
Calciopédia
·14 de março de 2025
A Fiorentina se impôs sobre o Panathinaikos e avançou às quartas da Conference League

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·14 de março de 2025
Em seu caminho de altos e baixos nos últimos anos, a Fiorentina encontrou um momento de pico nesta quinta, 13 de março – que, obviamente, sucedeu um de vale, na semana passada. Após ter sido dominada e ter perdido por 3 a 2 para o Panathinaikos, pelo jogo de ida das oitavas de final da Conference League, a Viola reagiu, aplicou 3 a 1 sobre os gregos e garantiu sua vaga nas quartas da competição.
Ciente de que sua equipe precisaria de um chacoalhão, o técnico Raffaele Palladino recorreu à cavalaria e mandou a campo o que tinha de melhor – inclusive, dando espaço ao goleiro De Gea, que, após o erro crasso de Terracciano, em Atenas, recuperou o lugar ocupado pelo reserva. Assim, a Fiorentina, com senso de urgência e armada num 3-5-1-1, partiu para cima do Panathinaikos, que se postava num 4-3-3, desde o início.
O primeiro tempo foi de muita imposição da equipe de Palladino sobre o time comandado por Rui Vitória – a verdade é que o Panathinaikos mal viu a cor da bola. Já aos 5 minutos, Gosens bateu cruzado e levou perigo, mas não encontrou nenhum companheiro para escorar para a rede. Na casa dos 11, Dragowski cedeu escanteio em chute de Gudmundsson. No desenrolar da jogada, Mandragora tentou um passe e, depois da sobra do corte da zaga, decidiu experimentar de fora da área, colocando no cantinho do goleiro, um ex-atleta gigliato.
Com a vantagem na partida de volta conquistada muito precocemente e a eliminatória empatada, a Fiorentina intensificou a pressão. Na casa dos 17 minutos, o endiabrado Mandragora tentou de novo, agora de dentro da área, após receber bom passe de Fagioli, e obrigou Dragowski a ceder escanteio.
Autor de uma atuação de alto nível, Mandragora iniciou os trabalhos em Florença – e por pouco não marcou mais gols (Getty)
Já aos 24, um movimento de pressão alta da equipe mandante funcionou perfeitamente, com Ranieri efetuando o desarme sobre Vagiannidis e deixando a bola com Gudmundsson. O islandês conseguiu arrancar pela esquerda e finalizou para estufar as redes, contando com desvio em Willian Arão para vencer o arqueiro – curiosamente, o brasileiro havia levado azar também na ida, no lance que resultou no gol de Fagioli, também o segundo naquela oportunidade.
A Fiorentina quase ampliou no minuto seguinte. Meio na fogueira, Dragowski acabou iniciando mal uma jogada, permitindo que a Fiorentina retomasse a bola e acionasse Kean em boa posição. Após ciscar e tirar os zagueiros do lance, o atacante finalizou no contrapé do goleiro do Panathinaikos, que efetuou defesa complicada e manteve o seu time vivo.
Muito exigido, Dragowski voltou a aparecer bem aos 29 minutos, em outro capítulo do seu embate com Mandragora: outro chute do italiano terminou em escanteio cedido pelo goleiro. Aos 34, foi a vez de Cataldi obrigar o arqueiro a mandar a bola para corner de novo, em cobrança de falta. Na sequência, após levantamento de Mandragora, Kean cabeceou com perigo, tirando tinta da trave.
Só aos 41 minutos o Panathinaikos teria sua primeira chance na partida, num chute forte e de longa distância de Tetê, que passou à direita de De Gea. Mas a Fiorentina respondeu antes do intervalo, quando Gudmunsson encontrou um lindo passe em elevação para Kean, que bateu no contrapé de Dragowski. O polonês abriu o compasso, defendeu com a perna esquerda e a bola saiu pela linha de fundo, raspando a trave. O gongo, então, soou, e evitou o nocaute dos gregos.
Ainda no primeiro tempo, Gudmundsson encaminhou o triunfo da Viola sobre o Panathinaikos (Ansa)
O descanso veio em boa hora para o Panathinaikos, que voltou diferente do intervalo, aproveitando certa diminuição no ritmo dos mandantes. O time grego logo ameaçou com um chute de Ounahi, por cima do gol de De Gea. Mais tarde, aos 58 minutos, foi a vez de Ioannidis ser travado por Comuzzo na hora H. O substituto de Djuricic – muito apagado no Artemio Franchi, em oposição ao show que deu em Atenas – ainda teve outra oportunidade na casa dos 68, mas rolou para Tetê, que terminou bloqueado por Ranieri.
Enquanto o time grego crescia, Palladino modificava a sua equipe, de modo a dosar energias, mas não conseguia conter o adversário. Até que, aos 75 minutos, Kean encontrou o gol da tranquilidade. O ítalo-marfinense recebeu de Gosens na entrada da área e já girou sobre Ingason enquanto ajeitava para finalizar no contrapé de Dragowski e encaminhar a vaga da Viola nas quartas.
Com enorme desvantagem, o Panathinaikos ainda reagiria aos 81 minutos, depois que Fagioli derrubou Ounahi dentro da área, num pênalti bobo. Ioannidis converteu, mas a Fiorentina conseguiu segurar o ímpeto rival e ainda cavou a expulsão de Mladenovic, nos acréscimos, fechando a partida e a eliminatória, de fato.
No fim das contas, a Fiorentina virou a eliminatória e passou pelo Panathinaikos por um placar agregado de 5 a 4. Seu adversário nas quartas de final será o inexpressivo Celje, da Eslovênia, que ficou num rocambolesco 5 a 5 com o Lugano, da Suíça, após perder por 5 a 4 na casa do adversário e levar a melhor nos pênaltis. Na teoria, o confronto começa com amplo favoritismo italiano, mas a torcida violeta tem todos os motivos do mundo para ficar com os dois pés atrás com sua equipe.