Calciopédia
·10 de setembro de 2023
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·10 de setembro de 2023
Um país pequeno, com pouco mais de 2 milhões de habitantes, mas com fama de algoz. A Macedônia do Norte se tornou o mais recente pesadelo da Itália, principalmente depois das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. E, neste sábado, 9 de setembro de 2023, mais uma vez os macedônios azedaram a alegria dos italianos, só que pelas Eliminatórias da Euro. Em um jogo truncado em virtude do péssimo estado do gramado da arena Tose Proeski, em Escópia, os donos da casa arrancaram um empate de 1 a 1 na estreia de Luciano Spalletti no comando da Squadra Azzurra.
As escalações não variaram muito desde o derradeiro – e fatídico, para os italianos – encontro entre as duas seleções. A Macedônia do Norte foi a campo com alguns dos principais jogadores que disputaram a última Euro, como o goleiro Dimitrievski e os meias Elmas e Bardhi. Já Spalletti manteve a base do elenco comandado por Roberto Mancini e escalou a Itália num 4-3-3 com Donnarumma no gol; Di Lorenzo, Bastoni e Dimarco na defesa; Barella, Cristante e Tonali formando o meio-campo; e Politano e Immobile na frente. As únicas novidades, até por conta de lesões de outras peças, foram as promoções do zagueiro Gianluca Mancini e do ponta Zaccagni ao time titular.
A partida começou com a Itália tomando a iniciativa. Logo aos 3 minutos, Barella chegou a marcar um gol, mas estava em nítido impedimento. A Squadra Azzurra manteve a maior posse de bola e não dava espaços à Macedônia do Norte – uma amostra do estilo de Spalletti. Porém, se os anfitriões não ofereciam perigo, por outro lado a Nazionale pouco finalizava: tabelava, tentava chegar à baliza adversária, mas não concluía as jogadas.
O gramado em Escópia não ajudava. Na coletiva antes do jogo, Immobile, novo capitão da Itália, já tinha criticado as condições do campo, repleto de buracos. Dessa forma, a partida se arrastou com poucas finalizações: os lances de maior perigo foram uma bola na trave de Tonali, um arremate de Politano bloqueado por Alioski e duas chegadas de Cristante após cobranças de escanteio. Numa, a cabeçada foi para fora; noutra, o goleiro Dimitrievski defendeu a escorada à queima-roupa. De qualquer forma, o primeiro tempo terminou sem bolas nas redes.
Na volta dos vestiários, Politano saiu para a entrada de Zaniolo. Apesar de não ter gerado impacto tão rapidamente, o primeiro gol da partida saiu pouco depois da substituição: aos 47 minutos, Barella chutou no travessão e Immobile, espertamente, cabeceou no contrapé de Dimitrievski, aproveitando o rebote. A princípio, o lance parecia uma lavada na alma por aquela duríssima eliminação na repescagem para a Copa.
Doce ilusão: o capitão Immobile abriu o placar para a Itália, mas a Macedônia do Norte estragou a festa azzurra outra vez (Getty)
Logo após o gol, contudo, a Itália cometeu o erro fatal: se segurou no resultado parcial e recuou. Os macedônios sairiam mais para o jogo de qualquer forma, porém a retranca italiana se tornou uma armadilha contra os próprios azzurri.
Por volta dos 65 minutos, os donos da casa começaram a furar a zaga adversária. Elmas emendaria um chute que rasparia a trave pouco tempo depois. A Itália cometia faltas na própria área e dava chances para a Macedônia do Norte na bola parada. E foi assim que os anfitriões empataram a partida. Aos 81, Bardhi cobrou a falta no canto defendido por Donnarumma, que não saltou direito. A finalização foi bem angulada, mas o arqueiro poderia ter feito papel melhor.
Spalletti fez mais duas alterações para tentar retomar a vantagem, mas nenhuma delas surtiu efeito. A Itália voltou a atacar, porém, desta vez, a Macedônia do Norte se fechou e impediu com que os adversários avançassem em campo. Assim, a Squadra Azzurra novamente tropeçou nos linces graças a um gol sofrido no final e com chute de fora da área.
O empate deixou a Itália com 4 pontos, na terceira colocação do Grupo C das Eliminatórias da Euro – apesar de ter um jogo a menos. A Inglaterra lidera disparada, com 13, e já está praticamente garantida na próxima fase. Em seguida, com 7, está a Ucrânia. Isso torna os confrontos diretos contra os ucranianos ainda mais cruciais para a Nazionale. O primeiro duelo entre as duas seleções será no dia 12 de setembro, em San Siro. Para Spalletti e sua trupe, é vencer ou vencer.
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