AFA e River Plate rejeitam medida de Milei que aumenta impostos sobre clubes | OneFootball

A Associação Argentina de Futebol (AFA) e o River Plate expressaram sua rejeição à medida do governo argentino que aumenta os impostos sobre clubes de futebol, que o clube descreveu como “confiscatória” na noite desta terça-feira.

O governo do presidente Javier Milei decretou na segunda-feira um aumento nas contribuições sociais exigidas pelos clubes de futebol, que até então estavam sob um regime especial.

O River Plate afirmou que a medida “é confiscatória” e que “longe de constituir um benefício, como se alega erroneamente (…), ameaça reverter o impacto econômico direto e positivo das ações do clube”.

Em comunicado publicado em seu site oficial, a organização destacou seu trabalho social e educacional e observou que a instituição “gera genuínas receitas em divisas para o país”.

O Ministro da Desregulamentação, Federico Sturzenegger, defendeu o decreto em sua conta X, apontando que os clubes pagavam menos contribuições do que o exigido pelo sistema geral.

O funcionário afirmou que os clubes pagavam alíquotas de 7,5% e que, após o decreto, pagarão 13% mais 5,56% adicionais por um ano para “recuperar o déficit incorrido durante esse período”.

Impostos: posição da AFA

Após a medida, a AFA divulgou um comunicado em seu site oficial intitulado “Mentiras estão na ordem do dia. A única verdade é a realidade”, no qual considerou o decreto “mais uma forma de prejudicar as instituições”.

“A única coisa em que o governo está interessado é pressionar os clubes (sufocando-os) a permitir que constituam SADs (Sociedades Esportivas), o que nada mais é do que permitir a entrada de dinheiro especulativo para fazer negócios com nossos clubes e jogadores formados em nossas categorias de base”, afirmou a organização.

Na Argentina, os times que competem no futebol profissional são associações civis sem fins lucrativos, controladas por membros, que pagam uma mensalidade e têm direitos políticos.

Desde que assumiu a presidência em dezembro de 2023, Milei propôs a incorporação das SADs ao futebol argentino, o que gerou resistência da maioria das instituições.