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·29 de setembro de 2025
Análise Tática - Corinthians 1x2 Flamengo: do caos à vitória digna do líder do Brasileirão

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·29 de setembro de 2025
De uma atuação irreconhecível a uma demonstração de força e organização. O Flamengo, que venceu o Corinthians por 2 a 1, de virada, neste domingo (28), na Neo Química Arena, mostrou duas faces distintas, mas que, no fim, explicam por que o time de Filipe Luís é o líder isolado do Brasileirão.
A vitória, construída a partir de ajustes táticos precisos no intervalo, consolidou a equipe na ponta da tabela em uma rodada perfeita. Pressionado pelo desgaste do jogo da Libertadores contra o Estudiantes, Filipe Luís promoveu cinco mudanças na equipe titular.
A mais notável foi a escalação de Carrascal em uma função ofensiva pela direita. No entanto, o que se viu nos primeiros 45 minutos foi um Flamengo apático e taticamente desajustado.
O principal problema residia na incapacidade de pressionar a saída de bola do Corinthians. Com o volante Raniele recuando para se juntar aos zagueiros, o time da casa formava uma saída de três que quebrava com facilidade a primeira linha de marcação rubro-negra.
Sem conseguir roubar a bola no campo de ataque, o Flamengo era forçado a recuar e via o Corinthians explorar o espaço nas costas de seus defensores, principalmente pelo lado direito.
"Não controlamos a profundidade e foi o que eles exploraram com bola nas costas da nossa linha defensiva", admitiu o técnico Filipe Luís.
Essa falha estrutural sobrecarregou o sistema defensivo e permitiu que o Corinthians acumulasse chances. Foram 10 finalizações contra apenas uma do Flamengo nos primeiros 40 minutos. A ineficiência corintiana, simbolizada pelo pênalti perdido por Yuri Alberto (que cobrou de cavadinha e parou em uma defesa tranquila de Rossi), foi o que manteve o Mengão vivo na partida.
Com a bola, o time também não rendeu: Arrascaeta e Saúl, peças-chave na criação, estiveram desconectados e erraram passes cruciais.
A mudança de cenário começou a se desenhar nos minutos finais da primeira etapa, quando Filipe Luís ajustou o posicionamento de seu trio de ataque. Samuel Lino passou a flutuar mais por dentro, confundindo a marcação e abrindo corredores. A correção na pressão também começou a surtir efeito.
Mesmo com o gol de Yuri Alberto logo no início do segundo tempo, o Flamengo não se abateu. Pelo contrário, a equipe manteve a nova organização e impôs sua superioridade técnica. A pressão na saída de bola corintiana finalmente se encaixou, forçando erros e impedindo as ligações diretas que tanto incomodaram anteriormente.
Com a bola nos pés, o Flamengo passou a controlar o jogo. Carrascal e Arrascaeta, apagados na primeira etapa, chamaram a responsabilidade. As triangulações voltaram a funcionar, e a equipe transformou seu volume de jogo em gols. Aos 9 minutos, em uma jogada construída de pé em pé, Samuel Lino encontrou Carrascal, que serviu Arrascaeta para empatar.
A virada refletiu a maturidade e a eficiência do líder do campeonato. Aos 41 minutos, a jogada se repetiu com outros protagonistas. Plata acionou Carrascal, o destaque da partida, que encontrou Luiz Araújo finalizando de primeira para decretar a vitória. Os números comprovam a mudança de postura: no segundo tempo, o Flamengo finalizou sete vezes, contra apenas três do Corinthians.
A vitória em São Paulo, somada às derrotas dos concorrentes diretos, Cruzeiro e Palmeiras, deixa o Flamengo com 54 pontos e uma folga confortável na liderança. O próximo desafio, contra o vice-líder Cruzeiro, na quinta-feira (2), no Maracanã, ganha contornos de uma decisão antecipada, na qual o time de Filipe Luís terá a chance de provar, mais uma vez, a força de um elenco que sabe sofrer, corrigir e vencer.
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