À deriva: Botafogo está há 50 dias sem técnico; cenário é habitual sob Textor; relembre | OneFootball

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·21 de fevereiro de 2025

À deriva: Botafogo está há 50 dias sem técnico; cenário é habitual sob Textor; relembre

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A derrota por 2 a 0 para o Racing, na última quinta-feira, no jogo de ida da Recopa Sul-Americana, foi mais uma das muitas partidas frustrantes do Botafogo em 2025. Um fator claramente responsável por esse desempenho negativo é o longo período sem um técnico fixo no comando da equipe. Desde a saída de Artur Jorge, em janeiro, o time está sem treinador há 49 dias, segundo levantamento de “O Globo”. Porém, essa falta de estabilidade no cargo de treinador não é algo novo na Era Textor, que soma um total de 189 dias sem técnicos se considerarmos todos os períodos de interinidade.

Desde que John Textor assumiu a SAF do Botafogo, em janeiro de 2022, já se passaram 1.147 dias, o que significa que os períodos sem um treinador efetivo representam cerca de 16,5% desse tempo. No total, foram seis treinadores contratados com a aprovação do empresário, e, considerando o atual momento, são cinco períodos de interinidade até que uma solução definitiva fosse encontrada.


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A demora para definir a posição de técnico começou em 2022: após a saída de Enderson Moreira, em fevereiro, e antes da chegada de Luís Castro, em março, o time ficou 42 dias sob a direção de interinos. Esse número é próximo à média de 37,8 dias de espera entre as trocas de treinadores, que também foi observada nos 43 dias entre a saída de Bruno Lage e a chegada de Tiago Nunes, em 2023, e no intervalo entre a saída de Tiago Nunes e a chegada de Artur Jorge. A única exceção que diminui a média foi o período de 12 dias entre Luís Castro e Bruno Lage.

Períodos da Era Textor sem técnico efetivado

  • 11/2 a 25/3 de 2022 – 42 dias entre demissão de Enderson Moreira e chegada de Luís Castro
  • 30/6 a 12/7 de 2023 – 12 dias entre saída de Luís Castro e chegada de Bruno Lage
  • 4/10 a 16/11 de 2023 – 43 dias entre saída de Bruno Lage e chegada de Tiago Nunes
  • 22/2 a 5/4 de 2024 – 43 dias entre demissão de Tiago Nunes e chegada de Artur Jorge
  • 03/1 a 21/2 de 2025 – 49 dias após saída de Artur Jorge

Críticas públicas

A ausência de um comandante extrapolou a imprensa esportiva e a torcida. Após a derrota para o Racing por 2 a 0, Savarino e Alexander Barboza admitiram que a falta de um técnico efetivo atrapalha o time em campo.

– Afeta, claro que afeta. Na verdade eu deixo todas essas coisas para a diretoria do clube, a gente está tentando fazer o nosso melhor dentro do campo, não tem saído da melhor maneira dentro do campo, que é onde temos que fazer, mas a verdade é que estamos tentando. Incomoda, seguramente não só individualmente, mas pelo grupo também. A gente precisa, mas não tem nada a fazer, tem que aguardar que o treinador chegue e agora temos um treinador interino, e esperamos que as coisas melhorem no próximo jogo – afirmou Savarino, segundo o site “GE”.

Já para Barboza, que comprometeu na derrota para o Racing, a falta de comando dificulta a atuação da equipe, atual campeã da Libertadores e do Brasileirão.

– Na verdade, não temos o treinador do ano passado. O treinador de hoje só teve três treinos com a gente. É um técnico interino, não sabemos se vai ficar o ano todo. Os jogadores também mudaram. Saíram 16 jogadores, aos poucos, os reforços chegam. Muitos ainda não podem jogar, leva tempo. Alguns voltam de fora, precisam de adaptar ao futebol brasileiro. Acho que o tempo é curto, isso atrapalha. Não conseguimos ter uma nova ideia, fazer o que o treinador quer. O trabalho tem uma semana. É difícil que as coisas deem certo desse jeito. De toda forma, o grupo é unido e forte e vai trabalhar para reverter na semana que vem – avaliou Barboza, à ESPN Argentina.

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