Análise: Vasco soube sofrer para vencer e lição precisa ser assimilada por Fernando Diniz | OneFootball

Análise: Vasco soube sofrer para vencer e lição precisa ser assimilada por Fernando Diniz | OneFootball

Icon: Jogada10

Jogada10

·25 de setembro de 2021

Análise: Vasco soube sofrer para vencer e lição precisa ser assimilada por Fernando Diniz

Imagem do artigo:Análise: Vasco soube sofrer para vencer e lição precisa ser assimilada por Fernando Diniz

A vitória sobre o Brusque, a primeira do Vasco sob o comando de Fernando Diniz, pode ter deixado lições imporantes para o treinador. Após ceder o empate nos minutos finais diante do CRB e Cruzeiro, a equipe mostrou garra e determinação para vencer com um jogador a menos, superando o adversário, o gramado, suas próprias fraquezas e acima de tudo os seus fantasmas.


Vídeos OneFootball


Quando a bola rolou, o favoritismo do Vasco foi por água abaixo, literalmente, já que o campo, encharcado pela chuva, impossibilitou o time a colocar a bola no chão e a implementar o estilo de jogo pregado por Diniz. Com isso o Cruz-Maltino foi inoperante ofensivamente, dando ao Brusque a possibilidade de ser mais perigoso desde o primeiro minuto.

Imagem do artigo:Análise: Vasco soube sofrer para vencer e lição precisa ser assimilada por Fernando Diniz

Nenê comemora o gol da vitória ao lado de Germán Cano. Ambos foram os únicos que marcaram sob o comando do Diniz (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Não à toa, o Brusque abriu o placar logo aos 5 minutos, mas o gol foi anulado por impedimento com o auxílio do VAR. A tecnologia, nos minutos finais do primeiro tempo, seria a responsável por desequilibrar o jogo por completo, após induzir o árbitro a expulsar Léo Matos, que acertou o adversário com o cotovelo ao tentar cabecear a bola em lance ofensivo.

Mesmo com um jogador a menos, Fernando Diniz manteve as suas convicções no Vasco. O treinador deslocou Morato para a lateral-direita, mesmo o jogador sendo canhoto e não tendo nenhuma intimidade com a posição. Essa decisão foi um convite ao Brusque, que atacou sem piedade, principalmente pelo setor do atacante improvisado. Por pouco o gol não saiu.

Após o susto, finalmente Fernando Diniz abriu mão dos seus conceitos e entendeu que se defender era necessário. Tirou Morato e colocou Walber, que fez dupla de zaga com Castan. Ricardo Graça foi para a lateral-esquerda e Zeca caiu pela direita. Foi justamente dele o cruzamento primoroso para Nenê marcar um golaço, de primeira, de canhota, colocando o Vasco na frente do placar.

A vantagem no marcador indicou que defender era a única possibilidade de vitória, já que dificilmente o Vasco criaria novas oportunidades de ampliar o placar. A partir de então o que se viu foi um time aguerrido, buscando a todo momento tirar as bolas que eram alçadas na área. O Brusque basicamente atacou dessa forma, não apenas por falta de repertório ofensivo, mas também porque o Cruz-Maltino tem deficiências claras neste tipo de jogada.

A pressão insuportável foi contida, tanto por Vanderlei, quanto pelos jogadores de linha, mas também pela sorte, que acompanhou o Vasco em algumas finalizações que foram desviadas para fora ou até mesmo nos escorregões dos adversários na hora de chutar em gol. Sorte essa que talvez faltou ao time nas duas rodadas anteriores, quando sofreu o empate nos acréscimos das partidas.

O importante é que a vitória chegou, a primeira das 10 necessárias para conquistar o improvável acesso para a elite do futebol brasileiro. Além dos três pontos, o êxito jogando fora das convicções do Dinizismo, pode fazer o treinador refletir e aprimorar o que já deu certo nas rodadas anteriores. É claro que o Vasco precisa jogar bem, mas antes de mais nada, precisa vencer de qualquer jeito, mesmo que isso custe abrir mão da própria identidade. Contra o Brusque, a equipe mostrou que sabe e está disposta a sofrer, e essa lição será fundamental para as próximas 12 rodadas.

Saiba mais sobre o veículo