Abel diz que não teve ‘dúvida nenhuma’ em poupar e destaca foco do Palmeiras: ‘Lutar por essa competição até o fim’ | OneFootball

O Palmeiras enfrentou o Juventude neste domingo (2), em jogo válido pela 31° rodada do Brasileirão. Antes do jogo começar, já ocorreu uma mudança: o Verdão teve que trocar de uniforme por conta da semelhança com o do clube de Caxias. Mas essa alteração não atrapalhou em nada a vitória palmeirense.

Com gols de Bruno Rodrigues e Felipe Anderson, o Maior Campeão do Brasil venceu e segue na liderança do Campeonato Brasileiro.

Fala, Abel!

Estratégia até a final

— É jogo a jogo. Não vou alterar o discurso: é perceber como os jogadores estão depois de uma partida física e mentalmente cansativa. O último jogo nos trouxe um desgaste mental muito, muito forte. Eu já tinha dito que seria um jogo de muita resiliência mental e tática, em que foco e concentração eram essenciais.

— Não tive dúvida nenhuma em mudar hoje e colocar jogadores que vêm atuando. O Felipe tem jogado muitas vezes, o Bruno tem entrado ultimamente, o Veiga não tem começado, mas tem participado. O que tem atuado menos é o Facundo, mas ele treina muito bem e sabemos que podemos contar com ele. O próprio Jefté vem bem, o Khellven tem sido titular.

— O que fiz foi jogo a jogo: entender quem jogou na quinta. Teríamos que mexer em cinco ou seis peças — e ainda bem que fizemos. Eles jogaram bem, exceto nos últimos 10 ou 15 minutos, quando sofremos um pouco e perdemos bolas fáceis, que não podemos perder. Sinceramente, o Juventude merecia um gol, mas a vitória é inteiramente justa. — disse.

Qual sua ambição, Abel?

— Eu não devo nada para ninguém. Tenho tudo certo com o Palmeiras e o Palmeiras comigo. Já disse: minha ambição é ser melhor todos os dias. Na quinta-feira, falei que meu objetivo é provar a mim mesmo — e às pessoas que gostam de mim — que estou no lugar que mereço. Provar isso. Não desejo ser melhor do que ninguém. Esse sou eu, e não vai mudar.

— Deixa eu te corrigir: quando você diz que ninguém esperava que fossemos passar, só quem não gosta do Palmeiras pensava assim. Os palmeirenses e o treinador tinham convicção de que passaríamos, e nós provamos isso dentro de campo. — falou.

Abel Santana ou Telê Ferreira? E a briga com o Flamengo

— Abel Ferreira. Gosto muito dos dois, mas meu nome é Abel Ferreira. Eu não me comparo com ninguém, mas me inspiro. Telê Santana é uma das pessoas das quais eu gosto: a maneira como ele falava, como valorizava fundamentos.

— Se eu não tivesse competido todos os anos, todos vocês teriam me trucidado. Sou muito feliz disputando títulos, como sempre fizemos — e vamos continuar a fazer.

Melhor elenco no Palmeiras?

— Quantas vezes eu já falei que todos somos um? Quantas vezes vocês me ouviram dizer que não há titulares no Palmeiras? Quantas vezes ouviram eu dizer que não treino 11, e sim 28 jogadores? É só prestarem atenção. Falo muito — às vezes demais. Existe até um livro escrito, sei que muitos não leram. É preciso falar do trajeto deste ano: quantidade de jogadores que vendemos, trocamos, integramos, e mesmo assim continuamos competindo — muitas vezes contra tudo e todos. Mantendo crença no trabalho.

— Da minha primeira entrevista até hoje, não mudei nada. A única coisa que mudou — graças a todos — são os títulos. O clube cresceu internacionalmente, a base cresceu, o número de vendas e os valores também. Todos os anos competindo por títulos. O Palmeiras é outro clube.

— Perdemos também, claro. Pouca coisa mudou: continuo acreditando nos meus jogadores. Mas isso é interno, coisas da nossa casa. Ainda temos muita margem para melhorar. Disse aos que ficaram de fora que esses eram os melhores 11 para iniciar o jogo, considerando o desgaste físico e mental. Era impossível que os outros estivessem 100%.

E agora?

O Palmeiras volta a campo na próxima quinta-feira (6), em jogo contra o Santos pela 32° rodada do Campeonato Brasileiro, às 21h30 (de Brasília), no Allianz Parque. O Verdão lidera a competição com 65 pontos, o Flamengo, vice-líder, soma 64.

Próximos jogos do Palmeiras