A polêmica reacendida que envolve o Inter e a arbitragem | OneFootball

A GloboPlay lançou neste fim de semana o documentário Máfia do Apito, revisitando o maior escândalo de manipulação de resultados da história do futebol brasileiro.

O caso, revelado em 2005, teve como protagonista o árbitro Edilson Pereira de Carvalho, então pertencente ao quadro da Fifa, e culminou na anulação e remarcação de 11 partidas do Campeonato Brasileiro daquele ano.

Com os novos resultados, o Corinthians, que havia perdido para o Santos e para o São Paulo nos jogos originais, conquistou quatro pontos extras após as partidas refeitas — vitória diante do Peixe e empate contra o Tricolor.

Essa diferença acabou sendo decisiva: o time paulista terminou como campeão nacional, enquanto o Internacional, que estava na briga pelo título, ficou três pontos atrás na tabela final.

O Colorado também teve uma partida remarcada, mas o resultado não se alterou: nova vitória por 3 a 2, repetindo o placar original.

Mesmo assim, a sensação de injustiça nunca deixou de rondar o Beira-Rio, especialmente porque a interferência direta nos resultados acabou favorecendo o rival paulista.

Além do Brasileirão, a investigação apontou que Edilson Pereira de Carvalho atuou em 12 jogos do Campeonato Paulista, um da Copa Sul-Americana e dois da Libertadores com indícios de manipulação. No entanto, apenas os duelos do Brasileirão foram refeitos.

O documentário, que marca os 20 anos do escândalo, conta com depoimentos do próprio Edilson, do apostador Nagib Fayad, o “Gibão”, além de jornalistas como André Rizek e Thaís Oyama. Também participam ex-jogadores, dirigentes e até o então presidente colorado, Fernando Carvalho.

O lançamento reacendeu a polêmica entre torcedores do Inter, que voltaram a defender uma possível ação na Justiça para reivindicar o reconhecimento do título de 2005.

A discussão promete ganhar ainda mais força nos próximos meses, já que a ferida segue aberta na memória colorada.