontos, vencendo quatro partidas, empatando uma e perdendo um jogo, com isso, o Clube Atlético Mineiro se tornou o primeiro campeão Nacional. A oficialização como campeão brasileiro demorou, pois só em 2023, o clube foi reconhecido pela Confederação Brasileira de Futebol como primeiro campeão brasileiro.

Em 1971, o Atlético foi para mais uma disputa de campeonato brasileiro, na época o torneio se chamava Campeonato Nacional de Clubes. O Galo entrava como um dos grandes favoritos, pois contava com uma grande equipe. Sua jornada até a final da competição foi de imponência contra seus adversários. Nas fases de grupos, o Galo disputou 25 jogos, vencendo 10, empatando 10 e perdendo apenas cinco partidas. Já na fase final, o clube Alvinegro disputou dois jogos, o primeiro contra o São Paulo, o Galo foi potente e dentro do Mineirão fez o dever de casa e venceu por 1×0. Na decisão contra o Botafogo, Dadá Maravilha subiu mais que toda a defesa do Glorioso e marcou o único gol da partida e sagrou o Atlético como campeão Brasileiro.

Depois do título de 1971, o Galo viveu um hiato sem ganhar a taça do Brasileirão, foram 50 anos sem conquistar o torneio nacional, mas em 2021, tudo mudou a espera e angústia do torcedor se transformou em um verdadeiro sonho. Justo no Campeonato Brasileiro de número 50, o Galo novamente fez história. A equipe liderada por Everson, Nacho, Zaracho, Arana e Hulk fez uma campanha exemplar. O clube Alvinegro voltou a ser campeão, nos 38 jogos disputados, o Galo venceu 26, empatou seis e perdeu apenas seis jogos. Mas o jogo do título não podia ser diferente, tinha que ser sofrido e com muita emoção. O dia era 2 de dezembro de 2021, o Atlético ia até a Bahia e precisava apenas de uma vitória para se sagrar novamente campeão Brasileiro. O clube baiano começou jogando água no chopp Alvinegro, pois abriu 2×0 no placar, mas o Galo é forte, é vingador e foi para cima. Com gols de Hulk e Keno, duas vezes, o Atlético virava o jogo e se sagrava na Bahia tricampeão Brasileiro.

Galo campeão do Brasileirão 2021 (Foto: Pedro Souza / Atlético)

DO IMPOSSÍVEL AO EU ACREDITO:

O Galo iniciava o ano de 2013 com muita esperança, já que tinha sido vice-campeão Brasileiro em 2012, e tinha em seu time Ronaldinho Gaúcho. A principal busca daquela equipe era sem dúvidas a primeira taça da Libertadores do clube. Na competição Internacional, o Galo começou muito bem, liderou a fase de grupos e se tornou a melhor equipe no torneio fazendo uma campanha de cinco vitórias e uma derrota, em seis jogos disputados.

Nas oitavas encarou o tricampeão São Paulo, na ocasião não tomou conhecimento do Tricolor, venceu os dois jogos com autoridade. O drama começou nas quartas de final e só foi terminar após a taça ser erguida. Contra o Tijuana nas quartas, o Galo sofreu muito, no primeiro jogo no México buscou um empate de 2×2, já em casa no Independência, o jogo terminou 1×1, contudo, o Atlético poderia ter caído por um detalhe, no último lance da partida Leonardo Silva cometeu um pênalti para o Tijuana, Riascos foi para a bola e Victor, no último minuto defendeu a cobrança, classificando o Galo para a semifinal.

Nas semifinais, o jogo era contra o Newell’s Old Boys, da Argentina, o primeiro jogo na casa dos argentinos, a partida foi um desastre para o Atlético, que perdeu por 2×0 o confronto. Mas no jogo da volta a torcida abraçou um mantra e foi para o estádio confiante que poderia virar o jogo, o Independência foi tomado pela frase “Eu Acredito”! E com toda a confiança do torcedor, o Galo fez o impossível virar possível. Bernard e Guilherme marcaram e levaram o confronto pros pênaltis e nas penalidades predominou o goleiro Alvinegro, Victor defendeu a cobrança de Maxi Rodríguez e classificou o Galo para a grande final.

A final era contra o Olímpia, clube tricampeão da Libertadores e com muita história na competição. O primeiro jogo novamente o Atlético perdeu por 2×0, mas seu torcedor já estava confiante na virada do Galo, com isso, lotou o Mineirão e entoou o lema “Eu Acredito”. Em uma partida maluca, Jô abriu o placar para o Atlético, dando esperanças pro seu torcedor, que por um segundo viu ela indo embora quando Ferreyra driblou Victor, mas na hora de finalizar acabou escorregando em campo. Naquele momento, o torcedor já sabia que a virada ia vir e a taça seria do Atlético. E ela veio, Leonardo Silva, aos 40 minutos do segundo tempo, subiu e de cabeça marcou o 2×0 para o Galo. A decisão foi novamente para os pênaltis. Nas penalidades brilhou novamente Victor, que novamente com o pé defendeu e para fechar a noite com chave de ouro, Gimenez mandou sua cobrança na trave e o Galo foi campeão da Libertadores.

BELO HORIZONTE/ MINAS GERAIS / BRASIL (24.07.2013) Atlético x Olímpia – no estádio Minas Arena Mineirão – Final da Copa Libertadores 2013 – foto: Bruno Cantini

No ano de 2014, o Galo iniciava sua jornada na busca do seu primeiro título de Copa do Brasil. O primeiro jogo foi contra o Palmeiras, nas oitavas. Os dois confrontos foram de completo domínio do Atlético e venceu as partidas.

O drama começa novamente nas quartas, o jogo era contra o Corinthians. Em Itaquera, 2×0 pro Timão e o drama Alvinegro voltava a assombrar o atleticano, que buscou novamente o “Eu Acredito”, a partida da volta o torcedor do Galo lotou o Mineirão e entoou o grito que fez história em 2013. Desta vez, a trama foi mais complicada, pois Guerrero abriu o marcador pro Corinthians e deixou a missão mais impossível ainda. Contudo, para o Galo nada é impossível, Luan buscou o empate e Guilherme duas vezes trouxe esperança para a torcida e Edcarlos marcou o 4×1, classificando o Atlético para a semifinal.

Na semi, o Galo ia enfrentar um dos seus maiores rivais, o Flamengo. No Maracanã, o mesmo cenário, derrota por 2×0, e lá se foi o torcedor Alvinegro pro estádio entoar o “Eu Acredito”. No Mineirão, a história se repetia, Everton abria o placar para o Flamengo e novamente o Galo precisava buscar quatro gols para se classificar. Carlos abriu as esperanças da torcida, Maicosuel e Dátolo deixaram o Galo mais perto da vaga e Luan aos 41 minutos do segundo tempo, colocou o Galo na final, repetindo o feito contra o Corinthians.

A grande final seria contra o seu maior rival, o Cruzeiro. Contudo, o jogo seria sem drama e sim de muita felicidade para o torcedor. O primeiro jogo, o mando foi do Galo, dentro do Independência, Luan e Dátolo deixaram o Atlético com a mão na taça. No jogo da volta, com mando do Cruzeiro, Tardelli fechou o caixão e sacramentou o Galo como campeão da Copa do Brasil, em cima de seu maior rival.

Atlético Campeão da Copa do Brasil (Foto: Bruno Cantini / Atlético)

O TRIPLETE ALVINEGRO:

O ano de 2021, foi mágico para o torcedor do Galo, que viu seu time conquistar o campeonato mineiro, o Brasileirão depois de 50 anos, mas faltava uma taça para completar o ano mágico e essa taça era a Copa do Brasil.

Na competição, o clube entrou na terceira fase, pois disputou a Libertadores daquele ano. Seu primeiro adversário foi o Remo, o Galo venceu os dois jogos e no agregado ficou 4×1. Nas oitavas o adversário era o Bahia, o primeiro jogo 2×0 pro Atlético, mas o jogo da volta foi complicado e emocionante, o Bahia venceu por 2×1, mas quem passou foi o Galo. Para as quartas de finais, o Atlético encarou o Fluminense, o clube Alvinegro dominou o confronto e venceu os dois jogos. Já a semifinal, era contra a sensação Fortaleza, contudo, nem a sensação foi párea para a força Alvinegra, o Galo fez 6×1 no agregado e avançou para a final. Na decisão, o jogo era contra o Athletico. No primeiro jogo, o Galo fez 4×0, marcando a maior goleada da história das finais da competição. No jogo da volta, Keno e Hulk marcaram e o Galo foi bicampeão da Copa do Brasil. Tornando o ano de 2021, o mais vitorioso da história do Atlético.

A CASA DO GALO:

Em 2020, o sonho do atleticano de ter o seu próprio estádio começou a tomar forma. Em um terreno no bairro Califórnia, as obras da futura casa do Galo começaram. O estádio foi projetado para ter capacidade para 44.892 torcedores. As obras duraram 3 anos.

No dia 27 de agosto de 2023, a Arena MRV estava pronta e foi inaugurada. Estava pronta a tão sonhada casa do Galo. O jogo de estreia foi contra o Santos, pelo Brasileirão, na ocasião Paulinho e Zaracho marcaram e o Atlético inaugurou sua casa mostrando como um verdadeiro mandante tem que fazer, vencendo seu jogo.

Até o momento o Galo mandou 42 jogos em sua casa, tendo 26 vitórias, 9 empates e apenas 7 derrotas.

Arena MRV (Foto: Pedro Souza / Atlético)