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·04 de setembro de 2025

Advogado do Flamengo explica tese da defesa para recurso de Bruno Henrique

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Em longo julgamento realizado nesta quinta-feira (4), o atacante Bruno Henrique foi condenado a 12 jogos de suspensão e pagamento de R$ 60 mil por forçar um cartão amarelo contra o Santos, em 2023. No entanto, o advogado do Flamengo, Michel Assef Filho, garantiu que vai recorrer e explicou os motivos.

No entendimento da Justiça, Bruno Henrique não teve interesse próprio em forçar o cartão e ajudar apostadores. Pendurado com dois cartões, o atacante fez algo normal no futebol e forçou o terceiro para cumprir suspensão em um momento mais adequado.


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O problema foi ter avisado ao irmão, Wander, o que gerou uma série de apostas no cartão recebido por Bruno Henrique. O fato, porém, é que o jogador do Flamengo não está envolvido com nenhum esquema e nem recebeu algo em benefício próprio, fatos que foram considerados na decisão final.

Responsável pela defesa de Bruno Henrique, Michel Assef Filho — advogado do Flamengo — garantiu que o clube vai recorrer. No entendimento dos representantes, o julgamento nem deveria ter acontecido.

"Esse processo nem deveria ter sido julgado, e isso vai ser enfrentado em grau de recurso. E também em relação ao mérito. O Flamengo, obviamente, respeita a decisão da justiça desportiva e vai recorrer dela", garantiu Michel logo após o julgamento.

Discordância sobre prescrição do caso

Durante o processo, uma das principais discordâncias foi em relação à prescrição do caso. A defesa argumentava que o processo não deveria ser levado à frente, já que não houve denúncia propriamente dita após 60 dias do caso. No entanto, essa hipótese foi descartada por votação.

A questão é que o tribunal entendeu que o ato de forçar o amarelo não se deu tendo o lucro como objetivo. Foi uma decisão esportiva, tomada em conjunto pelo Flamengo e Bruno Henrique, o que — na visão de Michel Assef — deveria servir também para inocentar o jogador.

"O argumento que foi utilizado para entender pelo afastamento do artigo 243, ou seja, de que isso foi uma opção tática (era esperado do Bruno Henrique que levasse um terceiro cartão amarelo), é o mesmo argumento que deve ser utilizado para entender que não é uma atitude antiética", destacou.

Afinal de contas, seguiu o advogado, o ato de forçar o terceiro cartão amarelo para 'escolher' quando cumprir a suspensão é comum no esporte. Restaria julgar a informação dada por Bruno Henrique à família, algo que o Flamengo entende que não aconteceu.

"Se faz parte da regra do jogo, como pode ser atitude ilegal, do ponto de vista que chega a condenar um atleta? O que sobra é uma suposta informação privilegiada, que o Flamengo entende que não houve. Qualquer um que saiba de futebol e de aposta entenderia que Bruno Henrique forçaria esse cartão", disse.

Por fim, Michel Assef Filho repetiu que Bruno Henrique nem deveria ter sido julgado. No entanto, como o processo foi ao mérito da questão, o resultado correto seria a absolvição do jogador. E é por isso que o Flamengo vai batalhar no recurso do caso.

"O Flamengo entende que ele deveria ser absolvido. Primeiramente, o processo nem deveria ter existido por conta da prescrição e, quando pena, uma aplicação da pena no artigo 191, inciso 3º", finalizou o advogado do Flamengo.

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