A tática inegociável e ousada de Filipe Luís no Flamengo | OneFootball

A tática inegociável e ousada de Filipe Luís no Flamengo | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Mundo Rubro Negro

Mundo Rubro Negro

·04 de outubro de 2024

A tática inegociável e ousada de Filipe Luís no Flamengo

Imagem do artigo:A tática inegociável e ousada de Filipe Luís no Flamengo

A estreia de Filipe Luís como técnico do Flamengo animou os torcedores rubro-negros e membros da imprensa. Entre eles o jornalista Bernardo Ramos, que destacou a nova tática implementada na vitória sobre o Corinthians e as falas do novo treinador na coletiva ao detalhar a estratégia corajosa que monta para o time rubro-negro.

Bernardo destaca a “resposta muito interessante” de Filipe durante a coletiva pós-jogo. Ele se refere ao comentário sobre a marcação pressão no campo adversário e à “ousadia” do treinador de querer que o time mantenha a postura por 90 minutos.


Vídeos OneFootball


➕ Fifa assume salário de Pedro, e Flamengo ainda exige indenização da CBF

“Ele não abre mão dessa tática de marcar pressão na saída de bola do adversário, e não é uma meia pressão, é uma pressão frenética, que acaba deixando alguns espaços atrás, mas o objetivo é sempre roubar a bola no campo ofensivo do Flamengo, no caso, campo defensivo do adversário”, disse o jornalista.

Filipe disse sobre a marcação e necessidade de mantê-la por 90 minutos em respostas diferentes na coletiva:”Realizar os ajustes necessários para fazer (a pressão) do meu jeito”, ponderou. Sobre querer a intensidade durante todo o confronto, Filipe acha possível, mas não esquece de um perigo iminente.

“O que eu peço aos meus jogadores não é fácil. Pressionar 90 minutos não é fácil. E eu quero tentar, porque eu sei que dá, porque eu já fiz. Os problemas físicos vão acabar acontecendo, mas é um risco que eu quero correr”, respondeu Filipe Luís.

Importante relembrar que as lesões assolam o time rubro-negro nesta temporada. o novo técnico do Flamengo trata a intensidade como inegociável e vai priorizar o melhor time para aplicá-la de acordo com o adversário. Bernardo Ramos destaca os pontos fundamentais para a tática seguir dando sucesso.

  • Jogadores bem fisicamente: tanto para evitar ao máximo as lesões quanto para manter a pressão alta por 90 minutos, é fundamental que o time atinja o ápice físico.
  • Rodar o elenco: ponto relacionado com o item anterior; é necessário mudar as peças para manter os jogadores bem, ainda que mudanças durantes os jogos.
  • Momento para dar o bote: “Não tomar a bola nas costas, para o time adversário ficar com a possibilidade de fazer uma jogada importante depois no campo defensivo do Flamengo”, reassalta o jornalista.

A grande diferença entre Tite e Filipe Luís

A marcação, aliás, foi a primeira e grande mudança do trabalho de Filipe Luís em relação ao de Tite. Algo que surpreende o jornalista, já que o elenco dava sinais de esgotamento físico com o antigo treinador.

“Essa foi a grande mudança do Flamengo de Filipe Luís em relação ao de Tite, a principal foi essa força na marcação com encaixes individuais na saída de bola do adversário. Ele está desafiando até a lógica, porque a lógica nesse momento aponta para um Flamengo em frangalhos fisicamente.”

A estratégia do novo treinador foi fundamental para a pressão que o Flamengo impôs sobre o Corinthians na última quarta, principalmente no primeiro tempo. Foram nove desarmes ainda que tenha ostentado 64% de posse de bola. Muitos desses desarmes aconteceram no campo de ataque gerarando lances de perigo.

A influência de Jorge Jesus e Simeone

Foi então que Bernardo Ramos identificou as influências de Jorge Jesus neste início de trabalho do Filipe no Mengão. Semelhança que está justamente nesse desejo de um time intenso na marcação alta, mas ainda distante no esquema tático.

“Influência de Jorge Jesus em Filipe Luís é até complicado falar assim. Tem um quê de Jorge Jesus nesse time do Flamengo, acho que na marcação, sim, mas é complicado a gente falar no sistema tático de jogo, porque o Jorge Jesus jogava no 4-1-3-2”, comentou.

Outra referência sempre lembrada pelo próprio Filipe é Diego Simeone. O ídolo do Flamengo afirma que foi o treinador do Atlético de Madrid que o fez despertar o desejo de ser técnico. Mas a inspiração não necessariamente está nos sistemas dos treinadores, e sim na postura que exigem de suas equipes.

“Simeone joga de uma forma completamente diferente, com três zagueiros, e na fase defensiva vira um 5-4-1, depois pode virar um 3-4-3, ou um 3-5-2, dependendo da forma como o Simeone joga, e ele muda muito a forma de jogar, então eu acho que é menos o que a gente pode falar de sistema tático, e mais sobre o método de marcação.”

Posicionamento de Arrascaeta

Mudança no posicionamento de Arrascaeta também relembrou movimentações do time de Jorge Jesus. Filipe Luís instruiu o meia a utilizar mais o lado esquerdo do campo, algo que fazia com o treinador português. Mas destaca-se que a movimentação não significa reproduzir táticas utilizadas por JJ.

“Arrascaeta jogou pelo lado esquerdo, isso remontou o time do Jorge Jesus sim. Mas isso é mais fácil fazer. Chega e fala ‘joga lá do lado esquerdo’. Fácil para um técnico, evidentemente, não é o meu caso. Mas colocar o Arrascaeta do lado esquerdo não é das coisas mais impossíveis. Ele fez em determinado momento na partida”, disse Bernardo Ramos.

Imagem do artigo:A tática inegociável e ousada de Filipe Luís no Flamengo

Foto: Reprodução/ Sofascore

Erros de Filipe Luís

para Bernardo Ramos, não só de acertos foi feita a estreia de Filipe Luís. O jornalista entende que o técnico errou ao colocar Matheus Gonçalves na vaga de De La Cruz, que estava cansado, e não optar por Alcaraz. Isso porque avalia que o time ficou desequilibrado.

“Acho que o Felipe Luís também tenha cometido os erros dele, e é normal que isso aconteça. Por exemplo, nas alterações, eu teria colocado o Carlos Alcaraz. O Alcaraz no lugar do De La Cruz, e não o Matheus Gonçalves, ele deixou o time mais exposto quando ele colocou o Matheus Gonçalves.”

A entrada de Matheus, por outro lado, mostra que o jovem ganhou espaço com a chegada de Filipe. Ele definitivamente não estava nas principais opções de Tite e agora foi acionado nas primeiras mudanças, aos 30 minutos do segundo tempo.

Como Ramon Diaz melhorou o Corinthians

Por fim, a análise de como o Corinthians conseguiu equilibrar mais o jogo no segundo tempo. Ramón Díaz mudou o esquema no intervalo para ter três zagueiros e dois atacantes. O Fla seguiu criando chances, mas o adversário incomodou mais a saída de bola com dois jogadores de frente.

A criação de chances continuou muito similar. Foram 10 finalizações no primeiro tempo (4 no alvo), contra nove no segundo (3 no alvo). A diferença ficou nos erros de passe do Flamengo que o Corinthians conseguiu forçar, que refletiram ligeiramente na posse de bola: 60% a 40% no primeiro tempo e 54% a 46% no segundo.

Siga o MRN no BlueSky e no Instagram.Contribua com a independência do nosso trabalho: seja apoiador.

  • Grandes chances, gols perdidos e até fair play: Flamengo e Bahia é o duelo dos iguais
  • A tática inegociável e ousada de Filipe Luís no Flamengo
  • Flamengo: escalação, desfalques, pendurados e relacionados contra o Bahia
  • Fifa assume salário de Pedro, e Flamengo ainda exige indenização da CBF
  • Desfalques e últimos jogos: como o Bahia chega contra o Flamengo
Saiba mais sobre o veículo