Gazeta Esportiva.com
·07 de julho de 2024
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Por Iúri Medeiros
A Seleção Brasileira se despediu da Copa América na última terça-feira, contra o Uruguai. A eliminação precoce no torneio continental foi apenas fruto do péssimo futebol apresentado pela equipe comandada por Dorival Júnior.
O Brasil, em diferentes cenários encontrados, não conseguiu encontrar soluções coletivas ao longo da Copa América. Contra Colômbia e Uruguai, seleções bem treinadas e com mais capacidade técnica, ficou notório como a Seleção Brasileira está longe de apresentar um futebol condizente com sua história.
Para focar no duelo contra o Uruguai de Bielsa, o Brasil até competiu defensivamente, vencendo duelos, não cedendo espaços. Mas com a bola, em momentos que a Seleção poderia trabalhar melhor a posse, não se viu qualquer marca de jogo coletivo. Tabela, aproximação, troca de posição… Sobrou a bola longa, que pouco combina com o perfil de elenco que Dorival tem à disposição.
Durante 90 minutos, praticamente não houve criação por parte do Brasil, mesmo com a expulsão do lateral Nahitan Nández na segunda etapa. Isso chama atenção tendo em vista as peças ofensivas que a Seleção tinha à disposição, mesmo sem contar com Vini Jr., que cumpriu suspensão.
A eliminação nos pênaltis é dolorida, mas fato é que passou de fase quem cumpre melhor sua proposta de jogo e tem um trabalho mais consolidado. Se o Brasil avançasse à semifinal, não seria favorito contra a Colômbia. Em uma eventual decisão diante da Argentina, muito menos.
Dorival Jr. é bom técnico e possui pouco tempo de Seleção Brasileira. Direcionar todas as críticas a ele, ainda mais tendo em vista a série de decisões erradas que toma a CBF, não é justo.
Mas fato é que esperava-se muito mais da Seleção. Justamente pela qualidade já comprovada à nível nacional, imaginava-se um Dorival menos burocrático e mais capaz de achar soluções para um entediante Brasil.
Se a Copa América foi um “laboratório” para o restante do ano, é fundamental que a lição tenha sido aprendida por comissão técnica e jogadores. O Brasil precisa responder o quanto antes, ainda mais levando em consideração que a vaga para a Copa do Mundo via Eliminatórias, neste momento, não está assegurada.
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