Calciopédia
·31 de outubro de 2025
9ª rodada: pragmático, o Napoli obteve segunda vitória seguida e conservou a ponta da Serie A

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·31 de outubro de 2025

Com o fim da 9ª rodada da Serie A 2025-26, a primeira de duas nesta edição que ocorrem no meio de semana, cerca de um quarto do campeonato já foidisputado. Após duas jornadas seguidas com cinco empates cada, dessa vez as vitórias se sobressaíram – agradecem as equipes que mais precisavam disso. A Juventus, que celebrará seu aniversário no próximo sábado, na abertura de novembro, com o terceiro técnico em menos de uma semana – agora, Luciano Spalletti –, espantou a crise ao vencer e convencer contra a Udinese sob o comando do interino Massimo Brambilla. O mesmo vale para o Napoli, que engatou novo triunfo, agora contra o Lecce, em um jogo para lá de complicado.
No confronto que mais prometia, entre Atalanta e Milan, nada além de um empate, que distanciou o time de Massimiliano Allegri de Napoli e Roma. Os giallorossi venceram o Parma em casa. Já a Inter aprofundou a crise da Fiorentina com um 3 a 0 orquestrado por Çalhanoglu. Quem também brilhou foi o Como, que venceu sem dificuldades o Verona e se aproximou ainda mais do pelotão de cima. O mesmo vale para a Cremonese, que superou o Genoa por 2 a 0, com mais uma pintura de Bonazzoli. Um recorde negativo que envolve o time da Ligúria é que, junto de Pisa, Verona e da Viola, os grifoni formam um quarteto que ainda não venceu na competição após nove jogos – o que nunca tinha ocorrido com tantas equipes a esta altura do certame.
Fechando a rodada, o Sassuolo conseguiu bater o Cagliari fora de casa, voltando aos trilhos mesmo sem Berardi, enquanto a Lazio, empolgada pela vitória contra a Juventus no último fim de semana, quase nada pôde fazer diante do Pisa, em um insosso 0 a 0. Até aqui, o Napoli voltou à liderança, mesmo empatado em pontos com a Roma, segunda colocada. Inter e Milan também dividem a pontuação, com 18 cada, seguidos por Como, Bologna e Juventus. Apenas dois pontinhos separam a oitava posição, que pertence à Cremonese, da 13ª, onde está o Torino. Mais abaixo, Cagliari, Parma e Lecce lutam para se afastar dos quatro que ainda não venceram: Pisa, Verona, Fiorentina e o lanterna, Genoa. Confira tudo isso no resumo da jornada.
Gol e assistência: Anguissa (David Neres) Tops: Anguissa e Milinkovic-Savic (Napoli) Flops: Camarda e Stulic (Lecce)
O Napoli não brilhou, mas venceu. Em uma noite pragmática no Via del Mare, a equipe de Antonio Conte superou o Lecce por 1 a 0 e manteve a liderança na Serie A – ainda que empatada com a Roma. Foi uma vitória construída no sofrimento, tanto pela linha baixa dos mandantes, cientes da diferença técnica, como pela falta de pontaria dos napolitanos. O gol de Anguissa, de cabeça, garantiu três pontos preciosos e dissipou o clima de apreensão que rondava o time após as últimas atuações inconsistentes.
A partida começou travada, com o Lecce bem postado e disposto a complicar a vida do visitante. O Napoli teve mais posse, mas pouco espaço para articular suas jogadas. As linhas compactas dos donos da casa obrigavam os partenopei a circular a bola com cautela, sem arriscar demais. Quando conseguiam, como em chutes de Gilmour aos 11 minutos, e Politano nos 30, esbarraram na falta de eficiência. Tudo piorou no início do segundo tempo: um toque de mão de Juan Jesus, revisto pelo VAR, resultou em pênalti para os salentinos. O jovem Camarda cobrou, mas Milinkovic-Savic brilhou. O goleiro sérvio defendeu manteve o placar inalterado, protagonizando o lance que mudaria tudo.
O susto funcionou como um despertador para o time, até então, sonolento. Conte reagiu de imediato, promovendo mudanças que deram nova energia à equipe. McTominay, Højlund e Spinazzola entraram para dar amplitude e acelerar as transições. O Napoli passou a rondar com mais frequência a área adversária, até que, aos 69 minutos, a solução veio na bola parada: David Neres cruzou e encontrou Anguissa no meio do pagode. Foi o segundo gol consecutivo do camaronês na Serie A, o seu quarto no campeonato.
A partir daí, o Napoli administrou sem muitos problemas. Conte recuou as linhas, reforçou a marcação e controlou o ritmo, ciente da importância do resultado em um campo difícil. Milinkovic-Savic, seguro, garantiu a primeira partida sem sofrer gols após oito jogos, encerrando uma sequência incômoda. O apito final simbolizou a retomada da serenidade e o reencontro com a consistência fora de casa, após a perda de De Bruyne, e a acachapante derrota para o PSV Einshoven, essa vitória, mesmo que simples, teve peso em dobro para os campeões italianos, que puderam ratificar a reação após o polêmico triunfo sobre a Inter. Já o Lecce, sem pontuar há dois jogos, terá pela frente a fragilizada Fiorentina, a fim de se afastar mais ainda das últimas posições.
Gols e assistências: Çalhanoglu (Barella), Sucic (Lautaro) e Çalhanoglu (pênalti) Tops: Çalhanoglu e Sucic (Inter) Flops: Viti e Comuzzo (Fiorentina)
A Inter atropelou a Fiorentina por 3 a 0 no San Siro e subiu para a terceira posição da Serie A, empatada em pontos com seu rival, Milan. Com dois gols de Çalhanoglu e uma obra-prima de Sucic, a equipe de Cristian Chivu impôs mais uma derrota a uma Viola completamente desfigurada e afundada no pior início de campeonato da sua história. Foram seis minutos arrasadores que definiram tudo e transformaram o jogo em um passeio nerazzurro.
O primeiro tempo exigiu paciência, distante da impressão inicial do que foi o confronto olhando apenas o placar. A Fiorentina se fechou em bloco baixo, tentando conter a intensidade da Inter e explorando eventuais erros nos passes buscando o contra-ataque, De Gea, o melhor em campo pelos visitantes, evitou o gol em diversas ocasiões, Dimarco e Bastoni ainda no primeiro tempo, e Dumfries e Bisseck, na segunda etapa, consagraram ainda mais o goleiro espanhol.
Finalmente, o domínio se transformou em gols apenas no tempo complementar. Aos 66 minutos, colocando em campo sua marca registrada, Çalhanoglu abriu o placar com um belo chute cruzado, seco, sem chances para De Gea. Pouco depois, Sucic assinaria uma pintura: dominou no limite da área, girou sobre Mandragora e passou por Comuzzo antes de finalizar seu gol de futsal, marcando seu primeiro tento na Serie A. Aos 88 minutos, Viti cometeu pênalti em Bonny, e Çalhanoglu converteu para dar números finais ao confronto – e chegar à artilharia do campeonato, ao lado de Orsolini. Já Lautaro, em noite de sacrifício, participou diretamente dos dois últimos gols com passes decisivos.
Com o resultado, a Inter chegou a 18 pontos e manteve a perseguição direta a Napoli e Roma. Já a Fiorentina, com apenas quatro pontos em nove rodadas, vive uma crise sem precedentes: zero vitórias e cinco derrotas. Stefano Pioli, pressionado e sem respostas, vê sua equipe sem identidade e à beira do colapso. O final da peleja ainda reservou uma bela homenagem da torcida mandante para Dzeko, camisa 9 da Viola, em seu retorno ao San Siro.
Decisivo contra a Fiorentina, Çalhanoglu virou artilheiro da Serie A (Getty)
Gols e assistências: Hermoso (Dybala) e Dovbyk; Circati (Benedyczak) Tops: Hermoso e Koné (Roma) Flops: Bernabé e Delprato (Parma)
A Roma precisou de paciência e insistência para superar o organizado Parma por 2 a 1, no Olímpico. Os gols de Hermoso e Dovbyk, na segunda etapa, garantiram o triunfo que colocou a equipe de Gian Piero Gasperini novamente no topo da tabela, empatada em pontos com o Napoli. Foi o sexto resultado de vitória mínima dos giallorossi nesta temporada, reflexo de um time que nem sempre encanta, mas não está na ponta de cima por acaso.
Logo aos 6 minutos, Ferguson deixou o campo lesionado após dividida com Valenti, ocorrida aos 30 segundos, e Bailey entrou em seu lugar. Dybala e Soulé tiveram pouco espaço diante de um Parma bem postado, que travou as principais fontes de criação romanistas. A estratégia de Carlos Cuesta quase deu certo: Ordéñez e Bernabé assustaram em contra-ataques rápidos, exigindo boas defesas de Svilar e intervenções de Cristante. Antes do intervalo, a Roma tentou responder: Bailey perdeu chance clara, Soulé teve gol anulado por impedimento de Çelik, após um bom cruzamento de Wesley, e Suzuki evitou um tento de Dybala em cabeçada quase à queima-roupa.
A Roma voltou mais agressiva após o descanso. Gasperini adiantou Cristante, reorganizou o meio e viu sua equipe ganhar volume ofensivo. O gol que destravou o jogo veio aos 63 minutos, quando Dybala cobrou escanteio com e Hermoso apareceu livre para cabecear. O alívio romanista virou euforia pouco depois, quando Dovbyk, que substituíra Soulé, completou de primeira após confusão na área, ampliando o marcador e praticamente definindo o resultado. Pouco antes, o Parma havia assustado os mandantes, com uma bomba de Sørensen, defendida por Svilar.
O Parma ainda reagiu no fim com Circati, que diminuiu em uma jogada de lateral e manteve o suspense até o apito final. A Roma resistiu à pressão e celebrou o fim do jejum no Olímpico após duas derrotas consecutivas em sua casa. O resultado recolocou os giallorossi na disputa direta pelo título e reafirmou o bom momento do time da capital. O Parma, por sua vez, pode usar a boa partida contra um forte adversário como combustível para buscar melhores resultados na briga contra a degola.
Gols e assistências: Lookman (Pasalic); Ricci Tops: Lookman (Atalanta) e Maignan (Milan) Flops: Brescianini (Atalanta) e Giménez (Milan)
Na New Balance Arena, Atalanta e Milan entregaram 90 minutos bem agitados. O empate por 1 a 1 refletiu o equilíbrio de um duelo em que nenhum dos dois times quis se expor demais. A equipe de Ivan Juric, ainda sem vencer há cinco rodadas, contou com o gol de Lookman – o primeiro após as pazes feitas com o ambiente nerazzurro – para evitar nova derrota. Do outro lado, o Milan de Massimiliano Allegri abriu o placar cedo, com Ricci, mas acabou cedendo terreno e viu Napoli e Roma abrirem uma vantagem na liderança.
Logo aos 4 minutos, após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Ricci, que aproveitou rebote da defesa e bateu de primeira, contando com desvio de Éderson para enganar Carnesecchi. O empate veio ainda na primeira etapa, quando Pasalic achou um passe açucarado para servir Lookman, que superou Tomori e mandou uma bomba sob o travessão.
A primeira metade do jogo foi dominada pela Atalanta, que criou chances com Hien, Éderson e Ahanor, enquanto o Milan se limitava a defender e buscar saídas em velocidade, com Rafael Leão e Giménez. O panorama mudou após o intervalo. Allegri ajustou o meio-campo com as entradas de Loftus-Cheek e Nkunku, e o time ganhou fôlego. Entre os 65 e 68 minutos, os rossoneri ameaçaram com três boas investidas, obrigando Kossounou e Carnesecchi a intervirem. A Dea respondeu com um chute de Zappacosta, exigindo defesa espetacular de Maignan.
O empate, no fim, foi justo. A Atalanta chegou ao sétimo em nove partidas, o quinto consecutivo, e segue invicta no campeonato, mesmo que de maneira ilusória – e ainda numa zona de conforto. O Milan, por sua vez, somou o oitavo resultado positivo seguido e mantém-se próximo da ponta, ainda que a sensação seja de oportunidade perdida.
A Roma somou mais uma vitória por apenas um gol de diferença e se manteve na ponta (Getty)
Gols e assistências: Vlahovic (pênalti), Gatti (Cambiaso) e Yildiz (pênalti); Zaniolo Tops: Vlahovic e Gatti (Juventus) Flops: Goglichdize e Kabasele (Udinese)
Às vésperas do 128º aniversário da Velha Senhora, tudo no ambiente bianconero mudou em poucos dias. Após a derrota para a Lazio, Igor Tudor foi demitido e a Juventus entrou em campo sob o comando de um treinador interino – desta vez, Massimo Brambilla. O resultado foi um time transformado, que recuperou a confiança e venceu a Udinese por 3 a 1, em Turim, apresentando um futebol há muito tempo ausente. Uma vitória convincente, que serviu como cartão de boas-vindas ao novo técnico, Luciano Spalletti, agora oficializado pelo clube.
Sem Tudor, foi uma outra Juventus. Mais solta, mais agressiva, e finalmente com fome de jogo. A equipe começou o jogo com Yildiz armando atrás de Openda e Vlahovic, e logo impôs seu ritmo. O sérvio abriu o placar em cobrança de pênalti, encerrando um jejum pessoal e coletivo. A vantagem poderia ter sido ampliada ainda no primeiro tempo, mas Okoye salvou finalizações de Kostic e do próprio centroavante, antes que a Udinese crescesse e empatasse nos acréscimos com Zaniolo, que viu Kelly quase pedir para o italiano chutar ao ir marcar Buksa, seu companheiro – aí, o camisa 10 aproveitou e não pecou na finalização. O gol trouxe de volta os murmúrios no Allianz Stadium, mas o time não se desorganizou.
Na etapa final, a Juventus recuperou o controle da partida. Gatti, de cabeça, colocou os bianconeri novamente à frente, coroando a pressão construída desde o reinício. O gol desestruturou a Udinese, que perdera força após a saída de Zaniolo. A Juventus, então, aproveitou o embalo: Yildiz carimbou o poste em jogada individual e, pouco depois, ampliou o placar em nova cobrança de pênalti, fechando o 3 a 1. No time visitante, destaque negativo para Goglichidze, que cometeu as duas penalidades e ainda falhou no segundo tento piemontês.
A vitória interrompeu uma sequência de oito jogos sem vencer e quatro sem marcar, devolvendo oxigênio ao elenco juventino. Agora, com Spalletti prestes a estrear oficialmente, o desafio será transformar essa reação isolada em um novo ponto de partida. Do outro lado, a Udinese terá uma sequência complicada pela frente, contra Atalanta e Roma.
Gols e assistências: Douvikas (Valle), Posch (Caqueret) e Vojvoda (Rodríguez); Serdar Tops: Posch e Diego Carlos (Como) Flops: Nelsson e Bernede (Verona)
Debaixo de chuva intensa no Giuseppe Sinigaglia, o Como venceu o Verona por 3 a 1 e, provisoriamente, esteve entre os quatro primeiros da liga – terminou a rodada em quinto, o que já é excelente para os objetivos do clube. O resultado confirmou a equipe de Cesc Fàbregas como uma das mais eficazes do campeonato e expôs as fragilidades defensivas do time de Paolo Zanetti, que novamente pagou caro por erros individuais.
O início foi movimentado e rapidamente favorável aos donos da casa. Depois de um chute de falta de Paz que explodiu na trave, Douvikas, de cabeça, abriu o placar aproveitando uma desatenção da defesa visitante. O Verona reagiu e chegou ao empate com Serdar, que se beneficiou de um erro conjunto de Butez e Caqueret para marcar. Pouco antes, o goleiro havia operado uma grande defesa em chute do próprio camisa 8 alemão.
Na segunda etapa, o Verona manteve o controle territorial, mas voltou a ser punido por falhas de posicionamento. Um cruzamento pela esquerda encontrou Posch livre na área, e o defensor cabeceou firme para recolocar o Como na frente. Zanetti lançou o seu time ao ataque e apostou tudo em bolas cruzadas, porém a defesa lariana resistiu bem. Nos acréscimos, o golpe final veio em contra-ataque conduzido por Paz e Rodríguez, concluído por Vojvoda, que decretou a vitória por 3 a 1.
Com o triunfo, o Como soma mais um resultado expressivo em casa, e a campanha crescente coloca o clube no grupo dos que sonham com competições europeias. Já o Verona segue em uma situação muito delicada: se os gialloblù querem permanecer na primeira divisão, devem acertar, principalmente, seu sistema defensivo para aliviar os tropeços.
O Milan marcou no início, mas não conservou vantagem contra a Atalanta e perdeu terreno na briga pelo título (Getty)
Tops: Lykogiannis (Bologna) e Coco (Torino) Flops: Dallinga (Bologna) e Adams (Torino)
O Bologna ficou no 0 a 0 com o Torino no Renato Dall’Ara, em um jogo de pouca inspiração ofensiva, mas muita disciplina tática – até demais. O resultado ampliou a sequência positiva dos dois times: sete jogos invictos para os emilianos, contando todas as competições, e quatro partidas pontuando para os granata, que seguem em crescimento sob o comando de Marco Baroni.
O primeiro tempo foi equilibrado, com o Torino se fechando e o Bologna controlando a posse, mas sem conseguir transformar o domínio em chances reais. A melhor oportunidade da etapa inicial foi dos visitantes, quando Adams roubou a bola de Vitík e acertou o travessão de Skorupski, desperdiçando a chance de abrir o placar. Pouco depois, Paleari apareceu com grande defesa em chute de Lykogiannis, impedindo o gol dos donos da casa. No geral, o jogo foi travado, decidido nos duelos físicos e com poucas finalizações claras.
Na volta do intervalo, o Bologna tentou acelerar. Vincenzo Italiano, ainda em recuperação de uma pneumonia e acompanhando a partida à distância, indicou ao assistente Daniel Niccolini a entrada de Castro para dar mais presença na área. O Torino respondeu com mais eficiência defensiva, mantendo o bloco médio e confiando nas defesas de Paleari, que salvou novamente o time em finalização de Bernardeschi. Baroni reforçou o meio com Vlasic e Simeone. O Bologna ainda promoveu as entradas de Freuler, Orsolini e Domínguez, mas seguiu encontrando dificuldades para romper a defesa adversária, liderada por Coco.
No fim, o empate refletiu com exatidão o que foi o jogo, muito controle, pouca ousadia, apesar das perigosas finalizações de fora da área, de ambas as equipes. O Bologna perdeu a chance de encostar de vez no grupo dos quatro primeiros, mas manteve a invencibilidade e a sexta posição. Já o Torino, com oito pontos somados nas últimas quatro rodadas, mostrou maturidade e força coletiva, segurando mais um resultado importante fora de casa – o terceiro consecutivo diante de adversários de peso.
Tops: Semper (Pisa) e Provedel (Lazio) Flops: Marin (Pisa) e Dia (Lazio)
Pisa e Lazio empataram sem gols no encerramento da 9ª rodada da Serie A e, em um jogo mais tático do que inspirador, este desfecho era inevitável. O resultado mantém os nerazzurri empatados em pontos com o Verona, fora da zona de rebaixamento, enquanto os biancocelesti, depois da vitória sobre a Juventus na rodada anterior, voltam a mostrar um futebol abaixo do esperado e ficam no meio da tabela.
No primeiro tempo, a Lazio teve mais controle e as chances mais claras, como era de se esperar. Alberto Gilardino, por muito pouco, não viu sua equipe marcar pela primeira vez em casa na temporada aos 24 minutos. Após um bom cruzamento de Cuadrado, Touré recebeu dentro da área e, sem marcação, não conseguiu acertar o gol naquela que foi a melhor oportunidade do Pisa na partida. Na sequência, a equipe visitante respondeu com Isaksen, em duas tentativas que pararam em Semper. Ainda na primeira etapa, o croata Basic tentou de fora da área e viu o seu compatriota fazer uma excelente defesa, desviando um chute rasteiro que ainda beijou a trave.
A etapa final foi mais movimentada, mas igualmente improdutiva. Maurizio Sarri trocou Dia por Pedro, enquanto Gilardino lançou Moreo e Léris, tentando empurrar o time à frente. O Pisa cresceu com as mudanças e chegou a encurralar a Lazio em algum momento. Moreo quase marcou de cabeça, mas Provedel salvou, respondendo à grande defesa do adversário no fim do primeiro tempo. A Lazio, exausta e desorganizada, limitou-se a se defender e a apostar em um lampejo isolado de Pedro, que não conseguiu tirar nada da cartola.
Com o empate, a Lazio perde terreno na parte de cima da tabela e segue oscilando entre boas atuações, como contra a Juventus, e noites frustrantes como essa na Arena Garibaldi. O Pisa, por outro lado, soma mais um ponto importante na luta contra o rebaixamento, mas continua sem vencer em casa e sem balançar as redes diante de sua torcida.
Vlahovic fez um bom jogo e comandou a reação da Velha Senhora após oito partidas sem vitórias (Arquivo/Juventus FC)
Gols e assistências: Bonazzoli (Bianchetti) e Bonazzoli (Vandeputte) Tops: Bonazzoli e Bianchetti (Cremonese) Flops: Cornet e Ekhator (Genoa)
A Cremonese vive um momento de sonho na Serie A. No Luigi Ferraris, a equipe de Davide Nicola venceu o Genoa por 2 a 0, com mais uma atuação decisiva de Bonazzoli, autor dos dois gols da partida. O atacante assinou uma pintura de bicicleta logo aos 3 minutos e ampliou no início da segunda etapa, consolidando um triunfo que mantém o time colado na zona europeia, apesar da escassez de vitórias. Do outro lado, o Genoa de Patrick Vieira segue em colapso, sendo o lanterna isolado, e ainda não venceu no campeonato.
Logo no primeiro ataque, em cobrança de escanteio de Vandeputte, Bianchetti ajeitou e Bonazzoli acertou uma bicicleta espetacular para vencer Leali, anotando seu segundo gol do tipo na temporada – o primeiro foi contra o Milan, na estreia. O VAR ainda demorou mais de quatro minutos para confirmar o lance. A equipe visitante tomou conta do jogo, explorando as fragilidades de um Genoa sem reação, com problemas de criação e sem liderança em campo.
Mesmo sem grande volume ofensivo, a Cremonese foi madura. Compacta e lúcida, controlou o meio com intensidade e transições rápidas. O Genoa, ao contrário, acumulava erros. Carboni, perdido em campo, simbolizava um time desarticulado. Os rossoblù só reagiram no fim do primeiro tempo, quando Cornet perdeu um gol inacreditável, após cobrança de falta.
Logo na volta do intervalo, a história se repetiu em novo escanteio cobrado por Vandeputte e, na sobra, Bonazzoli emendou de primeira. Leali até tentou chegar, mas, mesmo com a defesa, a bola já havia passado a linha, e o segundo gol matou o jogo. Nem as substituições de Vieira surtiram efeito. A Cremonese administrou a vantagem com inteligência e ainda chegou perto do terceiro, em chute bloqueado por Østigard. O Genoa tentou um último suspiro com Vitinha, que teve um gol anulado por impedimento após longa revisão, e viu a noite terminar sob muitos protestos. Com a vitória, a Cremonese continua embalada e prova que o bom início não é acaso. Enquanto isso, o Genoa afunda na crise, sem vitórias, sem gols em casa e sem direção.
Gols e assistências: Esposito (Felici); Laurienté e Pinamonti (Volpato) Tops: Laurienté e Volpato (Sassuolo) Flops: Obert e Zé Pedro (Cagliari)
O Sassuolo venceu o Cagliari por 2 a 1 fora de casa e conquistou um triunfo importante para firmar sua recuperação na Serie A. Com gols de Laurienté e Pinamonti, os neroverdi chegaram a 13 pontos e saltaram para a parte superior da tabela. Do outro lado, o time de Fabio Pisacane segue em queda: já são cinco rodadas sem vitória e três derrotas consecutivas em casa.
A partida começou truncada, com o gramado pesado pela chuva e poucos espaços para as jogadas de velocidade. O Cagliari tentava atacar com Idrissi e Folorunsho, e até conseguiu, aos 27 minutos, Esposito chegou a balançar as redes após desvio de Borrelli, mas o lance foi anulado por impedimento. Além disso, os mandantes esbarravam na boa recomposição de Thorstvedt e na solidez defensiva visitante. O Sassuolo, sem Berardi, apostou no trio Volpato, Pinamonti e Laurienté, mas também teve dificuldades para articular jogadas. No final da primeira etapa, Thorstvedt e Volpato até finalizaram com algum perigo, mas ambas as tentativas pararam em Caprile.
Na volta do intervalo, o panorama mudou. Laurienté abriu o placar logo aos 53 minutos com um golaço de falta. Caprile, sem reação, pouco pôde fazer. Mas o Cagliari respondeu rápido: Zappa carimbou o travessão e acendeu a torcida no Unipol Domus. Pisacane mexeu, lançando Gaetano e Felici para dar mais agressividade ao time. No entanto, no melhor momento dos donos da casa, veio o segundo golpe, após jogada bem trabalhada entre Laurienté e Volpato, Pinamonti recebeu, driblou marcadores e finalizou firme e no canto para ampliar a vantagem.
Mesmo atrás, o Cagliari lutou até o fim. Gaetano encontrou belo passe para Felici, que serviu Esposito – o atacante marcou seu primeiro gol na temporada e deu esperanças aos sardos. O final foi intenso, com Pavoletti saindo do banco e a equipe pressionando em busca do empate. No fim, prevaleceu o pragmatismo de Fabio Grosso e o talento de seus atacantes. O campeão da Serie B se reencontra numa sequência positiva, com apenas uma derrota em cinco jogos. O Cagliari, por sua vez, está no caminho inverso e precisa voltar ao caminho das vitórias antes de se afundar ainda mais na tabela.
Milinkovic-Savic (Napoli); Posch (Como), Coco (Torino), Hermoso (Roma), Akanji (Inter); Koné (Roma), Çalhanoglu (Inter), Sucic (Inter); Vandeputte (Cremonese); Vlahovic (Juventus), Bonazzoli (Cremonese). Técnico: Cristian Chivu (Inter).









































