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·20 de outubro de 2025
Análise tática - Flamengo 3x2 Palmeiras: eficácia de quem quer ser campeão

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·20 de outubro de 2025
O jogo de domingo (19) no Maracanã provou que existe, sim, final em campeonato de pontos corridos. O Flamengo recebeu o Palmeiras ciente de que só a vitória o manteria vivo na disputa pelo Brasileirão. Mais do que ciente, o time jogou com a "fome" que a ocasião pedia e, principalmente, com uma eficácia letal que vinha faltando em outros momentos da temporada.
O placar de 3 a 2 foi construído quase inteiramente no primeiro tempo e deu o tom da partida: o Flamengo venceu por ser cirúrgico. Os dois gols de vantagem no fim da primeira etapa foram méritos da eficácia da equipe com as chances que teve, em meio a intensidade do Palmeiras.
Foi neste cenário adverso que a precisão rubro-negra fez a diferença pela primeira vez. Aos 10 minutos, com dificuldade para sair jogando, o time achou um desafogo crucial na ligação direta.
Rossi cobrou falta do campo de defesa diretamente para Pedro. O Camisa 9 dominou no círculo central, girou de forma espetacular sobre Fuchs e encontrou um passe em profundidade para Arrascaeta, que invadiu a área e abriu o placar na primeira oportunidade clara do time.
Apesar do gol, o Palmeiras manteve a postura. E, em um lance que expôs uma rara falta de comunicação da equipe de Filipe Luís, o time sofreu o gol enquanto estava com um jogador a menos, durante a substituição de Ortiz.
No entanto, um time que quer ser campeão precisa saber reagir a golpes. E o Flamengo reagiu com uma letalidade impressionante na reta final do primeiro tempo. Aos 37 minutos, Pedro foi derrubado por Fuchs na área. Pênalti. Jorginho, cobrador oficial, assumiu a responsabilidade bateu com categoria para recolocar o Flamengo na frente.
Apenas quatro minutos depois, o golpe que definiu o jogo. Aníbal Moreno falhou na saída de bola, Pedro interceptou, tocou para Arrascaeta e se posicionou para receber de volta, marcando o terceiro. Três chances claras, três gols. Eficácia pura.
Com a vantagem construída, o segundo tempo foi mais equilibrado. O Flamengo soube gerenciar o jogo, embora tenha tomado um susto logo aos seis minutos, quando Vitor Roque acertou a trave de Rossi.
As entradas de Saúl, Carrascal e Plata deram o fôlego necessário para a equipe manter a compactação defensiva sem abdicar de atacar. Carrascal, em especial, movimentou o lado esquerdo e quase marcou no fim.
O Palmeiras só conseguiu descontar aos 48 minutos da etapa final, com Gustavo Gómez, tarde demais para uma reação.
Se a vitória sobre o Botafogo foi marcada pelo controle total, o triunfo sobre o Palmeiras mostrou outra virtude essencial: a capacidade de vencer sem ser dominante, mas sendo extremamente efetivo. O Flamengo, que vinha sendo criticado por desperdiçar muitas chances em jogos anteriores, ajustou a pontaria no momento mais decisivo.
Com a vitória, o Rubro-Negro iguala o Palmeiras com 61 pontos (embora fique atrás pelo número de vitórias), envia um recado claro aos adversários e ganha uma injeção de confiança fundamental para o próximo desafio, contra o Racing, na quarta-feira (22), pelo primeiro jogo da semifinal da Libertadores.