Abel lembra São Paulo x Palmeiras e questiona árbitros: “Ficaram com medo?” | OneFootball

O Palmeiras foi derrotado pelo Grêmio na noite desta terça-feira, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, e viu a chance de conquistar o título ainda mais difícil. Abel Ferreira lamentou os erros de sua equipe na derrota de virada por 3 a 2 que aconteceu na Arena do Grêmio. O treinador também disparou contra a arbitragem brasileira e disse que percebeu uma mudança após as polêmicas no clássico contra o São Paulo.

Na noite desta terça-feira, o árbitro Sávio Pereira Sampaio anotou dois pênaltis para o Grêmio. No segundo deles, ainda expulsou Giay após a infração.

“Gostaria de entender por que é que o meu jogador foi expulso. Pelo menos as regras dizem que o jogador não deve ser penalizado duas vezes ou a equipe não deve ser penalizada duas vezes, mas enfim, foi o que foi”, disse Abel.

Abel lembra polêmica em Choque-Rei e questiona árbitros

Abel Ferreira disse que percebeu uma mudança no comportamento dos árbitros após as polêmicas no Choque-Rei. Na última coletiva, ele já havia criticado as narrativas que se criaram sobre o Palmeiras ser beneficiado pela arbitragem.

“Eu não vivo de ‘ses’. Se esse pênalti tivesse sido marcado, o jogo teria ficado 3 a 3, não é? Ou tinha ficado 4 a 3. Mas o que é verdade é que, depois desse pênalti, muita coisa mudou. Nomeadamente, o árbitro dessa competição ficou pendurado não sei quantos meses”, declarou.

No clássico entre Palmeiras e São Paulo, que aconteceu em outubro, o árbitro Ramon Abatti Abel não marcou um pênalti para o Tricolor enquanto os donos da casa ganhavam por 2 a 0. Posteriormente, o Verdão virou e venceu por 3 a 2. O árbitro foi afastado pela CBF e, na última semana, recebeu 40 dias de suspensão após julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

“Será que os outros árbitros não ficaram com medo, por exemplo, de apitar o pênalti que houve no Maracanã? Se compararmos o pênalti que houve com o Maracanã com o Arrascaeta na casa do Palmeiras na primeira volta, será que há muita diferença? Será que há diferença naquela bola que bateu no jogador do Vitória que ele corta? Nem o VAR foi ver. Portanto, será que os árbitros não ficaram todos com medo de que a CBF os castigasse e que, a seguir, o STJD ainda lhes fosse dar mais não sei quantos dias de castigo? Coisa que eu nunca tinha visto em cinco anos aqui no Brasil”, indagou Abel.

“Muita coisa mudou depois do jogo do São Paulo, muita coisa mudou e isso é bem visível, não é? Hoje o árbitro não tem dúvidas nenhumas em marcar os dois pênaltis. A primeira falta que há na entrada da área do jogo é um claro amarelo. Eu estou a falar com o quarto árbitro. Eu disse, não entendo porque é que o árbitro não dá amarelo. Primeira falta que há do jogo, a entrada da área que é o Felipe que bate. Se a falta é clara para amarelo, ele não dá amarelo. Se vocês se verem a minha a minha a minha imagem e eu a falar com o árbitro, com o quarto árbitro, conseguem me explicar porque é que não é amarelo? Uma falta perigosa na entrada da área porque ele não dá amarelo?”, seguiu o treinador.

Abel reconhece erros do Palmeiras e cobra

Mas não foi só da arbitragem que Abel Ferreira reclamou. O treinador analisou a partida do Palmeiras, que fez dois tempos distintos e cobrou seus jogadores pelos erros cometidos: desde os pênaltis de Aníbal e Giay até uma boa chance perdida por Facundo Torres.

“Acho que fizemos uma belíssima primeira parte. Acho que entramos muito bem no jogo, criamos muito com o nosso adversário. Pena que no último terço, as decisões e as finalizações não tenham levado outro acerto. Acho que foi extremamente injusta a forma como saímos para o intervalo com um gol sofrido de um arremesso de linha lateral. Não me lembro de nada que o adversário tenha criado na primeira parte. Acho que fizemos um belíssimo primeiro tempo, pena o resultado tão escasso”, analisou.

“Depois na segunda parte, mesmo com esta dureza de ter recebido um gol no último minuto da primeira parte, acho que o jogo se equilibrou. O que é que eu posso dizer? Tu não podes cometer um pênalti daqueles, não podes. Não podes mesmo quando estamos a perder 2 a 1, falhar um gol debaixo da baliza como o Facundo falhou. Não pode. Estes tipos de erros pagam-se muito caros, mas acho que no final o nosso adversário criou mais pelos nossos erros do que propriamente pelo volume que eles tiveram”, seguiu.

Agora, o Palmeiras se prepara para a final da Libertadores contra o Flamengo, que acontece neste sábado, às 18 horas (de Brasília), no Estádio Monumental U, em Lima (PER).