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·10 de março de 2025

Analista indica revolução na saída de bola do Flamengo de Filipe Luís

Imagem do artigo:Analista indica revolução na saída de bola do Flamengo de Filipe Luís

Filipe Luís já falou sobre a saída de bola do Flamengo, enaltecendo a participação de seus zagueiros. Para o técnico, talvez não tenha existido, no Brasil, uma saída de bola em nível tão alto antes.

Com o técnico orgulhoso do trabalho de seus jogadores, além do próprio, o analista tático Victor Nicolau, do canal Falso 9, trouxe uma análise tática sobre essa saída de bola.


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No título do vídeo, o analista chega a se referir a saída de bola do Flamengo como revolucionária, explicando alguns conceitos.

"O Flamengo tem um eixo central de saída de bola. Quatro jogadores, dois zagueiros e dois volantes. Os volantes jogam bem alinhados. Nesse lance, o goleiro fica com a bola no pé para gerar a vantagem do homem livre. O atacante do Vasco tem que vir até ele, se não ele fica até amanhã com a bola. Encontra espaços para quebrar linhas e o Flamengo progride", ilustra.

Com imagens, ele explica alguns fundamentos, contando com a participação de Rossi.

"O Danilo recua para o Rossi Quando ele faz menção de voltar para pegar a bola, o Ortiz recua para puxar o encaixe individual e abrir uma linha de passe para o lateral. Esses laterais podem estar mais baixos ou altos no campo", comenta.

O arqueiro, inclusive, é crucial para que a saída de bola funcione corretamente, gerando superioridade numérica e abrindo espaço nas costas de quem se arrisca a apertar o goleiro.

"O goleiro tem papel fundamental, e aqui a gente vê uma marcação zonal alta. O Botafogo iguala atacantes ao número de zagueiros, e o goleiro é convidado a participar. Os atacantes não podem avançar para tentar fechar o destino desse passe. Os volantes do Flamengo começam a se movimentar o tempo inteiro", explica.

Gatilhos e variações da saída de bola de Filipe Luís

Além dosa conceitos básicos de uma boa saída de bola, a equipe também mostra que consegue se sair bem nas adversidades.

Isso porque o trio de ataque do Fluminense, por exemplo, tem disposição para balançar junto com a defesa flamenguista, se preocupando em fechar as linhas de passe e sem abrir espaços.

"Contra o Fluminense, foi mais complexo. Canobbio, Arias e Cano se doam muito mais. Isso exigiu que o Flamengo gastasse todo esse playbook. Central muito marcado por Cano e Canobbio. Na hora que o Flamengo voltava para o goleiro para balançar para o outro lado, eles faziam a mesma coisa, fechando as linhas de passe", lembra.

Mesmo assim, o time de Filipe Luís conseguiu variar, encontrando outros espaços para sair jogando.

"Não quer dizer que o Flamengo não construiu, até porque quando se tem essa marcação, você pode criar novos espaços. O Flamengo se adaptou a isso, com uma saída de bola de três, com o volante no meio dos zagueiros. O Canobbio fica sem referência, e o Pulgar acha passe nas costas dele", detalha.

Victor cita ainda gatilhos que facilitam a saída de bola rubro-negra.

"Passes para trás, atraindo os gatilhos de pressão. É quando o adversário tem a regra de ação de correr para frente a cada passe para trás. O Flamengo começa a dar passes para trás. Danilo e Ortiz correm para abrir a linha de passe, e o time passa a ter superioridade naquele setor. Rapidamente, encontra o entrelinhas. A ideia é fazer com que o time adversário vire como se fosse uma sanfona. Movimentar as linhas, dando passe para trás, é mais importante, até, do que o passe para frente", finaliza. Confira a análise completa abaixo.

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