Aos 73 anos, Dick Advocaat aceita o desafio de treinar o Iraque em busca da Copa de 2022 | OneFootball

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·31 de julho de 2021

Aos 73 anos, Dick Advocaat aceita o desafio de treinar o Iraque em busca da Copa de 2022

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Dick Advocaat possui um currículo respeitabilíssimo como treinador. Por clubes, o comandante foi campeão à frente de PSV, Rangers e Zenit. Já por seleções, ele trabalhou em duas Copas do Mundo e duas Eurocopas. As quartas de final no Mundial de 1994 e as semifinais na Euro 2004 foram as campanhas mais marcantes, dirigindo Holanda / Países Baixos, mas ele também levou Coreia do Sul e Rússia às grandes competições. Agora, sua missão será mais árdua: Advocaat foi anunciado como o novo técnico do Iraque, às vésperas do início da fase final nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.

Advocaat não consta mais na primeira prateleira de treinadores há algum tempo. Sua última aparição numa competição internacional aconteceu na Euro 2012, quando comandava a Rússia. Desde então, sua carreira se concentrou basicamente por clubes da Eredivisie. Quando saiu de seu país, dirigiu Sunderland e Fenerbahçe sem grandes feitos. Além disso, Advocaat também teve uma brevíssima passagem pela Sérvia em 2014 e não conseguiu levar a Holanda à Copa de 2018, com o fracasso nas Eliminatórias marcando negativamente sua terceira estadia na equipe laranja.


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Durante as duas últimas temporadas, Advocaat treinou o Feyenoord. Não conseguiu registrar grandes desempenhos e deixou o cargo no último mês de maio. E mesmo aos 73 anos, quando ensaiava sua aposentadoria, ele aceitou a empreitada à frente do Iraque – superando a disputa com Carlos Queiroz pelo emprego. Será a sétima seleção distinta que dirigirá. Na Ásia, já tinha trabalhado na Coreia do Sul e também nos Emirados Árabes Unidos. A lista ainda inclui a Bélgica, além das já citadas Holanda, Rússia e Sérvia.

Presente nas últimas sete edições da Copa da Ásia e com vaga garantida à edição de 2023, o Iraque tenta retornar à Copa do Mundo pela primeira vez desde 1986. Os Leões da Mesopotâmia fizeram uma boa campanha na segunda fase das Eliminatórias e se classificaram por antecipação em sua chave, que também contava com o rival Irã. Os iraquianos compõem o mesmo hexagonal de Coreia do Sul, Irã, Líbano, Emirados Árabes Unidos e Síria na próxima fase do qualificatório ao Mundial. Apenas os dois primeiros terão vaga direta no Catar, enquanto o terceiro poderá disputar a repescagem.

Um ponto favorável ao Iraque é a permissão para mandar novamente os jogos pelas Eliminatórias em seu território, após anos em que os conflitos no país levaram a seleção para campos neutros. Em compensação, a desorganização da federação local é um empecilho. Srecko Katanec era o treinador até esse mês de julho, mas encerrou o trabalho de três anos por conta dos salários atrasados. Nada garante que Advocaat escapará de tal problema, embora o veterano pareça muito mais interessado na possibilidade de fazer história novamente do que no dinheiro que ganhará dos iraquianos.

Considerando as mais de três décadas fora da Copa e o próprio contexto do país neste século, a classificação do Iraque ao Mundial seria um feito enorme. E a porta parece estar aberta, especialmente considerando certo equilíbrio na fase final das Eliminatórias. Advocaat poderá adicionar mais uma façanha à sua trajetória, talvez maior do que qualquer outra vivida à frente das demais seleções que dirigiu. Certamente é uma motivação para que ele amplie um pouco mais a carreira, depois de já ter se tornado o técnico mais velho da história da Eredivisie.

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