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·15 de outubro de 2025

A história do ‘time de um ano só’ fundado por Anderson Talisca

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Você conhece Anderson Talisca como atacante, com passagens por clubes como Bahia, Benfica, Al-Nassr e Fenerbahçe. Mas você sabia que, antes dos 25 anos, ele já havia se transformado em dirigente?

A ideia veio em 2016, quando Talisca tinha 22 anos anos. No começo de 2017, veio a novidade: o anúncio da fundação do Esporte Clube Olímpia, na cidade de Lauro de Freitas (BA), região metropolitana de Salvador. O clube, no entanto, deixou os gramados tão rapidamente quanto surgiu.


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Com o registro junto à Federação Baiana de Futebol, o Olímpia começou a se organizar nos bastidores. Em 2019, a presidência do clube foi entregue a Ivone Souza, mãe de Anderson Talisca. Em março, o elenco do time foi apresentado em Salvador para a disputa da Série B do Baiano. O principal reforço foi o meia Bida, com passagens por clubes como Vitória e Santos, que ganhou a camisa 10.

A trajetória profissional do Olímpia, no entanto, durou apenas 12 jogos oficiais.

A Série B do Baiano de 2019 teve seis times, que se enfrentaram em dois turnos na primeira fase – os dois melhores iriam às finais, e o campeão conquistaria o acesso. O Olímpia liderou com folga a primeira fase, somando 23 pontos, contra 18 do vice-líder Doce Mel. Nas finais, venceu o Doce Mel fora de casa por 2 a 1 na ida, mas sofreu uma surpreendente derrota em Pituaçu na volta por 3 a 0.

“Na verdade, foi um processo importante, né? Um clube que surgiu de um projeto social, para ajudar meus amigos que estavam sem clube na época. E o Olímpia veio, em um ano a gente chegou na final do Campeonato Baiano, acabou não subindo”, explicou Talisca.

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Na época, o Olímpia chegou a criar expectativa pela presença de mais um clube de Salvador na primeira divisão baiana, embora fosse da região metropolitana da capital baiana. Naquela Série B, a torcida soteropolitana havia visto tanto o Galícia quanto o PFC Cajazeiras caírem na primeira fase. Assim, à cidade, restava o time de Anderson Talisca.

“O Olímpia era de Lauro de Freitas, mas mandava seus jogos em Pituaçu, e não era necessariamente o favorito, mas fez a melhor campanha”, lembra o comentarista Elton Serra, então na TVE (Bahia), atualmente na ESPN Brasil. “Mas é claro que tinha o hype naquela temporada de ser o time do Anderson Talisca. Ele deu entrevistas na época falando sobre o projeto, mas não necessariamente era o favorito.”

O projeto parecia promissor, mas parou por aí. Em 2020, o Olímpia nem mesmo participou do conselho arbitral da Série B. Em dezembro, veio o anúncio de que o clube havia decidido se afastar de competições profissionais e de base. Na época, alegou “consequência dos danos institucionais, de maneira geral, causados pela pandemia do novo coronavírus e pela falta de programações e previsões seguras em todo o futebol no país”.

O afastamento, no entanto, foi visto com naturalidade. Como o Campeonato Baiano raramente conta com mais de duas divisões, é comum que times da Série B se afastem dos gramados após um torneio para voltar mais adiante.

“O Campeonato Baiano tem um ‘quê’ de um campeonato semiamador. Antigamente, o campeonato da segunda divisão começava depois da primeira para os times pegarem os caras da Série A do Baiano e dar mais uns meses de calendário para esses caras. Como o campeonato não tinha um descenso, era sempre uma loteria para ver o time que jogaria no ano seguinte”, explica Elton Serra, que reconhece que a ausência do Olímpia em 2020 “não pegou tanto de surpresa”.

Desde então, o Esporte Clube Olímpia sumiu do radar. Mas Anderson Talisca admite a possibilidade de, um dia, recolocar o time em campo.

“Veio a Covid, eu acabei parando as atividades”, disse o atacante. “Mas estou conversando com alguns parceiros para reativar o clube no futuro”, completou.

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