A Copa do Brasil se insinua para o Botafogo. Já o Brasileirão… | OneFootball

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·04 de agosto de 2025

A Copa do Brasil se insinua para o Botafogo. Já o Brasileirão…

Imagem do artigo:A Copa do Brasil se insinua para o Botafogo. Já o Brasileirão…

Nove entre dez treinadores de clubes grandes, abordados sobre priorizar uma competição em detrimento de outra, responderiam que o time não escolhe partidas para ganhar. É um dos velhos rituais das entrevistas coletivas do futebol e clichê preparado para demonstrar força. Davide Ancelotti está neste grupo majoritário. Não fugiu à regra e aprendeu o discurso em bom português. No entanto, bastam algumas horas de reflexão para o técnico italiano perceber que a Copa do Brasil se insinua para o Botafogo. Além da taça que falta no museu, é a oportunidade de salvar este 2025 tão irregular e confuso. No íntimo, Ancelottinho vai rever os seus conceitos se o Mais Tradicional confirmar a boa vantagem e avançar às quartas de final da “Maldita”, nesta quarta-feira (6), no interior de São Paulo, em Bragança Paulista, contra o Red Bull Bragantino.

Caminho mais curto

Maiores ameaças para impedir este título inédito do Glorioso, Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro se complicaram nos jogos de ida das oitavas. O Verdão recebe o Corinthians em desvantagem de 1 a 0, mesmo score que o Rubro-Negro precisa tirar diante do Atlético de Minas Gerais, porém, em Belo Horizonte. Já a Raposa visita um CRB que, em Maceió, jogará a vida, dependendo das próprias forças para se classificar, depois de um placar zerado no Mineirão. É bem plausível o Fogão ser o postulante mais forte entre os oito sobreviventes e assumir logo o favoritismo.


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Brasileirão prima pela regularidade, algo que o Botafogo não tem

Ainda neste mês, um pouco mais distante, há outra Copa pela frente. A grandiosa Libertadores da América. E aí não tem jeito. Para lutar pelo bicampeonato, diante de um calendário massacrante, o Botafogo terá que sacrificar algumas rodadas do Brasileirão, torneio pelo qual vai ficando cada rodada mais distante da liderança. Ou seja, saber dosar escalações para ter o plantel em condições ideais para estar no topo. O Alvinegro de 2025 não tem elenco para disputar uma liga e um mata-mata ao mesmo tempo, como em 2024. Sócio majoritário da SAF, John Textor errou a mão no planejamento e montou um elenco invertebrado, com algumas lacunas importantes. Cabral, por exemplo, vai acumulando minutagem. Não tem sombra e tampouco descanso. O reserva, na teoria, segue mofando no banco de reservas. Artur é outro que não tem concorrência. Nathan? Não resolve. Cadê o ponta-direita? Montoro, Santi e até Barrera jogam pelo lado esquerdo do ataque.

Time (ainda) de duas caras

Antecessor de Davide Ancelotti, Renato Paiva, hoje no Fortaleza, identificou um “time de duas caras” ao longo de sua passagem no Mais Tradicional. Como mandante, 92,5% de aproveitamento. Saía para jogar de visitante com o treinador português, uma tragédia esportiva, apesar de uma melhora tímida nos últimos encontros. Parece que o Botafogo manteve esta pegada, mas resolveu dividir os seus antagonismos de forma diferente. O Glorioso do Brasileirão tem de suar sangue para vencer o lanterna, empata com o fraquíssimo Vitória, morre no segundo tempo contra o Corinthians, leva um vareio do Cruzeiro e ganha com autoridade somente de um Vasco moribundo. Dá sinais que não vai superar a condição de coadjuvante. Na Copa do Brasil, porém, mostra predicados dignos de elogios. Que o Glorioso preserve, então, esta metade vencedora.

*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10.

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