5ª rodada: rolo compressor, Napoli amassa mais um adversário e segue na liderança | OneFootball

5ª rodada: rolo compressor, Napoli amassa mais um adversário e segue na liderança | OneFootball

Icon: Calciopédia

Calciopédia

·24 de setembro de 2021

5ª rodada: rolo compressor, Napoli amassa mais um adversário e segue na liderança

Imagem do artigo:5ª rodada: rolo compressor, Napoli amassa mais um adversário e segue na liderança

A primeira rodada realizada inteiramente em dias úteis nesta Serie A foi marcada por muitos gols e vitórias das equipes na ponta da tabela. O Napoli, mais uma vez, goleou e segue intacto no posto mais alto da classificação, com 100% de aproveitamento. Logo atrás, está a dupla de Milão: Milan e Inter também venceram na rodada, mas em partidas de roteiros completamente diferentes. A Roma também triunfou, se recuperando da derrota na jornada anterior, assim como a Atalanta, que fez a lição de casa e, assim, entrou no grupo dos cinco primeiros.

Lá embaixo, a Salernitana conseguiu seu primeiro pontinho, mas não deixou a lanterna. Já a Juventus, enfim, venceu. Não foi fácil, mas os três pontos vieram, fora de casa, diante do Spezia. Agora, a Vecchia Signora pode respirar fora da zona de rebaixamento. Como era prometido, a Serie A segue bastante equilibrada e tem entregado grandes embates até aqui. Na sequência, você vem com a gente para saber o que de melhor aconteceu na 5ª rodada do Campeonato Italiano!


Vídeos OneFootball


Este navegador não é compatível. Use um navegador diferente ou instale o aplicativo

video-poster

Sampdoria 0-4 Napoli

Gols e assistências: Osimhem (Insigne), Ruiz (Insigne), Osimhen (Lozano) e Zielinski (Lozano) Tops: Insigne e Osimhen (Napoli) Flops: Audero e Augello (Sampdoria)

E não é que o Napoli goleou de novo? Após aplicar um sonoro 4 a 0 na Udinese na última rodada, fora de casa, o time de Luciano Spalletti repetiu o placar… e longe de seus domínios novamente. Dessa vez, a vítima foi a Sampdoria, que havia se portado bem contra os gigantes até este ponto do campeonato. A atuação da equipe de Gênova, porém, ficou muito aquém das expectativas nesta quinta-feira.

Inexplicavelmente jogando de forma espaçada, a Samp concedeu demais a um dos ataques mais letais do futebol italiano. Logo no início, Osimhen recebeu grande passe de Insigne, ganhou na velocidade e disparou do meio de campo até a área adversária. No entanto, na hora de tirar o 10, acabou batendo fraco, nas mãos do goleiro Audero. Pouco tempo depois, o atacante teve a chance de se redimir. E não desperdiçou. Após cruzamento de Insigne, o nigeriano desviou de biquinho e contou com falha do goleirão, enganado pelo seu toque fortuito, para marcar o primeiro.

Ainda antes do intervalo, o Napoli ampliou em outro passe de Insigne, dessa vez concluído com capricho por Ruiz. O espanhol bateu de canhota, de fora da área, no cantinho direito da baliza. O belo gol deu tranquilidade aos visitantes, mas não impediu algumas investidas da Sampdoria. O problema, para os anfitriões, é que o arqueiro Ospina estava inspirado. De forma espetacular, o colombiano já tinha feito defesas espetaculares quando o placar estava em 1 a 0, em chute de Adrien Silva e em cabeçada de Yoshida, frustrando uma possível reação do mandantes.

Na segunda etapa, o panorama não mudou. Ainda encontrando muitos espaços, o Napoli dobrou a vantagem já adquirida, tendo Lozano como garçom: o mexicano encontrou passes açucarados para Osimhen e Zielinski. Em ambos, chutes potentes de primeira, tirando qualquer chance da defesa adversária. No fim, domínio completo do atual líder da Serie A. Com aproveitamento perfeito e 14 gols marcados em cinco jogos, os napolitanos seguem amassando os adversários do início ao fim dos duelos e se mantêm firmes na ponta, mostrando que podem ser, sim, candidatos concretos ao título. A. Vencer a Samp por uma margem tão grande, em Gênova, é significativo: basta lembrar que essa mesma equipe conseguiu impor dificuldades para Milan (perdeu por 1 a o) e Inter (empatou por 2 a 2).

Fiorentina 1-3 Inter

Gols e assistências: Sottil (González); Darmian (Barella), Dzeko (Çalhanoglu) e Perisic (Gagliardini) Tops: Handanovic e Perisic (Inter) Flops: Benassi e González (Fiorentina)

Em Florença, a Inter venceu, mas com menos facilidade do que aponta o placar de 3 a 1. A verdade é que a Fiorentina foi amplamente superior na primeira etapa. Marcando pressão no campo de ataque e correndo muito no gramado, a Viola sufocou a Inter, anulou as armas ofensivas da oponente e teve as melhores chances. Só que aí apareceu Handanovic: o goleiro da campeã italiana fez três grandes defesas com o placar ainda zerado no Artemio Franchi. É verdade que, aos 23 minutos, o esloveno não conseguiu evitar o gol de Riccardo Sottil, aproveitando boa jogada de González. Ainda assim, suas intervenções foram importantíssimas, evitando que a Fiorentina estendesse a vantagem.

Não bastasse a grande atuação do arqueiro adversário, a Viola desperdiçou, ao menos, três bons contra-ataques na primeira etapa. E o preço pelos vacilos ofensivos chegou logo no início da metade final. No primeiro lance de desconcentração da defesa da casa, a Inter tabelou com facilidade na entrada da área, até que Darmian finalizou com força para o gol. A virada veio apenas três minutos depois, com Dzeko cabeceando cobrança precisa de escanteio. Se a bola parada assombra a Fiorentina desde a temporada anterior, em 2021-22 se tornou uma arma letal para os nerazzurri, que anotaram a partir de uma jogada ensaiada em quatro das cinco rodadas desta Serie A.

Com a remontada relâmpago, o time violeta se perdeu dentro do jogo: já sem energia (todo o gás foi embora em 60 minutos), não conseguiu mais assustar Handanovic. A torcida no Franchi ainda viu González, bem na primeira etapa, ser expulso de forma infantil. Num ato de descontrole, o argentino levou o amarelo e o vermelho em sequência, por reclamar acintosamente com o juiz. A desvantagem numérica desnivelou ainda mais o duelo. Ainda deu tempo de Perisic marcar o terceiro a poucos minutos do fim, matando de vez o confronto. Mesmo em um dia em que as coisas não correram sempre com naturalidade, a Inter mostrou sua força e atestou o seu favoritismo para mais um título italiano. Para a Fiorentina, fica a decepção pela derrota de virada, mas também a impressão de que há, sim, coisas boas sendo feitas na Toscana: basta oscilar menos dentro dos 90 minutos.

Imagem do artigo:5ª rodada: rolo compressor, Napoli amassa mais um adversário e segue na liderança

A Inter sofreu contra a Fiorentina, mas Dzeko mostrou o poder da bola parada nerazzurra (imago)

Milan 2-0 Venezia

Gols e assistências: Díaz (Hernandez) e Hernandez (Saelemaekers) Tops: Hernandez e Kalulu (Milan) Flops: Peretz e Johnsen (Venezia)

O Milan mostrou sua força e venceu mais uma na temporada. Sem sofrer sustos na parte defensiva, teve paciência, marcou dois gols no segundo tempo, com participações importantes de reservas, e conduziu bem o restante da partida. Hernandez, que entrou aos 14 minutos da etapa final, foi o cara do jogo: deu a assistência para o primeiro tento e anotou o segundo, sacramentando o resultado positivo. No entanto, vale também uma menção à atuação de Kalulu. O lateral-direito correu bastante e foi o jogador mais perigoso durante a sonolenta primeira metade do jogo.

A verdade é que o Venezia é um time com graves limitações. A jovem equipe, que entrou em campo com uma média de apenas 24 anos de idade, até foi competente em sua proposta de marcação. Sem conceder muitos espaços, limitou o Milan a poucas oportunidades nos primeiros 45 minutos. O problema é que o time visitante pouco oferecia riscos à defesa milanesa. Com isso, o panorama ficou confortável para os rossoneri esperarem pelo melhor momento de investir as energias.

E ele veio, na segunda etapa, com o Venezia já um pouco mais cansado em campo. Após o primeiro gol, em jogada que começou com Bennacer, antes da assistência de Hernandez para Díaz, o Milan encontrou mais espaços. Foi dessa forma que Saelemaekers, que também entrou no decorrer do jogo, fez uma linda jogada para achar o lateral francês do Milan sozinho pelo corredor esquerdo. Com o visual limpo, Theo fuzilou de canhota e deu números finais ao jogo.

Uma vitória, mais uma vez, sem sofrer gols – o Milan foi vazado apenas duas vezes em cinco rodadas – e que mostra que Stefano Pioli dedicou tempo para preparar melhor o time para os duelos caseiros. Após a grande campanha longe de seus domínios na temporada passada, o desafio era ter mais eficiência em jogos truncados, contra adversários defensivos, dentro de San Siro. Até aqui, em contextos desse tipo, a equipe rossonera vem tendo sucesso. Já para o Venezia, fica a necessidade de ser um pouco mais “assustador” no ataque. A equipe da bela cidade italiana sabe que o objetivo é permanecer na elite e, portanto, derrotas contra gigantes são esperadas. É preciso, então, saber jogar contra oponentes que disputam “o mesmo campeonato” que o seu.

Spezia 2-3 Juventus

Gols e assistências: Gyasi e Antiste (Maggiore): Kean (Rabiot), Chiesa e De Ligt Tops: Chiesa e Dybala (Juventus) Flops: Verde e Bastoni (Spezia)

Não foi nada fácil para a Juve. Diante do Spezia, no estádio Alberto Pico, na Ligúria, os piemonteses saíram na frente, levaram a virada, mas conseguiram arrancar a vitória suada por 3 a 2. De quebra, a equipe conquistou seu primeiro triunfo no campeonato, deixando, assim, a zona de rebaixamento.

Kean abriu o placar num momento em que o jogo estava truncado. Após lançamento longo, Rabiot ajeitou para o atacante, que encontrou um bonito chute no canto. A bola ainda bateu na trave antes de entrar. Só que, poucos minutos depois, a equipe da casa empatou. Praticamente na primeira chegada ao ataque em todo o jogo, o Spezia conseguiu um escanteio. Após a cobrança, Gyasi finalizou e contou com leve desvio para igualar o duelo. A frouxa marcação da Juve certamente contribuiu para o tento.

E, por falar em defesa precária, em mais um lance de falha do sistema de marcação da Vecchia Signora, o Spezia conseguiu a virada, já no segundo tempo: lançamento de Maggiore para Antiste, que facilmente venceu Bonucci na corrida. O atacante ainda cortou o zagueiro antes de finalizar. A bola, novamente, desviou, matando o goleiro Szczesny. Pouco depois, já com o goleiro vencido, Locatelli evitou a doppietta do atacante francês, cortando o seu chute. Lá para a metade da etapa complementar, parecia que a Juve protagonizaria um novo vexame nesta edição da Serie A. Só que Chiesa não deixou.

Muito mais presente após a desvantagem no marcador, o camisa 22, junto de Dybala, conseguiu criar boas chances de gol. O arqueiro Zoet foi bem em algumas delas, mas não conseguiu evitar o 2 a 2 quando o próprio Chiesa apareceu em sua frente. Em uma jogada bastante confusa, o jovem atacante foi raçudo, roubou a bola de Verde, tentou o passe, mas acabou interceptado. Ainda assim, não desistiu e conseguiu, num toque só, tirar dois marcadores do Spezia. De frente para a baliza, finalizou de carrinho e empatou o jogo.

O lance animou a Juventus, que não tardou a virar. Num apagão da defesa da casa após escanteio, De Ligt aproveitou a sobra e concluiu com um bonito chute no canto: foi a “revirada” da Juve, que ainda sofreu um bocado no fim. Jogando para segurar a vantagem, viu o Spezia assustar através de alguns cruzamentos, mas sem sucesso. Com o triunfo por 3 a 2 assegurado, o time de Turim chegou a cinco pontos na Serie A, ultrapassando o próprio rival do jogo, que tem quatro. Um leve alento para uma equipe que ainda tem muito a melhorar.

Imagem do artigo:5ª rodada: rolo compressor, Napoli amassa mais um adversário e segue na liderança

Hernandez entrou no segundo tempo e consumou a vitória do Milan sobre o Venezia (imago)

Roma 1-0 Udinese

Gol e assistência: Abraham (Calafiori) Tops: Abraham e Mancini (Roma) Flops: Molina e Pussetto (Udinese)

No fechamento da 5ª rodada, tivemos o jogo mais “modesto” em termos de gols. A Roma venceu e se recuperou da derrota no fim de semana passado para o Verona. Contudo, não foi um triunfo fácil. Num duelo marcado por dois gols perdidos de forma inacreditável (um para cada lado), a Udinese competiu, agrediu e quase empatou, mostrando que é uma equipe mais valente e ligada do que foi na temporada passada. Ainda assim, a celebração, teve lugar no vestiário comandado por José Mourinho.

O gol da vitória saiu aos 36 minutos do primeiro tempo. Calafiori roubou a bola de Molina no limite da linha lateral, tocou para Mkhitaryan e passou para receber no corredor. No jogo de corpo, venceu duas vezes o seu preguiçoso marcador e conseguiu cruzar, livre, para Abraham. O atacante fez um movimento curioso, mas que deu certo: o normal, naquela situação, seria empurrar com a perna esquerda para o gol. Abraham, no entanto, recuou o pé direito e tocou na bola com o peito do pé. O que importa é que foi gol da Roma.

Antes, Zaniolo havia perdido uma chance incrível. Após escanteio desviado no primeiro pau, o camisa 22 tinha visual limpo da baliza, e a bola na altura perfeita do cabeceio. Só que o movimento um pouco desalinhado acabou levando a pelota a bater no poste, em uma distância mínima. Não era um gol extremamente fácil de ser feito, pois o ângulo do contato estava um pouco prejudicado. Ainda assim, trata-se de uma chance clara desperdiçada pela Roma. Ainda na etapa inicial, a Udinese devolveu a cortesia. Pussetto, sem goleiro, se atirou em uma bola e deu de peixinho, mas acabou mandando por cima do gol. Novamente, a jogada se desenvolveu na pequena área.

O tempo complementar teve o time visitante como protagonista. Nesse contexto, o goleiro Rui Patrício se destacou – de novo. O português fez, ao menos, duas boas defesas. A Udinese desperdiçou algumas chances, mas jamais deixou de lutar. Faltando pouco para o final da partida, Pellegrini acabou expulso por conta de uma cotovelada, deixando a Roma com um jogador a menos e a desfalcando para o clássico contra a Lazio. Com a vitória, a equipe da casa pulou para a quarta colocação, com 12 pontos, atrás somente de Napoli, Inter e Milan. A Udinese permanece em 10º, com sete pontos, e potencial de melhorar ao longo do campeonato.

Atalanta 2-1 Sassuolo

Gols e assistências: Gosens (Malinovskyi) e Zappacosta (Zapata); Berardi (Müldür) Tops: Zappacosta e Malinovskyi (Atalanta) Flops: Defrel e Boga (Sassuolo)

No Gewiss Stadium, em Bérgamo, a Atalanta conseguiu mais uma (magra) vitória nesta Serie A, saltando para os 10 pontos na tabela. Diante do Sassuolo, tudo foi facilitado por um gol logo no início. Pelo lado direito do ataque, onde a Dea conseguiu suas melhores investidas, Malinovskyi cruzou forte para a área. A bola passou por Zapata, mas não por Gosens, que abriu o placar com apenas 3 minutos.

O Sassuolo não se deixou abater e seguiu buscando concretizar seu jogo. A grande chance do empate, no entanto, foi desperdiçada de forma patética por Defrel. O atacante se colocou bem no limite do impedimento e dominou a bola com eficiência, mas, na hora de finalizar, cara a cara com o goleiro, acabou isolando a redonda – para delírio da torcida atalantina nas arquibancadas.

O castigo não tardou a aparecer. Aos 37 do primeiro tempo, um gol primoroso dos donos da casa. Toque de bola preciso, de pé em pé, até chegar a Zapata. O colombiano rolou de lado, no jeito para Zappacosta chegar batendo – mais uma vez, pelo setor direito do ataque. O lateral acertou a batida, com precisão, no canto cruzado e rasteiro. Golaço da Dea, para ampliar o placar.

Ainda antes do intervalo, os visitantes conseguiram descontar. Berardi, com belo arremate de fora da área, marcou seu primeiro gol na temporada. O atacante da seleção italiana, porém, sequer comemorou o tento, escancarando a fase ruim dos neroverdi. No segundo tempo, chances esporádicas para ambas as equipes, mas nada de gols. Controlando o ritmo, a Atalanta garantiu os três pontos pela vantagem mínima, mais uma vez – também havia vencido Torino e Salernitana por apenas um gol. Já o Sassuolo acumula três derrotas seguidas, algo que não acontecia desde a temporada retrasada. O time é o 14º colocado na tabela.

Imagem do artigo:5ª rodada: rolo compressor, Napoli amassa mais um adversário e segue na liderança

Êxtase e união: elenco da Juventus comemorou improvável virada contra o Spezia (imago)

Torino 1-1 Lazio

Gols e assistências: Pjaca (Singo) e Immobile (pênalti) Tops: Pjaca (Torino) e Reina (Lazio) Flops: Djidji (Torino) e Raúl Moro (Lazio)

Jogando no estádio Olímpico Grande Torino, a Lazio arrancou um empate já nos acréscimos da segunda etapa. Immobile (sempre ele) converteu a penalidade que deu o ponto à equipe romana. Contudo, o resultado é injusto, se levarmos em conta a produção ofensiva do Toro durante todo o jogo. Desde o início, a equipe da casa deu as cartas. Para se ter ideia, foram 16 finalizações dos grenás contra somente seis da rival. No primeiro tempo, a principal chance foi uma cabeçada do centroavante Sanabria, que Reina desviou antes que a bola explodisse no travessão.

O gol tardou, mas saiu. Pjaca, que entrou aos 29 minutos da etapa final, precisou de menos de 120 segundos para balançar as redes. Novamente, através de um cruzamento que pegou toda a defesa romana despreparada. O atacante, de 1,86 m de altura, não vacilou e testou com firmeza no canto, anotando em sua segunda partida consecutiva – o que nunca havia lhe acontecido desde que deixou o futebol da Croácia, m 2016. Pouco tempo depois, o croata teve nova chance, dessa vez com o pé. Só que aí Reina levou a melhor e fez uma importante defesa. Se o Torino tivesse marcado o segundo a essa altura, o resultado final poderia ter sido diferente.

Entretanto, jamais duvide da Lazio ou de Immobile. O atacante da seleção italiana liderou a Serie A na temporada passada entre os jogadores com mais gols nos últimos quinze minutos. Ciro gosta de um drama e dessa vez não foi diferente. Já nos descontos da peleja, Reina lançou para o ataque e o camisa 17 conseguiu desviar para Muriqi, que teria chance de finalizar se não fosse derrubado na área pelo zagueiro Djidji. Na cobrança, Immobile colocou de um lado, e Milinkovic-Savic pulou para o outro.

Com o resultado, a equipe da capital foi a oito pontos na classificação e estacionou no sétimo lugar. O Torino está atrás, em nono, com um ponto a menos. Com certeza, para a equipe da casa, o sentimento que fica é o de frustração. Mesmo sem Belotti, a estrela do time, tem sido capaz de competir e foi superior a um dos fortes conjuntos da Itália. Já a Lazio comemora o empate tardio, mas já está focada no clássico contra a Roma que, certamente, ganhará os holofotes da 6ª rodada do Campeonato Italiano.

Bologna 2-2 Genoa

Gols e assistências: Hickey e Arnautovic (pênalti); Destro (Criscito) e Criscito (pênalti) Tops: Hickey (Bologna) e Criscito (Genoa) Flops: Bonifazi (Bologna) e Vanheusden (Genoa)

Bologna e Genoa realizaram um duelo com etapas distintas no estádio Renato Dall’Ara. No primeiro tempo, poucas chances e nada de gols. Na metade final, porém, o jogo ficou frenético e reservou emoções até o último lance. O escocês Hickey foi quem abriu o placar para os bolonheses, aos 4 minutos do segundo tempo. O lateral, de apenas 19 anos, acertou um belo chute de canhota na entrada da área, marcando seu primeiro pela equipe rossoblù. Só que o empate não tardou a chegar.

Apenas seis minutos depois, Criscito acertou um lindo cruzamento para Destro, ex-jogador do Bologna, aplicar a lei do ex. O atacante do Genoa acertou uma cabeçada firme, sem chances para o goleiro Skorupski. Daí em diante, com a igualdade restabelecida, a equipe da casa dominou ainda mais o jogo – e sofreu apenas quando Destro, outra vez de cabeça, obrigou o seu arqueiro a fazer uma defesaça. Com mais de 60% de posse de bola e quase o dobro de passes acertados, o Bologna teve incríveis 15 finalizações disparadas de dentro da área do Genoa. Ou seja, o time conseguiu chegar às proximidades do gol, mas faltou pontaria. Mas, de tanto martelar, o segundo tento acabou saindo a cinco minutos do fim.

Vanheusden, de forma infantil, cometeu pênalti em cima de Sansone, que entrou no segundo tempo, após uma blitz de bolas levantadas na área dos visitantes. Arnautovic, discreto na partida, foi preciso na cobrança e devolveu a liderança ao Bologna. Este foi o terceiro gol do austríaco com a camisa da nova equipe. Só que, mais uma vez, o time da Emília-Romanha falhou em manter a vantagem.

A um minuto do fim do tempo regulamentar, Bonifazi cometeu uma penalidade bizarra: o defensor tropeçou na área e basicamente caiu em cima de Kallon. Na batida, Criscito garantiu mais uma empate do Genoa no jogo. O veterano, que já havia marcado a partir da cal no último jogo, diante da Fiorentina, voltou às redes – além de dar o passe para o primeiro gol do Genoa. Contudo, ainda havia tempo no relógio, e o Bologna desperdiçou a grande chance do jogo. Após lateral cobrado na área, Skov Olsen cabeceou no travessão. Na sequência, com o visual livre, Soriano também testou, mas parou no goleiro Sirigu, que operou um verdadeiro milagre. De fato, não era para ser uma vitória do Bologna. Com o 2 a 2, o time bolonhês chegou aos sete pontos na Serie A. Já o Genoa tem, agora, somente quatro.

Imagem do artigo:5ª rodada: rolo compressor, Napoli amassa mais um adversário e segue na liderança

Dona da quarta posição, a Roma bateu a Udinese pelo placar mínimo (imago)

Cagliari 0-2 Empoli

Gols e assistências: Di Francesco (Haas) e Stulac Tops: Henderson e Stulac (Empoli) Flops: Carboni e Deiola (Cagliari)

Jogando na Sardenha, o Cagliari tinha uma boa chance de se recuperar no Campeonato Italiano, mas não conseguiu: ao contrário, permitiu que o Empoli lhe batesse em seus domínio pela primeira vez na Serie A. A derrota por 2 a 0 mantém a equipe na penúltima colocação do campeonato, com apenas dois pontos. Para os visitantes, a segunda vitória no campeonato (novamente longe da Toscana) veio a calhar na classificação geral. Um resultado que, ao final do torneio, pode fazer uma diferença tremenda.

O primeiro gol do Empoli saiu aos 29 minutos da primeira etapa. Haas tentou jogada individual pela direita, acabou caindo sobre a bola e, involuntariamente, dando uma finta no defensor. De pé novamente, encontrou um belo passe para Di Francesco, dentro da área. O camisa 11 bateu, com desvio, no contrapé do goleiro para abrir o marcador. Com a vantagem, era de se esperar que o Empoli recuasse à espera do adversário. Não foi necessariamente o que aconteceu.

Pelo lado do Cagliari, somente Keita assustou, com um tiro rasteiro que beijou a trave. No mais, amplo domínio das ações, mais passes trocados e um volume grande de finalizações, por parte da equipe da Toscana, que tomou conta do duelo. Só não marcou mais por causa dos postes – inclusive, quando Henderson surpreendeu e mandou do meio de campo. Se na tentativa do escocês o Empoli não teve sorte, tudo foi diferente com Stulac. Cinco minutos após entrar na partida, o esloveno acertou um petardo, de fora da área, na gaveta do goleiro Cragno.

Vitória mais do que merecida para o time visitante, que marcou belos gols e convenceu pelo futebol apresentado. O objetivo do Empoli, que já bateu a Juve no Allianz Stadium nessa temporada, certamente é ter mais consistência nas atuações – principalmente jogando em casa. Defensivamente, os toscanos também estiveram muito bem. Em Cagliari, o sinal de alerta volta a ficar ligado. Assim como na última Serie A, a equipe começa a jornada de forma terrível. Na primeira vez, houve tempo hábil para escapar, mas a fuga foi no limite. Sem dúvidas, a diretoria, jogadores e torcida não querem passar por isso novamente.

Salernitana 2-2 Verona

Gols e assistências: Gondo e M. Coulibaly (Gagliolo); Kalinic (Caprari) e Kalinic (Ilic) Tops: M. Coulibaly (Salernitana) e Kalinic (Verona) Flops: Simy (Salernitana) e Montipò (Verona)

Em Salerno, no estádio Arechi, a equipe da casa lutou bravamente para conquistar seu primeiro ponto nesta Serie A. O começo de jogo, porém, não foi nada promissor para a Salernitana. Em menos de 30 minutos, o Verona já liderava por 2 a 0, com dois gols do experiente Kalinic. Em ambos, falhas colossais da defesa da casa, que marcou com os olhos e deixou o goleador sozinho para finalizar. No segundo tento, inclusive, o croata acertou um belo toque de cavadinha por cima do goleiro e viu a bola beijar o travessão antes de atravessar a linha.

Entretanto, o ímpeto do Verona cessou. Confortável com a vantagem, a equipe visitante parou de assustar e viu a Salernitana diminuir ainda na etapa inicial. Após falta levantada na área por Ribéry, a defesa afastou mal e Gondo fuzilou de primeira. O chute foi forte, é verdade, mas em cima do goleiro Montipò, que acabou aceitando. Na segunda etapa, Kalinic voltou a aparecer com um arremate na trave. Contudo, quem chegou ao gol foi a Salernitana, num lance com certa dose de sorte. Gagliolo tentou bater de fora da área, mas sua finalização acabou sendo interceptada por Mamadou Coulibaly, seu companheiro de equipe. De frente para o crime, e com a defesa congelada, o volante não perdoou e empatou a partida.

Com a vantagem dinamitada, o Verona voltou a atacar. Tarde demais. Barák até acertou a trave em cobrança de falta, mas foi só. O resultado igual não é bom para ninguém, mas tem sabores diferentes. Para a Salernitana, o primeiro ponto no campeonato; que, talvez, sirva para tirar algum peso das costas da equipe recém promovida à elite do futebol italiano. Já o Verona emitiu, novamente, o atestado de que é um time extremamente irregular: capaz de vencer a Roma em um jogo incrível, mas tropeçar em oponentes mais modestos, tanto em casa quanto fora. Com quatro pontos – três a mais do que a Salernitana – os gialloblù dão pinta de que terão meses complicados pela frente.

Seleção da rodada

Handanovic (Inter); Zappacosta (Atalanta), Mancini (Roma), Koulibaly (Napoli), Hernandez (Milan); Bennacer (Milan), Anguissa (Napoli), Ruiz (Napoli); Insigne (Napoli), Kalinic (Verona), Osimhen (Napoli). Técnico: Luciano Spalletti (Napoli).

Saiba mais sobre o veículo