Trivela
·24 de março de 2022
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·24 de março de 2022
A Suécia era favorita no duelo das semifinais da repescagem contra a República Tcheca, não apenas por jogar em casa, mas também por ter um elenco com mais recursos. Os desfalques pesavam aos tchecos, por mais que a equipe seja bem treinada, algo visto durante a última Eurocopa. E os visitantes até amarraram o jogo na Friends Arena, mas a capacidade dos suecos prevaleceu na prorrogação. Uma ótima jogada coletiva concluída por Robin Quaison valeu o triunfo por 1 a 0, a dez minutos dos pênaltis. Assim, os escandinavos passam à decisão por uma vaga na Copa. Terão uma parada mais dura, com a visita à Polônia na próxima terça.
Sem o suspenso Zlatan Ibrahimovic, a Suécia estava escalada num 4-4-2. Alexander Isak e Dejan Kulusevski formavam a dupla de ataque. Emil Forsberg era um nome importante na ligação pela esquerda, enquanto Victor Lindelöf capitaneava o miolo de zaga. A República Tcheca, por sua vez, tinha que se virar sem Vladimir Coufal e Patrik Schick. O vértice do 3-2-4-1 estava em Tomás Soucek no meio. O garoto Adam Hlozek era outro destaque, na armação, ao lado de Antonín Barak.
A Suécia começou melhor a partida, ao conseguir conectar seu ataque e criar os primeiros perigos. Alexander Isak e Dejan Kulusevski assustaram, mas sem precisão. A República Tcheca respondeu aos 10, com um gol anulado e depois com Tomas Soucek mandando para fora após cobrança de falta. Pouco depois, seria a vez de Adam Hlozek testar o goleiro Robin Olsen. Com o passar dos minutos, o duelo ficou mais travado. Os tchecos dominavam o meio do campo e não permitiam que os suecos estabelecessem seu jogo.
Kulusevski era quem dava um pouco mais de trabalho na Suécia, conseguindo se apresentar nos principais lances de sua equipe. Mesmo assim, a República Tcheca fazia uma partida segura e evitava tantos riscos. Além disso, as bolas paradas dos tchecos sempre inspiravam cuidados na equipe adversária. De qualquer maneira, o placar zerado prevaleceria ao final da primeira etapa, com os suecos devendo no setor de criação.
O segundo tempo começou mais truncado, com muitas faltas. A Suécia acabava freada em suas tentativas. Kulusevski ainda precisou receber um longo atendimento após pancada no rosto. Quando a partida foi retomada, Soucek de novo causou problemas, mandando para fora com liberdade. Logo os suecos fariam suas primeiras trocas, com Robin Quaison e Pierre Bengtsson em campo. Não surtiu tanto efeito de início, com a marcação dos tchecos muito precisa nos combates.
O jogo ganhou um pouco de emoção aos 35. Numa cobrança de escanteio, a Suécia teve sua melhor chance até então. Matias Svanberg, que tinha saído do banco, cabeceou na linha da pequena área e Tomás Vaclík não deu nem rebote. A República Tcheca contra-atacou logo depois e Jan Kuchta, em boas condições, finalizou mal, errando o alvo. Na reta final, eram os suecos que ficavam no campo de ataque, mas o gol tcheco esteve mais próximo nos acréscimos. Milan Havel recebeu uma bola limpa no segundo pau e chutou muito mal, longe da meta. Era a deixa para a prorrogação.
A prorrogação recomeçou com a Suécia ainda no controle. E os espaços começaram a surgir um pouco mais para as jogadas em velocidade dos escandinavos. Primeiro, Quaison pegou mal uma cabeçada no segundo pau. Depois, Forsberg e Isak passaram a se combinar, mas uma boa chegada do atacante foi bloqueada na área. Antes do intervalo, seria a vez dos tchecos darem um abafa, sem sucesso. Já a segunda parte da prorrogação começou com a República Tcheca ainda melhor. O time saía e, assim, os suecos desamarraram o jogo.
O gol da classificação saiu aos cinco minutos do segundo tempo extra. Robin Quaison foi muito bem ao conduzir a tabela pelo meio e envolver a defesa da República Tcheca. O atacante abriu com Isak na área e recebeu de volta, saindo de frente com Vaclík. Bastou deslocar o goleiro e correr para o abraço. Pouco depois, os escandinavos sacariam Isak e Forsberg, com Filip Helander para reforçar a defesa e Anthony Elanga renovando o gás no ataque. Mas o fato era que os tchecos tinham pouca qualidade para ameaçar. Não passavam de alguns chuveirinhos e os suecos foram bem melhores para gastar o tempo prendendo a bola. Passou a equipe com mais recursos.
A Suécia vai encarar a Polônia na próxima terça-feira, em Chorzów, valendo uma vaga na Copa. Depois das sanções à Rússia, os poloneses avançaram diretamente à decisão. São duas equipes presentes no Mundial de 2018, mas só uma vai ao Catar. Já os tchecos ampliam sua ausência em Mundiais, que dura desde 2006.