Análise tática – Flamengo 3x1 Chelsea: DNA rubro-negro coloca os ingleses na roda novamente | OneFootball

Análise tática – Flamengo 3x1 Chelsea: DNA rubro-negro coloca os ingleses na roda novamente | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: MundoBola Flamengo

MundoBola Flamengo

·21 de junho de 2025

Análise tática – Flamengo 3x1 Chelsea: DNA rubro-negro coloca os ingleses na roda novamente

Imagem do artigo:Análise tática – Flamengo 3x1 Chelsea: DNA rubro-negro coloca os ingleses na roda novamente

Em uma tarde que entrou para a história, o time de Filipe Luís não apenas venceu, mas impôs sua filosofia do primeiro ao último minuto, mostrando que a organização tática, talento e ofensividade podem, sim, superar o poderio financeiro.

Quando um time sul-americano enfrenta um gigante europeu, a cartilha do futebol muitas vezes sugere cautela, linhas baixas e a aposta em um contra-ataque esporádico.


Vídeos OneFootball


O Flamengo de Filipe Luís rasgou essa cartilha na Filadélfia. A vitória por 3 a 1 sobre o Chelsea foi muito mais do que um placar; foi a materialização de uma ideia, a prova de que a convicção em um plano de jogo ofensivo e corajoso é a arma mais poderosa da sua equipe.

O Mengão não se amedrontou, não perdeu a concentração. Pelo contrário, chamou a responsabilidade e sufocou um dos clubes mais poderosos do mundo com uma autoridade impressionante.

Pressão alta e resiliência

Desde o início, o plano rubro-negro era claro: morder a saída de bola adversária. Com uma linha de pressão avançada, por vezes com seis jogadores no campo do Chelsea, o Flamengo transformou o início das jogadas dos ingleses em um pesadelo. A intenção não era apenas dificultar, mas sim roubar a bola em uma zona de alto risco para o adversário, permitindo ataques rápidos e letais.

Nem mesmo o gol sofrido, fruto de uma falha individual de Wesley que permitiu a arrancada de Pedro Neto, foi capaz de abalar o plano. E este, talvez, seja o maior mérito desta equipe. Em vez de recuar e se reorganizar em um modelo mais reativo, o Flamengo absorveu o golpe com uma frieza de veterano e dobrou a aposta em sua estratégia.

O time entendeu que o gol sofrido foi um acidente de percurso, não uma falha do sistema. Os números do primeiro tempo, com maior posse de bola e mais finalizações (6 a 4), já indicavam que o placar parcial era um mentiroso.

Justiça foi feita na etapa final

Com um início de segundo tempo um pouco preocupante, Filipe Luís logo percebeu que precisava de mais intensidade para marcar a saída de bola, além de um nome que seja destaque em momentos decisivos. Eis que surge a figura de Bruno Henrique.

Com a entrada do lendário camisa 27, as chances claras começaram a aparecer. E o gol de empate de Bruno Henrique, surgindo na segunda trave, não foi um lance de sorte, mas o resultado natural de um time que ocupava a área adversária com volume e autoridade.

A virada, três minutos depois, com o gol de Danilo, foi o nocaute. O Chelsea, que já estava nas cordas, desabou. A partir dali, o que se viu foi um Flamengo controlando o ritmo, criando mais oportunidades e um adversário perdido, que só conseguiu uma única finalização perigosa em toda a etapa final.

A expulsão de Nicolas Jackson foi apenas um detalhe que sacramentou a superioridade numérica e tática do Mais Querido, que ainda ampliou com o Cria do Ninho, Wallace Yan, com um gol que exalou o DNA rubro-negro, trocando passes, fazendo jogo associativo, ofensivo e definido por uma prata da casa.

A vitória do Flamengo se explica por uma combinação de fatores onde a tática e a mentalidade andaram de mãos dadas. A superioridade física, que fez o time europeu "arriar o pneu", foi potencializada por uma inteligência tática que fez o time correr certo, pressionar nos espaços corretos e, acima de tudo, nunca duvidar do caminho traçado por Filipe Luís.

Saiba mais sobre o veículo