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·16 de outubro de 2025
Abel Ferreira pede pés no chão e lembra jejum contra Flamengo no Maracanã

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·16 de outubro de 2025
A vitória de goleada sobre o Red Bull Bragantino manteve o Palmeiras de Abel Ferreira na liderança do Brasileirão para enfrentar o Flamengo, no Maracanã, neste domingo (19). Com a torcida naturalmente empolgada após o 5 a 1, o técnico tratou de manter a calma e colocar os pés no chão antes da viagem ao Rio de Janeiro.
Em coletiva de imprensa, Abel Ferreira aproveitou uma pergunta sobre o momento de alta do Palmeiras para explicar que vê a instabilidade como algo normal. Na opinião do treinador, nenhuma equipe consegue atuar no mais alto nível ao longo de todo o ano, o que torna os altos e baixos algo comum no futebol.
"Estou aqui há cinco anos, e durante cinco anos aconteceu sempre a mesma coisa. Não conheço nenhuma equipe que consiga manter uma estabilidade ao longo do ano, sempre. É difícil conseguir isso. Não é no Brasil, é em todas as equipes. Você tem altos e baixos ao longo da temporada", explicou Abel Ferreira.
O importante, segundo ele, é que todos estejam à altura do desafio nos momentos mais importantes da temporada. Não só em termos de decisão ou títulos, mas também em cenários negativos e de críticas — algo intrínseco ao esporte. Abel Ferreira salientou, então, a importância de cada um ter consciência e valorizar o trabalho que faz.
"Na minha opinião, o que vai definir a ti, sua equipe, seus jogadores, são os momentos difíceis. Isso é o que define nosso caráter, aquilo que acreditamos, que define a nós. É nesses momentos que te botam em dúvida, e você sabe de onde veio, sabe o que faz, sabes quem é. Sabe seu valor, que faz parte do futebol ganhar e perder, e precisa continuar", prosseguiu.
Em meio à longa resposta, Abel também citou a disputa direta com o Flamengo pelo título, que obviamente ganha ainda mais holofotes às vésperas de um embate entre os dois. E com vitórias confortáveis dos dois lados: se o Palmeiras goleou o Red Bull Bragantino, o Rubro-Negro despachou o Botafogo com um 3 a 0, no Engenhão.
Para o treinador, ainda restam muitos jogos no campeonato, o que torna inútil o exercício de imaginar o que vai acontecer lá na frente. Mais uma vez, Abel ressaltou que o trabalho precisa seguir igual, mesmo que o momento vire e a maré passe a ser negativa.
"Ainda faltam dois, três meses, muitos jogos até o final. É lidar com o equilíbrio em todos os momentos. Quando as coisas não estão como queremos, é perceber que o caminho é 24 horas, amanhã lá estamos outra vez. Quando as coisas estão muito bem, esfriar outra vez, equilíbrio", pontuou.
Afinal de contas, na visão do treinador do Palmeiras, as avaliações sobre o trabalho não podem variar entre extremos. Ou seja, as críticas precisam ser filtradas, segundo Abel Ferreira, e os elogios também.
"Porque nem éramos tão ruins, quando me disseram que nós éramos ruins, nem somos agora os melhores do mundo, só porque estamos numa boa fase. Não, o mesmo equilíbrio, pés no chão, as mesmas 24 horas, o mesmo processo, o mesmo trabalho, a mesma recuperação, a mesma análise, o mesmo treino, e estaremos preparados para o próximo jogo — que, sem dúvida nenhuma, é um jogo importante", ressaltou.
Por fim, o técnico fez questão de destacar a dificuldade do confronto com o Flamengo. E isso fica claro nos números, já que a última vez que o Palmeiras conseguiu vencer o Rubro-Negro no Maracanã aconteceu em 2015. Na 38ª e última rodada do Brasileirão daquele ano, os paulistas venceram por 2 a 1, gols de Dudu e Vitor Hugo, este no último minuto. Pará havia empatado para o Mais Querido.
"Acho que o Palmeiras não ganha lá há não sei quantos anos, dez ou 11 anos. É mais um desafio para nós. Portanto, vem no momento que tem que vir e nós vamos nos preparar para esse jogo", finalizou Abel Ferreira.
Válida pela 29ª rodada do Brasileirão, a partida entre Flamengo e Palmeiras está marcada para acontecer neste domingo, a partir das 16h (horário de Brasília). O time alviverde lidera a competição, com 61 pontos, enquanto o Rubro-Negro soma 58 e tenta igualar a contagem no Maracanã.