
Calciopédia
·11 de abril de 2025
A Lazio foi dominada pelo Bodø/Glimt e perdeu o jogo de ida das quartas da Liga Europa

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·11 de abril de 2025
A Lazio voltou para casa com uma derrota dura na bagagem. Jogando fora de casa contra o carismático Bodø/Glimt, a equipe de Marco Baroni foi dominada do início ao fim e perdeu por um barato 2 a 0 no jogo de ida das quartas de final da Liga Europa. O placar, apesar de negativo, até poderia ter sido pior, não fosse a grande atuação do goleiro Mandas, que evitou um vexame ainda maior em território norueguês.
A equipe italiana vinha embalada, havia batido a Atalanta e se aproximando do G4 na Serie A e, ao menos no papel, chegava com alguma vantagem contra o modesto Bodø/Glimt, apesar do seu histórico positivo contra a Roma em duelos na Noruega – ganhou os dois. Como de praxe, Baroni não se baseou no onze inicial que venceu a Dea, ao invés disso, mandou a campo Mandas, Hysaj na lateral direita, Marusic na esquerda, Romagnoli e Gila fechando a zaga. Vecino e Guendouzi um pouco a frente, e com Zaccagni, Pedro e Isaksen servindo Dia, na referência ofensiva.
Apesar desse favoritismo inicial, também decorrente da boa temporada biancoceleste até aqui, quem sorriu mesmo foram os torcedores noruegueses. Desde o apito inicial, os donos da casa se impuseram no Aspmyra Stadion. O Bodø/Glimt, do técnico Kjetil Knutsen, soube aproveitar bem o fator local – apesar de não ter ocorrido uma prometida nevasca e o clima estar ensolarado, com temperatura de 1 grau positivo. A Lazio, por sua vez, sentiu a pressão e teve dificuldades para se encontrar no gramado. O meio-campo foi engolido, e a ausência de Rovella pesou bastante na organização das jogadas.
No primeiro tempo, os noruegueses criaram boas oportunidades, principalmente pelas pontas. Hauge foi o grande pesadelo da zaga italiana, obrigando Mandas a fazer pelo menos duas defesas importantes. Logo aos 5 minutos, os mandantes, esbanjando intensidade, roubaram a pelota no meio. Ela chegou ao camisa 23, que finalizou no canto, obrigando o goleiro da Lazio a trabalhar.
No gelado norte da Noruega, a Lazio não conseguiu esquentar as turbinas e sucumbiu ao organizado Bodø/Glimt (Getty)
Cerca de 10 minutos depois, a mesma coisa: a Lazio tentou sair com a bola dominada, mas, sem intensidade, e acuada, cedeu mais uma chance aos noruegueses, que viram Hauge finalizar novamente, dessa vez com menos perigo. A melhor chance dos visitantes aconteceu em uma cobrança de escanteio: Marusic cabeceou com perigo, mas Haikin, goleiro do Bodø/Glimt, salvou em cima da linha.
Veio a segunda etapa, e o que já era ruim ficou ainda pior. Logo aos 47 minutos, os mandantes trabalharam a bola desde o seu campo defensivo e Saltnes abriu o placar, após ótima jogada de Blomberg. A Lazio, que já vinha mal, ficou completamente perdida depois do gol e viu o adversário crescer ainda mais. A zaga biancoceleste bateu cabeça e cedeu espaços generosos.
Saltnes voltou a assustar aos 63 minutos, perdendo uma chance clara. Mas não demorou para se redimir: aos 69, recebeu de Hauge e tocou com categoria na saída de Mandas, encobrindo o goleiro para marcar o segundo. Um verdadeiro banho tático do Bodø/Glimt, que explorou os erros da equipe italiana com domínio e intensidade.
Em atuação opaca do setor ofensivo, o capitão Zaccagni mal apareceu (Getty)
Baroni mexeu no time tentando mudar o panorama. Castellanos entrou no comando de ataque, Tchaouna e Noslin buscaram dar mais fôlego pelas beiradas. No entanto, nada funcionou. A Lazio seguiu desconectada, errando passes e sem conseguir reter a bola no campo ofensivo. O Bodø/Glimt, por sua vez, seguiu controlando o jogo com tranquilidade.
O goleiro Mandas ainda apareceu mais duas vezes no final, evitando o terceiro gol em chute de Bjørtuft, e a tripletta de Saltnes. Com defesas seguras, o arqueiro grego foi o único destaque positivo da noite desastrosa da Lazio. Sem ele, a derrota poderia facilmente ter se transformado numa goleada.
O resultado obriga o time romano a buscar uma virada improvável, mas não impossível, no duelo da volta, marcado para o dia 17 de abril, no Olímpico. Para isso, a equipe precisará de uma atuação completamente diferente, mais intensa e organizada. O que mais preocupa é a postura apática apresentada durante boa parte do confronto. A Lazio não conseguiu competir fisicamente nem impôs seu ritmo. A falta de criatividade e a desconexão entre os setores deixaram os aquilotti reféns da superioridade norueguesa.
Agora, Baroni terá uma semana para repensar o time e buscar alternativas para deixar de lado a queda no norte da Europa. Porém, no meio desse furacão, ainda terá o dérbi capitolino já no próximo domingo (13), contra a Roma. Uma das várias finais que a Lazio terá até o final da temporada na Serie A, onde se encontra dois pontos atrás do Bologna, quarto colocado.
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