A Fiorentina foi superior ao Club Brugge e, com empate, voltou à final da Conference League | OneFootball

A Fiorentina foi superior ao Club Brugge e, com empate, voltou à final da Conference League | OneFootball

Icon: Calciopédia

Calciopédia

·08 de maio de 2024

A Fiorentina foi superior ao Club Brugge e, com empate, voltou à final da Conference League

Imagem do artigo:A Fiorentina foi superior ao Club Brugge e, com empate, voltou à final da Conference League

Duas finais em duas participações: este é o histórico da Fiorentina na Conference League. Se a equipe gigliata passou por enorme sufoco para eliminar o Basel nas semifinais da edição 2022-23 da competição, dessa vez, teve menos dificuldades no mesmo estágio do torneio. Foi melhor no duelo com o Club Brugge em Florença, venceundo por 3 a 2, e repetiu a dose contra o adversário no empate por 1 a 1 na Bélgica. Devido ao placar agregado de 4 a 3, avançou à decisão de forma merecida.

Club Brugge e Fiorentina entraram em campo nesta quarta, 8 de maio, devido a um feriado católico que inviabilizaria a realização do jogo na quinta, dia 9. A Procissão do Santo Sangue, em Bruges, paralisa a cidade de 117 mil habitantes, cujo centro histórico é Patrimônio Mundial da Unesco.


Vídeos OneFootball


Assim, os mandantes, comandados pelo técnico Nicky Hayen, foram ao gramado do estádio Jan Breydel com algumas modificações em relação ao time que atuou em Florença. O treinador manteve a estrutura da equipe, mas optou por um 4-2-3-1 ao invés do mais cauteloso 4-4-1-1. Em termos de peças, foram duas mudanças por opções: o goleiro Mignolet tomou o lugar de Jackers e Ordóñez ocupou a vaga de Spileers no centro da zaga. Já o lateral-esquerdo De Cuyper substituiu Meijer, que lesionou o joelho, enquanto o meia Vetlesen rendeu o suspenso Onyedika.

Imagem do artigo:A Fiorentina foi superior ao Club Brugge e, com empate, voltou à final da Conference League

A defesa da Fiorentina cometeu vacilos contra o Club Brugge, mas a equipe italiana foi melhor e passou à final (Belga/AFP/Getty)

Na Fiorentina, o técnico Vincenzo Italiano também fez mudanças em relação à partida de Florença – como de praxe. O comandante optou por Milenkovic e Mandragora nos lugares de Ranieri e Bonaventura, na zaga e no meio-campo, respectivamente. No ataque, Kouamé assumiu o posto de Sottil, que lesionou a clavícula no jogo de ida e não atua mais em 2023-24.

Nesse contexto de mudanças, o jogo teve muito estudo nos minutos iniciais. Aos 20, porém, o Club Brugge abriu o placar. Vanaken mandou a bola para a área com muita curva e De Cuyper apareceu entre os zagueiros Milenkovic e Martínez-Quarta para resvalar na pelota e balançar as redes. Vale destacar que a defesa violeta estava mal posicionada, como tem sido habitual na atual temporada e, na verdade, em todo o trabalho de Italiano.

As falhas individuais também têm sido uma chaga constante na defesa gigliata – principalmente as de Milenkovic, que vive má fase há um bom tempo. Aos 30 minutos, o sérvio caiu sozinho e deixou Igor Thiago com campo aberto. O atacante brasileiro roubou a bola e, cara a cara com Terracciano, rolou para Skoras, que teria o gol aberto para ampliar para o Club Brugge. Porém, Dodô apareceu na cobertura na hora exata e, ao ceder o escanteio, tirou a Fiorentina de uma enrascada.

Depois do sufoco, a equipe italiana finalmente acordou. Aos 35 minutos, Kouamé aproveitou a sobra de uma disputa aérea entre Belotti e Ordóñez: de primeira, o marfinense emendou um canhotaço, que explodiu no travessão. A bola ainda bateu na risca do gol antes de o perigo ser afastado pelos belgas. A Fiorentina foi para o intervalo perdendo, mas mais confiante.

Imagem do artigo:A Fiorentina foi superior ao Club Brugge e, com empate, voltou à final da Conference League

O “viking” Beltrán converteu a penalidade que manteve a vantagem da Fiorentina no confronto (Getty)

Durante grande parte da etapa complementar, a confiança não se traduziu em chances de gol. A Fiorentina tinha domínio territorial e havia transformado Terracciano num espectador privilegiado da partida. Entretanto, só foi ameaçar fortemente o Club Brugge com cerca de 30 minutos de bola rolando – e com duas finalizações na trave em seguida. Aos 74, Biraghi carimbou o travessão com uma cobrança de falta da meia-lua e, na sequência, Kouamé recebeu cruzamento de González e, de cabeça, mandou a pelota no poste mais uma vez.

Em crescimento, a Fiorentina teria um pênalti a seu favor na casa dos 83. Após bola cruzada na área, Nzola tentou cabecear e levou uma joelhada de Mechele. O árbitro Halil Umut Meler apontou para a marca da cal e, dois minutos depois, Beltrán converteu a penalidade com uma cobrança no cantinho, ainda que Mignolet tenha saltado para o lado exato. Assim, Bruges, que tinha resistido a incursões nórdicas no século IX, finalmente capitulava à artilharia de um viking – este, de naturalidade argentina.

A Fiorentina chegou a ter a chance de matar o duelo aos 93 minutos, quando González foi esperto ao roubar a posse na linha lateral, ainda no campo de defesa, e engatar belo contra-ataque. Na sequência do lance, Nzola arrematou para fora. Quase fez falta, pois, na sequência, Terracciano teve que fazer uma defesaça para evitar que o chute desviado de Vanaken morresse no cantinho. Durante o agitado período de acréscimos, houve tempo ainda para Odoi, que já havia sido substituído, se envolver num entrevero com Dodô e ser expulso devido ao segundo cartão amarelo.

Ao derradeiro trilar do apito proferido pelo árbitro turco, explosão violeta: um ano depois, a Fiorentina terá uma nova chance de levantar a taça da Conference League, após a derrota para o West Ham, em Praga. Em que pese as demasiadas irregularidades do trabalho de Italiano, o fato é que o técnico conseguiu chegar em sua terceira final pela equipe violeta – e vale destacar que o treinador já tinha feito os gigliati encerrarem um jejum de mais de de três décadas sem decisões em torneios continentais e dois decênios sem finalíssimas em quaisquer competições. Falta um título. Virá em Atenas, contra o Olympiacos?

Saiba mais sobre o veículo