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·24 de abril de 2025

33ª rodada: o Napoli aproveitou o tropeço da Inter para empatar na liderança da Serie A

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Equilibrada do início ao fim, a Serie A 2024-25 chega às últimas cinco rodadas sem nada garantido para ninguém – ou quase isso. A 33ª jornada foi marcada pelo adiamento dos compromissos finais em decorrência da morte do Papa Francisco na segunda (21), o que também afetará a 34ª, por conta do funeral do sumo pontífice, no dia 26. No desafio mais importante da temporada, a Inter desperdiçou três pontos fundamentais na corrida pelo título e o Bologna (pronto para repetir o feito do ano anterior) voltou ao G4, ajudando o Napoli, que afundou ainda mais o Monza e alcançou a liderança ao lado dos nerazzurri. E, com tabela mais simples, os partenopei são favoritos ao scudetto.

Porém, caso o campeonato termine empatado, Inter e Napoli disputarão a final em partida única para definir o campeão italiano. Curiosamente, a única vez que isso aconteceu, em 1964, envolveu a equipe de Milão, que perdeu, veja só, para o Bologna. Já o outro time da capital Lombardia, o Milan, não conseguiu emplacar mais uma vitória e facilitou a caminhada da Atalanta, que, por sua vez, se firmou na terceira colocação, abrindo vantagem importante sobre os demais concorrentes. Longe da Champions League, os rossoneri se concentram, agora, na Coppa Italia.


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Na semana da Páscoa, a Juventus entregou um presentão não só ao Bologna, mas também a Lazio, Roma, Fiorentina e, principalmente, ao Parma, que deixou o confronto com os bianconeri com três pontos valiosíssimos na luta contra o rebaixamento – graças a um triunfo que não ocorria há 10 anos.

Na parte inferior da tabela, Venezia e Empoli tiveram uma rara oportunidade de deixarem o Z3, em um confronto direto contra a queda que terminou empatado, apesar da intensidade nos minutos finais. Isso porque o Lecce foi derrotado por 3 a ze0ro pelo Como e agora está apenas um pontinho à frente dos adversários.

Atualmente, Inter e Napoli dividem a ponta com 71 pontos; na sequência aparecem Atalanta (64) e o surpreendente Bologna (60). Uma posição e um pontinho atrás estão Juventus e Lazio (59), seguidas por Roma (57) e, logo depois, Fiorentina, com 56.

Na parte intermediária da tabela, o Milan, nono colocado, tem uma margem de oito pontos para o Torino, mas está cinco atrás da Fiorentina – e precisa vencer a Coppa Italia para não ter que voltar a campo já em meados de agosto, pelo próprio torneio de mata-mata, já que apenas os sete primeiros colocados da Serie A mais o seu campeão, que geralmente está no G8, se classificam diretamente às oitavas. No meio da tabela estão ainda a Udinese, o Genoa e o Como, que engatou a terceira vitória consecutiva na competição. Verona, Parma e Cagliari, mais abaixo, parecem próximos de confirmar suas permanências na elite.

Rondando a zona da degola, o Lecce, apesar do revés, segue como o primeiro time fora do Z3, com 26 pontos. Já Venezia e Empoli estão empatados com 25 cada. O Monza, apesar de valente, permanece com seus 15 há quatro rodadas e talvez continue com eles até o encerramento do campeonato. Confira tudo isso no resumo da rodada.

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Monza 0-1 Napoli

Gol e assistência: McTominay (Raspadori) Tops: McTominay e Raspadori (Napoli) Flops: Caldirola e Turati (Monza)

Sofrido, como tem sido costume. Mas também valioso, como sempre. O Napoli venceu o Monza fora de casa por 1 a 0 e acordou no domingo com algo que não sentia há tempos: a liderança provisória da Serie A, ao lado da Inter. O herói? Mais uma vez, McTominay, o escocês que chegou desacreditado e hoje é o homem das decisões.

O time de Antonio Conte teve dificuldades para encontrar espaços diante de um Monza que, apesar de valente, já pensa sua vida na segunda divisão. No primeiro tempo, os anfitriões chegaram a assustar em jogada individual de Castrovilli, que driblou, invadiu a área e por pouco não surpreendeu Meret. O Napoli respondeu em lampejos: uma falta cobrada por McTominay, uma finalização de Rrahmani, e uma chance desperdiçada por Lukaku em rebote dentro da pequena área. Nada que convencesse.

Na volta do intervalo, Conte mexeu. Tirou Gilmour, lançou Anguissa e, logo depois, apostou em Raspadori. A mudança foi o ponto de virada. Inspirado, o camisa 81 achou Politano em profundidade, e o ponta parou em Turati. Pouco depois, foi dele o cruzamento perfeito: bola alta, curva suave e McTominay surgindo como um raio entre os zagueiros para marcar de cabeça o único gol da partida. Foi o nono dele na temporada – o sexto que abriu o placar.

O fim foi tenso. O Monza, sem muito a perder, foi com tudo para o ataque, empurrou o Napoli para trás e fez o setor visitante prender a respiração. Mas a defesa resistiu, a vitória veio e os cânticos voltaram: “Napoli, torna campione”. A cinco rodadas do fim, o sonho do tetra ainda está vivo.

Bologna 1-0 Inter

Gol: Orsolini Tops: Orsolini e Lucumí (Bologna) Flops: Bisseck e Correa (Inter)

O Renato Dall’Ara explodiu aos 94 minutos, com um lance que pode ter redesenhado a corrida pelo título. Em um jogo equilibrado, brigado e taticamente intenso, bastou um lampejo de Orsolini para decidir tudo: meia-bicicleta no segundo pau, após desvio de Bisseck, e vitória por 1 a 0 para o Bologna, que se coloca de vez na briga pela Champions League. Para a Inter, que sofreu sua quarta derrota no campeonato e ficou apenas no terceiro jogo sem marcar gols, a noite foi de frustração – ainda mais com o Napoli, agora empatado na liderança.

O primeiro tempo foi quente, mas truncado. A Inter começou ligada, tentando aproveitar o embalo da vitória sobre o Bayern de Munique, com uma boa chance para Carlos Augusto logo no início. No entanto, o Bologna foi crescendo e passou a controlar as ações, especialmente com as descidas de Ndoye pela direita. Mkhitaryan levou cartão amarelo e ficou fora do próximo jogo, contra a Roma, Correa foi nulo, e a Beneamata demonstrava sinais de cansaço e falta de organização. Dallinga quase abriu o placar após cruzamento rasteiro, mas Pavard salvou. Os donos da casa eram mais perigosos e mereciam mais.

Na volta do intervalo, os ânimos seguiram acirrados. Bastoni e Dallinga protagonizaram um lance polêmico na área, Vincenzo Italiano, técnico rossoblù, e Massimiliano Farris, auxiliar nerazzurro, foram rigorosamente expulsos após discussão com o árbitro Andrea Colombo, que picotou demais a partida, e a tensão só aumentou. Simone Inzaghi tentou mexer, tirando os amarelados Bastoni e Mkhitaryan, e colocou Frattesi, Dimarco e Taremi para tentar mudar o jogo. Mas quem acertou no banco foi o Bologna, ao pôr Orsolini em campo. O ritmo caiu, o duelo parecia caminhar para o 0 a 0, mas os donos da casa guardavam um golpe final.

No apagar das luzes, a jogada que mudou tudo: lateral cobrado na área, desvio errado de Bisseck – que mais uma vez falhou – e Orsolini, com categoria, finalizou com estilo para vencer Sommer. Foi um prêmio à postura agressiva do Bologna, que venceu com justiça e ainda ultrapassou a Juventus. Já a Inter, que soma apenas uma vitória nos últimos sete jogos fora de casa, terá de digerir mais um tropeço decisivo em solo bolonhês – o mesmo que, dois anos atrás, lhe custou um título. O fantasma voltou.

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A Inter sucumbiu no apagar das luzes e viu o Napoli empatar na ponta; já o Bologna retomou o quarto lugar (Getty)

Parma 1-0 Juventus

Gol e assistência: Pellegrino (Valeri) Tops: Leoni e Delprato (Parma) Flops: Kelly e Vlahovic (Juventus)

Depois de uma década sem vitórias contra a Juventus na Serie A, o Parma enfim reencontrou o gosto da glória. Em uma noite histórica no Ennio Tardini, o time de Cristian Chivu superou os comandados de Igor Tudor por 1 a 0, encerrando a sequência inicial positiva do técnico croata e complicando a vida da Velha Senhora na luta por uma vaga na Liga dos Campeões. O herói da partida foi Pellegrino, autor de um gol de cabeça nos acréscimos do primeiro tempo, diante do olhar atento de ídolos como Hernán Crespo, Fabio Cannavaro, Lilian Thuram e Marco Di Vaio nas tribunas. A Juve, sem brilho e sem força ofensiva, viu ainda Vlahovic deixar o campo com dores musculares.

A partida teve um início estudado, com a Juventus tentando assumir o protagonismo, mas esbarrando na solidez defensiva do Parma. Locatelli ensaiou uma finalização perigosa logo nos primeiros minutos, mas foi apenas um lampejo. A lentidão e imprecisão no meio-campo tornaram a equipe de Turim previsível, mesmo com as tentativas isoladas de González e Kolo Muani. Do outro lado, o time crociato foi eficiente: superou duas baixas precoces por lesão (as de Vogliaccio e Bernabé) e se aproveitou das falhas defensivas do adversário. No apagar das luzes da etapa inicial, Pellegrino subiu mais alto que Kelly e cabeceou com precisão após cruzamento de Valeri – foi o décimo gol sofrido pela Juventus de cabeça na competição.

No retorno do intervalo, Tudor precisou lidar com a baixa de Vlahovic, substituído por um desconforto na coxa direita. Conceição entrou em seu lugar, e logo depois foi a vez de Yildiz tentar mudar o panorama do jogo. A Juventus aumentou o volume de jogo, mas esbarrou em sua própria falta de inspiração. Kolo Muani até se esforçou, mas seguiu isolado e pouco abastecido, enquanto o Parma ameaçava nos contra-ataques, especialmente com Man, que levou perigo em jogada individual. A falta de criatividade levou o técnico croata a lançar Douglas Luiz, Weah e Alberto Costa na reta final, numa tentativa desesperada de empatar.

A última cartada da Juve saiu em chute de longe de Conceição, defendido com tranquilidade por Suzuki. O Parma, por sua vez, ergueu uma muralha sob o comando de Chivu, segurou o placar até o fim e garantiu três pontos de ouro na luta contra o rebaixamento – agora são seis de vantagem para o Venezia, primeiro time dentro da zona da degola. Para a Juventus, restou o gosto amargo da primeira derrota sob o comando de Tudor, que além do tropeço, perdeu seu artilheiro. E com a Lazio empatada e o Bologna à frente poucas semanas antes dos confrontos diretos, a corrida por uma vaga na próxima Champions League ganhou contornos ainda mais dramáticos.

Milan 0-1 Atalanta

Gol e assistência: Éderson (Bellanova) Tops: Bellanova e Éderson (Atalanta) Flops: Rafael Leão e Hernandez (Milan)

No domingo de Páscoa, enquanto a Atalanta ressurgia, o Milan seguia em sua via-crúcis. Com um gol de Éderson no segundo tempo, os comandados de Gian Piero Gasperini venceram por 1 a 0 em pleno San Siro e consolidaram a terceira posição na tabela. Mais do que os três pontos, a atuação segura em um campo hostil reforçou a força da Dea fora de casa – ninguém somou mais pontos como visitante na Serie A. Já o Diavolo, que até ensaiou um bom início de etapa complementar, mostrou mais uma vez fragilidades defensivas que comprometem qualquer ambição. Até mesmo a vaga na Europa League está longe através do campeonato e todas as atenções se voltam à Coppa Italia, competição em que os rossoneri são finalistas.

A primeira etapa foi morna, marcada por poucos riscos e muito estudo. Sérgio Conceição repetiu a escalação do jogo anterior – uma raridade – e o Milan, apesar da postura mais equilibrada, pouco produziu ofensivamente. O 3-4-3 parecia funcionar defensivamente, mas a marcação frouxa no meio impedia qualquer transição rápida. A Atalanta, por sua vez, explorou o lado direito, com Cuadrado e Bellanova, mas Lookman era mal servido e Retegui estava bem cercado. O único lance de real perigo veio aos 43 minutos: bela virada de Jovic na área, mas finalização desperdiçada.

Na volta do intervalo, o Milan ensaiou uma reação que durou pouco mais de 10 minutos. Reijnders, Fofana e Rafael Leão arriscaram, e Hernandez parecia mais solto. Mas bastou um ajuste de Gasperini e a Dea matou o jogo. Aos 62, Lookman cruzou da esquerda, Bellanova ganhou pelo alto e serviu Éderson, que apareceu livre no segundo pau para empurrar. Hernandez não subiu, Fofana assistiu de camarote… erros de posicionamento que se repetem há semanas. O golpe freou o ímpeto rossonero e expôs de novo a inconsistência defensiva do time, que teve Maignan como último guardião para evitar um placar mais largo.

Conceição tentou agitar com João Félix, mas o Milan já havia perdido o fio da meada. A Atalanta teve até chances para ampliar, mas se contentou em administrar o resultado e celebrar com sua torcida ao apito final. Em crise diante dos grandes, o Milan estaciona no nono lugar e parece mais próximo da desilusão do que da redenção. Para sonhar com uma vaga europeia, o caminho mais realista talvez seja mesmo a Coppa Itália. Porque no campeonato, os fantasmas são muitos – e os milagres, escassos.

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A Juventus perdeu para o Parma depois de uma década e complicou seu caminho na busca por uma vaga na Liga dos Campeões (Getty)

Genoa 0-2 Lazio

Gols e assistências: Castellanos (Pellegrini) e Dia (Rovella) Tops: Castellanos e Pellegrini (Lazio) Flops: Otoa e Martín (Genoa)

Depois do revés nas quartas da Liga Europa, a Lazio reencontrou o caminho das vitórias com uma atuação segura fora de casa, superando o Genoa por 2 a 0 e alcançando a Juventus na quinta colocação da Serie A. A tarde teve gosto de redenção para Castellanos, autor de um golaço de voleio, que abriu o placar e silenciou o estádio Luigi Ferraris. O argentino, que havia desperdiçado um pênalti decisivo na eliminação para o Bodø/Glimt, voltou a ser decisivo em um jogo que se complicou cedo para o time da casa, reduzido a dez jogadores logo aos 22 minutos, com a expulsão do estreante Otoa.

A partida foi marcada também por cenas lamentáveis: aos 15, os ultras do Genoa interromperam o jogo ao arremessarem sinalizadores e petardos no gramado, em protesto pelo adiamento da partida – um deles caiu sobre Mandas, goleiro biancoceleste, que felizmente não se feriu. Foram mais de cinco minutos de paralisação que esfriaram os ânimos e acabaram beneficiando os visitantes. Mesmo com o clima tenso nas arquibancadas, a Lazio manteve o controle e chegou ao primeiro gol aos 32, com a pintura de Castellanos, que aproveitou erro de posicionamento da defesa para acertar um belo voleio de direita, sem chances para Leali.

No segundo tempo, o Genoa tentou se reorganizar, mas a expulsão precoce deixava o time de Patrick Vieira sem profundidade. Pinamonti, isolado, desperdiçou duas boas chances, e Vitinha, embora participativo, pouco conseguiu construir. A Lazio, por sua vez, foi letal: Dia ampliou em lance de oportunismo, aproveitando bela enfiada de Rovella. Com a vantagem no placar e em campo, Marco Baroni promoveu alterações para controlar o jogo, mesmo após a expulsão de Belahyane – que levou vermelho direto por falta dura sobre Thorsby, após revisão do VAR, e não ficou nem quatro minutos em campo.

Com a vitória garantida, a Lazio apenas administrou o resultado nos minutos finais, enquanto o Genoa, já praticamente salvo do rebaixamento, aproveitou para testar seus jovens talentos, como Venturino e Ahanor. A invencibilidade em casa de 2025 foi quebrada, mas a torcida parece ter outro foco: protestar contra decisões extracampo que julga prejudiciais. Para Baroni e seus comandados, o cenário é de esperança renovada: com quatro resultados positivos seguidos e a quinta posição dividida com a Juventus, o sonho europeu segue vivo em Roma.

Roma 1-0 Verona

Gol e assistência: Shomurodov (Soulé) Tops: Soulé e Shomurodov (Roma) Flops: Coppola e Valentini (Verona)

Basta um lampejo para manter o sonho aceso. Num Olímpico lotado, a Roma venceu o Verona por 1 a 0 e ampliou sua sequência invicta na Serie A para 17 jogos. O herói da noite foi Shomurodov, autor de um gol relâmpago que, além de garantir os três pontos, devolveu esperança à torcida giallorossa na briga pela Champions League.

O Verona até assustou logo no início, com Sarr saindo cara a cara com Svilar, embora a jogada tenha sido anulada por impedimento. Mas a resposta foi imediata. Aos 4 minutos, Soulé invadiu a área com estilo e tentou um toque por cobertura sobre Montipò. A bola ficou viva, e Shomurodov apareceu para empurrar para as redes, entre zagueiros estáticos. Foi o sétimo gol do atacante na temporada e o quarto na liga, consolidando sua boa fase sob o comando de Claudio Ranieri.

A Roma, mesmo sem brilhar, controlou o ritmo durante boa parte do primeiro tempo, apostando na movimentação de Baldanzi e Soulé para explorar as fragilidades defensivas dos visitantes. Já o Verona se manteve organizado e tentou algumas escapadas, mas parou na solidez defensiva romanista. No segundo tempo, o cenário mudou. O Hellas se lançou ao ataque, e a Roma recuou, sentindo o desgaste físico e o peso do resultado. Ranieri reforçou o meio-campo com Pisilli e, mais tarde, lançou mão de Dovbyk para dividir a referência ofensiva. A partida virou uma batalha física, com duelos intensos no meio e bolas alçadas na área até o apito final.

A Roma resistiu. Venceu. E agora está a apenas dois pontos do quarto lugar. Em meio à instabilidade dos concorrentes, Ranieri e seus comandados seguem firmes, alimentando o sonho de voltar à Liga dos Campeões.

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Enquanto a Atalanta se recuperou na Serie A, o Milan ficou longe da disputa por vagas em torneios continentais via campeonato (Getty)

Cagliari 1-2 Fiorentina

Gols e assistências: Piccoli; Gosens (Mandragora) e Beltrán (Dodô) Tops: Gosens e Mandragora (Fiorentina) Flops: Zortea e Augello (Cagliari)

Sob ventania impiedosa a Fiorentina navegou com firmeza rumo a mais três pontos cruciais na briga por uma vaga nas competições europeias. A vitória por 2 a 1 sobre o Cagliari mostrou que há vida além de Kean: com o atacante fora de última hora por motivos pessoais, coube a Beltrán e Gudmundsson ditarem o ritmo ofensivo da equipe de Raffaele Palladino. Do outro lado, o time da casa até começou melhor, abriu o placar com Piccoli e chegou a acertar a trave com Zortea, mas perdeu fôlego após a saída de Mina e não reagiu.

O início foi todo do Cagliari, inflamado pela torcida e favorecido pela apatia inicial da Viola. Aos 7 minutos, Piccoli aproveitou rebote de De Gea e mandou para as redes. Zortea, logo depois, quase ampliou em chute rasteiro que beijou a trave. Foi o susto necessário para acordar os visitantes, que empataram aos 36, com Gosens, em um belo chute, após assistência de Mandragora. Ainda antes do intervalo, o VAR anulou um pênalti para os donos da casa, aumentando a tensão no Unipol Domus. Depois, Mina se lesionou e deu lugar a Palomino.

A virada veio logo no início da etapa final, em uma jogada bem construída: Gudmundsson segurou e abriu para Dodô, que cruzou na medida para Beltrán cabecear firme no canto. Com o 2 a 1 no placar, a Fiorentina baixou o ritmo e tentou controlar o jogo. Palladino rodou o elenco e buscou mais fôlego no meio, enquanto Davide Nicola lançou mão de três trocas ao mesmo tempo, em busca do empate. A melhor chance dos donos da casa veio aos 75, em chute forte de Marin defendido por De Gea, que garantiu a vantagem até o fim.

Nos minutos finais, o Cagliari pressionou, mas sem lucidez. Palladino protegeu a retaguarda com Comuzzo e Folorunsho, enquanto Gudmundsson desperdiçava boas oportunidades de contra-ataque. Zaniolo ainda teve tempo de entrar e ser vaiado pela torcida, em lembrança de provocações antigas, e quase marcou nos acréscimos – mas Caprile evitou um castigo maior para os anfitriões. A Fiorentina agora se mantém viva na briga pela Europa, enquanto o time sardo segue com vantagem para a zona de rebaixamento, mas ainda não pode sentir o alívio da permanência.

Torino 2-0 Udinese

Gols: Adams e Dembélé Tops: Adams e Biraghi (Torino) Flops: Solet e Lovric (Udinese)

O Torino voltou a vencer e confirmou a boa fase diante de sua torcida, com um triunfo seguro por 2 a 0 sobre a Udinese. Em um jogo que parecia equilibrado e sem grandes emoções, bastaram dois momentos de oportunismo para os granata selarem a vitória: um no fim do primeiro tempo, com Adams, e outro nos minutos finais, com Dembélé. A equipe friulana até tentou reagir na etapa complementar, mas parou na falta de contundência e nas defesas seguras de Milinkovic-Savic. A quinta derrota consecutiva liga o alerta no time bianconero, que já garantiu a permanência na elite, mas termina a temporada em queda livre.

Sem Vlasic e Coco, Paolo Vanoli armou o Torino com um 4-2-3-1 pragmático, com Adams isolado no comando de ataque e Casadei mais avançado no meio. Já a Udinese apostou num 4-4-2 compacto, mas com pouca presença ofensiva – Bravo e Payero formaram a dupla de ataque, enquanto Sánchez ainda não reunia condições de jogo. A primeira chance clara foi dos donos da casa, em cabeçada de Maripán que só não entrou porque Ehizibue salvou em cima da linha. O gol, no entanto, amadurecia. Aos 39 minutos, um erro grave de Lovric na saída de bola desencadeou uma sequência de finalizações bloqueadas até que Adams pegasse a sobra com calma e precisão: 1 a 0 para o Toro.

Na volta do intervalo, a Udinese melhorou e passou a rondar a área granata. Atta exigiu boa defesa de Milinkovic-Savic aos 55 minutos, e, pouco depois, Lovric perdeu chance clara após cruzamento de Payero, com o goleiro já batido. Apesar da pressão, os visitantes seguiram sem pontaria, enquanto o Torino soube esperar o momento certo para matar o jogo. Aos 85, Solet falhou bisonhamente ao tentar cortar o cruzamento rasteiro, e Dembélé, atento, empurrou para o gol e selou o resultado.

Com a vitória, o Torino se isolou na 10ª posição e manteve a invencibilidade em casa em 2025, mostrando força e organização tática. Já a Udinese precisa reencontrar o equilíbrio que a sustentou na primeira metade da temporada, para evitar um fim melancólico num campeonato que prometia mais.

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Com vitória segura no Marassi, a Lazio reagiu à eliminação na Liga Europa e se manteve firme na briga por vaga na Champions League (Getty)

Lecce 0-3 Como

Gols e assistências: Diao (Paz), Goldaniga (Da Cunha) e Diao (Gabriel Strefezza) Tops: Diao e Butez (Como) Flops: Baschirotto e Danilo Veiga (Lecce)

O Como vive um sonho cada vez mais real na Serie A. Jogando no Via del Mare, o time de Cesc Fàbregas emendou sua terceira vitória consecutiva ao bater o Lecce por 3 a 0, com autoridade e um bom futebol. Paz comandou as ações com inteligência e protagonizou a jogada do primeiro gol, aos 33 minutos, com uma arrancada brilhante e um passe açucarado para Diao, que não perdoou. O lance chegou a ser anulado por impedimento, mas o VAR confirmou o gol que abriu o caminho da vitória.

O Lecce, por sua vez, sente o peso de uma crise que se arrasta. O time soma apenas três pontos nas últimas 10 rodadas e está a dois de Venezia e Empoli, que abrem a zona de rebaixamento. Pressionado, o time de Marco Giampaolo tentou reagir com Morente e N’Dri, mas parou em Butez. A defesa voltou a vacilar nos momentos cruciais, e a falta de contundência no ataque transformou o domínio em frustração. Berisha e Krstovic, suspensos, ainda serão desfalques contra a Atalanta, agravando o drama.

No segundo tempo, o Como aproveitou os espaços deixados pelos donos da casa e matou o jogo com eficiência. O zagueiro Goldaniga subiu sozinho em cobrança de falta e fez o segundo, encerrando um jejum de 84 partidas sem marcar. Nos acréscimos, Diao apareceu de novo para marcar o terceiro e fechar a conta. O atacante, aliás, só mais tarde descobriria que esse seria seu último jogo na temporada: uma lesão sofrida num treino, na terça, o tirará dos gramados até o fim do campeonato.

A torcida local não perdoou. Vaias, faixas e protestos ecoaram no estádio contra a diretoria, especialmente contra o diretor esportivo Pantaleo Corvino, tão elogiado anteriormente. A atmosfera no clube é de tensão absoluta, e o risco de queda nunca pareceu tão real. Enquanto isso, o Como vive a euforia de um retorno à elite marcado por organização, confiança e talento – e uma permanência que começa a se desenhar com traços cada vez mais nítidos, visto que a equipe precisa de apenas dois pontos (ou de derrotas de Empoli e Venezia) para garantir a salvezza matematicamente, já na próxima rodada.

Empoli 2-2 Venezia

Gols e assistências: Fazzini (Henderson) e Anjorin; Yeboah e Busio Tops: Fazzini (Empoli) e Yeboah (Venezia) Flops: Vásquez (Empoli) e Idzes (Venezia)

O duelo entre Empoli e Venezia teve duas metades completamente distintas: um primeiro tempo morno e uma etapa final elétrica. No fim, o 2 a 2 deixou um gosto amargo para ambos, que desperdiçaram a chance de sair da zona de rebaixamento após a derrota do Lecce na véspera. Fazzini abriu o placar para os donos da casa, Yeboah empatou, Busio colocou os visitantes novamente em vantagem e Anjorin, com um golaço, selou a igualdade que mantém os dois times em situação delicada.

A primeira etapa foi marcada por equilíbrio e poucas emoções. O Empoli começou com mais iniciativa, mas esbarrou em uma defesa bem postada do Venezia, que cresceu aos poucos. As chances mais perigosas saíram em bolas paradas, com Nicolussi Caviglia e Esposito exigindo boas defesas dos goleiros. Do outro lado, o time arancioneroverde apostava nas investidas de Busio e nas bolas longas, mas também pouco produziu ofensivamente.

O segundo tempo foi outro jogo. O Empoli abriu o placar com Fazzini após vacilo de Busio, mas logo cedeu o empate em erro de Vásquez, que permitiu a finalização de Yeboah. Quando o Venezia parecia perto de uma vitória salvadora, com o gol de Busio aos 85 minutos, Anjorin apareceu para salvar os toscanos com uma pintura: arrancada, drible e finalização de rara beleza. O espetáculo agradou os torcedores, mas, na tabela, o empate complica a vida de ambos: restam apenas cinco jogos para ambos escaparem do rebaixamento.

Seleção da rodada

Butez (Como); Delprato (Parma), Leoni (Parma), Lucumí (Bologna); Bellanova (Atalanta), McTominay (Napoli), Paz (Como), Da Cunha (Como); Orsolini (Bologna), Castellanos (Lazio), Diao (Como). Técnico: Cristian Chivu (Parma).

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