Nosso Palestra
·31 de outubro de 2025
Abel Ferreira chora em coletiva após classificação histórica do Palmeiras: ‘Sentimento de alívio’

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·31 de outubro de 2025

O Palmeiras está na final da Libertadores de 2025. O Alviverde, com a a vitória por 4 a 0 contra a LDU nesta quinta-feira (30), conseguiu reverter a desvantagem de 3 a 0 sofrida na partida de ida ainda no tempo regulamentar. Sosa, Bruno Fuchs e Raphael Veiga, duas vezes marcaram os gols palestrinos.
Assim, o Verdão consegue reverter o 3 a 0 sofrido em Quito na partida de ida, na última quinta-feira (23), e se torna a primeira equipe a reverter tal vantagem na história da competição – o placar agregado ficou em 4 a 3. Agora, o Palmeiras encara o Flamengo na decisão, em Lima, no Peru, no dia 29 de novembro.
Após a partida, Abel Ferreira comentou a partida e o momento do Palmeiras.
— Quando acabou o jogo com o Cruzeiro, eu comecei a rezar — segunda, terça e quarta-feira. Mas Deus me disse: “Vai fazer a tua parte, porque os outros também vão rezar”. É trabalho e preparação. Lá eles foram muito melhores do que nós na primeira parte. Não conseguimos nem encaixar, nem nada. Basta ver que, em casa, na Libertadores, eles não tomaram um único gol. Aproveitaram muito a altitude; em alguns lances parecia que eles iam de moto e nós, parados.
— Na segunda parte corrigimos, e mesmo fazendo um mau jogo, criamos oportunidades para não vir a 3 a 0. Mas eu já estou há tempo suficiente no Brasil e num clube que aprendi a gostar, e sei o que é o chiqueiro. Pena que não seja sempre assim, porque quando está assim é pesado para quem vem jogar. Foi um jogo tático e mental; tínhamos que estar muito focados. Acho que foi muito mais mérito deles do que fraqueza nossa.
— Esperávamos uma noite mágica, em que eles estivessem inspirados. Às vezes eles ficam amoados porque acham que são protagonistas quando iniciam o jogo, o que é uma mentalidade fraca — não é assim que funciona. Um elenco tem 23 jogadores que estão preparados. Os que entraram foram muito bem.
Fico feliz pelo Alan. É um menino que nem jogava no Sub-20, mas tivemos uma oportunidade de treinar com ele e eu disse para o Barros que ele não podia sair. Ele pode fazer a 8, pode jogar de ponta, tem um arranque absurdo. Ele é bom jogador, com compromisso absurdo, verticalidade absurda. Não precisamos vender ele, já vendemos muito. Tenho certeza que vai ser reconhecido pelo que fez. Conversei com ele esses dias, perguntei seu vencimento; é um dos que menos ganham, e o Barros disse que vão tratar disso. Merece demais, é um grande homem. Fico feliz por ele — mérito dele. Foi ele que, sozinho, criou o pênalti, mas é verdade que todos contribuíram hoje. Todos os três dias, os funcionários vestidos de camisa, eles com cartazes.
— Eu ainda não consigo desfrutar das vitórias. Eu penso todos os dias que preciso provar o lugar que mereço. Não consigo pensar em provar algo a alguém — e sim a mim mesmo, aos meus jogadores e ao meu grupo de trabalho, que posso estar onde estou. Para representar 16 milhões de torcedores.
— Não sei se vou conseguir sempre esse tipo de vitória. Eu odeio perder, por isso sou tão mau perdedor. No fim do jogo, o sentimento foi de alívio. Preciso abraçar minha filha, que não está comigo, está em Portugal. Vocês são muito família, e eu também. A família é a base de tudo. Chorei, e estou chorando agora. Não gosto de mostrar minha parte fraca, mas é isso mesmo: é um alívio.
— Uma geladeira. Jogamos muito mal lá, e no jogo lá eu fui um dos responsáveis. Pensei num plano de jogo e não funcionou. Passei três dias chateado comigo mesmo. — disse sobre a ida.
Ele sabe que tenho um carinho e amor grande por ele. Há muitas formas de ser protagonista, e essa raiva faz com que ele faça as coisas por ele e pela nossa equipe. É um jogador que tem gol. Às vezes tem que encontrar o botão para carregar e ele render. Sou grato de ter um homem como ele. Tenho certeza de que ele está chateado comigo, me chamou de tudo, queria jogar. Mas estou feliz por ele.
— Vários jogadores me mandaram mensagem hoje, dizendo que éramos capazes de virar. E eu falei: se vocês tivessem que apostar em uma equipe para virar, em qual apostariam? Sendo realista. Parabéns aos nossos jogadores. E bora, porque domingo tem mais.
— Já houveram aqui muitas primeiras vezes. Às vezes acerto, às vezes erro. A verdade é que tínhamos que surpreender eles. Precisávamos de pés trocados para irmos para dentro. Tivemos uma noite mágica. Mas às vezes não sai, como foi o jogo de lá. Não consegui ajudar eles. Sabíamos que lá eles não tinham sofrido gols. Como eu disse: eu adoro ouvir que nunca aconteceu. Isso é gasolina, é combustível para nós. Claro que podemos perder.
— Olha, é um grande rival, com grandes jogadores. Espero que seja uma grande final. Eles chegaram pela qualidade. Quem está na final está por mérito — vejam o nosso percurso. Mais uma vez contamos nossa história. Temos apenas uma derrota e poderíamos ter ficado fora da final. É um dos rivais. O Cruzeiro é uma excelente equipe. Agora falando da Libertadores: duas equipes competentes. Mas futebol não é quem investe mais, quem gasta mais. Estamos na briga também pelo Brasileiro. Isso me enche de orgulho. Nos últimos quatro ou cinco anos estamos sempre competindo.
A Leila sabe aquilo que eu quero. Não posso dizer que não fiquei magoado com o que ouvi da torcida — fiquei. Não estava à espera. Leila, não vale a pena assinar, porque eu não vou assinar se não tiver condições de ficar no Palmeiras. Muitos clubes me ligam. É duro no Brasil, porque vocês jornalistas são duros, alguns passam do ponto, e às vezes eu questiono se é isso que quero continuar. Mas, olhando para o clube, o Palmeiras é um oásis. A Leila sabe o que eu quero. Eles sabem o quanto quero ficar aqui. Mas eu não quero ficar preso pelo contrato. Pensei que seriam cinco meses e estamos há cinco anos. Não preciso ter nada assinado. Para mim basta de boca. Já falei: o contrato foi feito em segundos, mas na altura certa.
O Palmeiras chega na decisão pela sétima vez, sendo o sexto clube com mais finais da competição e brasileiro com mais decisões – a equipe agora se iguala a Independiente-ARG, River Plate-ARG e Olimpia-PAR, os três com sete, ficando atrás só de Peñarol-URU, com 10, e Boca Juniors-ARG, com 12.
Além da Libertadores, que terá a final no dia 29 de novembro entre Palmeiras e Flamengo, em Lima, no Peru, o Palmeiras disputa o Campeonato Brasileiro. No Brasileirão, o Verdão volta a campo no próximo domingo (2), contra o Juventude, no Alfredo Jaconi, às 18h30 (de Brasília). A equipe lidera com 62 pontos em 29 partidas, um ponto a mais que o vice-líder Flamengo.
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