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·01 de janeiro de 2021
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A coluna Papo Azteca desta semana traz a história de Antonio Villalón. O ex meio campo mexicano que ficou conhecido por atuar sem um braço. Entretanto, apesar desta condição resultado de um erro médico, “El Mochito” superou as dificuldades que enfrentou e conseguiu ser titular na maior parte de sua carreira.
Apesar da grande identificação com o Morelia, e todo o tempo que passou vestindo a camisa vermelha e amarela, jogou também pelo Torreón, retornando após para o seu clube do coração.
Antonio nasceu em Michoacán em 16 de maio de 1940, e ainda dava seus primeiros passos no futebol quando enfrentou o pior momento de sua ainda curta carreira. Aos 17 anos, realizou um jogo contra a seleção do município de Pátzcuaro. Neste, um jogador adversário conhecido como La Zanca o derrubou, e na queda fraturou o punho. Assim, teve seu braço engessado, porém de forma muito apertada. Então, uma gangrena se espalhou pelo membro.
Villalón procurou o médico de um time americano, que fez de tudo para salvar seu braço, porém não foi possível. Assim, a amputação foi feita. Entretanto, o médico lhe deu um conselho, que Antonio diz ter salvado sua carreira. “O médico me aconselhou e me disse que se eu gostava de futebol deveria continuar praticando, que nada estava acontecendo, que eu iria superar aquela adversidade e bendito Deus acho que não devia nada como jogador de futebol, acho que cumpri tudo que me propus a fazer. Assim fiz, e tive ótimos colegas e amigos que deixaram uma página linda no futebol mexicano e da qual me sinto parte deles ”, disse El Mochito.
Antonio insistiu em seu objetivo e, dois anos após o incidente, José María Martín o contratou para o Morelia. O espanhol, ex jogador do Real Madrid, viu potencial em El Mochito e resolveu lhe dar uma chance. Assim, o encontro ocorreu quando Villalón se preparava para uma partida da segunda divisão, e o treinador o convidou.
Assim, Antonio se juntou ao elenco para enfrentar o América. Sua presença causava espanto em todos, por ter apenas um dos braços. Porém, segundo o mesmo, “fui em frente, tudo pra mim foi puro trabalho e superação das adversidades”. Foram nove anos seguidos defendendo os Monarcas, até que saísse para jogar no Torreón. Sobre sua passagem pelo clube de Coahuila, Villalón declarou: “Tive a sorte de ir para Torreón jogar quatro anos lá, depois eram os White Devils, não era o Santos. Eles tinham a primeira divisão e acabavam de ser promovidos”.
Foram quatro anos com a camisa dos Diabos Blancos. No entanto, voltou ao Morelia, onde atuou por apenas mais uma temporada até se aposentar aos 35 anos, em 1975. Em sua carreira, trabalhou com 20 treinadores, e foi titular sob o comando de todos eles.
Após encerrar sua carreira, Antonio recebeu uma homenagem de funcionários e professores da Universidad Michoacana, quando esta inaugurou seu torneio interno de futebol. Ademais, Villalón participa de programas esportivos em algumas ocasiões, e costuma aparecer sempre com a camisa de seu amado Morelia, o qual defende até mesmo depois de abandonar os gramados.
Foto Destaque: Reprodução/Twitter Morelia Leyendas Fut