Amistoso entre Nova Zelândia e Catar é interrompido por acusação de racismo | OneFootball

Em meio à data Fifa, o amistoso entre Nova Zelândia e Catar, nesta segunda-feira (19), terminou no intervalo. Com placar parcial de 1 a 0 para a seleção da Oceania, o jogo — disputado na Áustria — chegou ao fim, depois do primeiro tempo, por conta de uma acusação de racismo.

O defensor Michael Boxall alegou ter recebido insulto racista de um jogador do Catar, comandado pelo português Carlos Queiroz. Nas redes sociais, a federação de futebol da Nova Zelândia emitiu comunicado e deu mais detalhes da situação.

“Michael Boxall foi racialmente ofendido durante o primeiro tempo do nosso jogo de hoje, por um jogador do Catar. Nenhuma ação oficial foi tomada, então o time concordou em não voltar para a disputa do segundo tempo da partida”, afirmou a nota.

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O técnico Carlos Queiroz demonstrou surpresa com a decisão e pediu uma investigação “das autoridades futebolísticas”.

“No intervalo, surpreendentemente, o capitão da Nova Zelândia veio até nós e afirmou que os jogadores haviam decidido não voltar para a partida. Os fatos são os seguintes: aparentemente, dois jogadores no campo discutiram. Que começou (a discussão), fica entre eles. Os jogadores da Nova Zelândia decidiram apoiar o companheiro deles, obviamente, assim como nós decidimos apoiar o nosso. As comissões técnicas (respectivamente), também”, afirmou o português.

“Eles decidiram abandonar o jogo, sem testemunhas (do que aconteceu), o juiz não ouviu o que aconteceu. Ninguém ouviu. Foi apenas uma discussão entre dois jogadores. Acho que esse será um novo capítulo no futebol, algo que ninguém pode entender. Vamos deixar as autoridades futebolísticas decidirem o que acontece com esse amistoso. Acho que esse caso Fifa vai estar sob observação da Fifa, com certeza. Perguntei a todos e ninguém ouviu nada. O fato é que tínhamos um amistoso e eles abandonaram (o jogo)”, completou o comandante.

Caso semelhante acontece em Irlanda sub-21 x Kuwait sub-21

Também nesta segunda-feira, a partida entre Irlanda e Kuwait, pelo sub-21, chegou a um fim precoce por conta de acusação de racismo. O amistoso — disputado na Eslovênia — terminou aos 25 minutos do segundo tempo.

“A Associação de Futebol da Irlanda lamenta informar que nossa partida contra o Kuwait chegou ao fim depois que um insulto racista foi feito por um jogador do Kuwait a um de nossos reservas”, afirmou a federação local, em nota.

“A Associação de Futebol da Irlanda não tolera nenhum tipo de racismo contra nossos jogadores e/ou funcionários e vai reportar este importante tema a Fifa e a Uefa”, completou o comunicado, feito pelas redes sociais.

Também por meio da internet, a federação do Kuwait negou a história e afirmou que o árbitro encerrou o embate de maneira precoce para “proteger os jogadores de possíveis lesões”.

“Nós confirmamos que as notícias que circulam são falsas, e a federação categoricamente rejeita tais acusações — especialmente considerando que a partida não chegou ao fim por conta da excessiva tensão entre os jogadores”, diz trecho da nota.