Após empate, Seabra fala em chance para atletas se recuperarem; William defende Cabral e mostra confiança em recuperação | OneFootball

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Deus me Dibre

·12 de abril de 2024

Após empate, Seabra fala em chance para atletas se recuperarem; William defende Cabral e mostra confiança em recuperação

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Apesar de ter começado o jogo com uma vantagem de 3 a 0 em poucos minutos, uma performance fraca no segundo tempo levou o Cruzeiro a sofrer um doloroso empate. Os gols foram marcados por Lucas Romero, Zé Ivaldo e Matheus Pereira, enquanto Emerson Batalla e Figueroa empataram para o Alianza. Na entrevista coletiva, o técnico Fernando Seabra e o lateral William falaram sobre o empate com gosto de derrota, no Mineirão.

Seabra destacou que o Cruzeiro mostrou melhorias significativas em seu comportamento defensivo e na pressão durante o jogo, especialmente no início. No entanto, ele observou que o time começou a perder fôlego no final do primeiro tempo. Ele apontou que as dificuldades aumentaram quando o Alianza intensificou sua pressão. Segundo o técnico, o Cruzeiro ainda carece de “mecanismos claros” para lidar com as estratégias que o Alianza empregou na reta final da partida. Isso sugere que há aspectos táticos e de organização que precisam ser aprimorados para enfrentar situações semelhantes no futuro.


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“São dois tempos totalmente distintos. Esses atletas produziram um primeiro tempo muito bom. Para dois dias de trabalho conseguimos mudar muitos comportamentos defensivos, muitas recuperações no campo de ataque. O adversário buscou variações e conseguimos neutralizar parte delas. Construímos uma vantagem no placar, ter controle da bola e ter variações ofensivas e no final do primeiro tempo mostramos um sinal de queda.

No segundo tempo, a gente volta com certo domínio e o adversário ajustou algumas subidas de pressão principalmente entre os zagueiros e a gente teve dificuldade de dar sequência e fluir. Tivemos algumas chegadas na área, mas começamos a querer entrar com bolas longas com uma equipe com linha de cinco baixa e sofremos vários contra-ataques, que gerou desgaste. Estávamos muito expostos e com riscos de sofrer. Após o primeiro, o segundo em transições do adversário, fez com a gente antecipasse algumas trocas, a equipe voltou a ficar mais equilibrada, no final do jogo o adversário avançou os alas, forçar nossos zagueiros e laterais e criou algumas dificuldades e tivemos dificuldades com isso.”

O lateral William admitiu que o Cruzeiro não conseguiu lidar adequadamente com as circunstâncias do jogo e a pressão exercida pelo adversário. Ele sugeriu que talvez tenha havido algum impacto residual da partida anterior no domingo, mas enfatizou que a equipe tem se dedicado intensamente nos treinamentos. O lateral destacou a importância de não se deixar abater por esse resultado e ressaltou a confiança no potencial do time para apresentar um desempenho melhor no futuro.

“Subestimar o adversário nunca aconteceu. Nós estamos trabalhando todos os dias para não acontecer esse tipo de situação. O jogo estava na nossa mão, não soubemos lidar com o jogo, acabamos tomando um gol. O segundo gol acabou trazendo uma pressão maior, talvez pelo jogo que fizemos domingo, principalmente o primeiro tempo, uma grande partida, tudo que aconteceu ainda pode ter um pouco de resquício disso. Todos os jogadores estão trabalhando muito, foi um primeiro tempo muito bom, o principal é que não soubemos manter e caímos muito no segundo tempo. Agora é outra competição muito difícil que vai começar e pela qualidade que tem o elenco podemos fazer muito melhor.”

Seabra também respondeu sobre as vaias para Neris e, principalmente, o goleiro Rafael Cabral, acentuadas após a falha no segundo gol. O treinador enfatizou que outras falhas menos evidentes também serão abordadas e trabalhadas, e expressou confiança em todos os jogadores, buscando a recuperação de cada um. Seabra mencionou que está buscando consistência no desempenho da equipe para tomar decisões, e reconheceu que Rafael já teve momentos em que contribuiu positivamente para o Cruzeiro:

“A gente administra dentro da comissão técnica. O Cabral é muito maduro e ciente da falha que cometeu. Aquele momento acabou tendo um peso maior no jogo, mas tivemos muitas outras falhas em outros momentos que não sofremos a consequência. O Cabral nos ajudou e foi decisivo em muitos momentos. A gente entende que precisamos contar com todos, precisamos recuperar todos. Essa falha aconteceu, teve outras que vamos trabalhar em cima, que talvez não fique tão evidente para imprensa e torcida, mas a gente sabe que poderiam ter sido decisivas. Acredito muito na palavra consistência. Pra tomar qualquer atitude no sentido de decisões de meritocracia, a gente tem que pensar na consistência, no desempenho positivo ou negativo, colocar na balança e ser muito sóbrio e justo.

” (…) Nesse momento o calor do jogo influencia demais, a gente tem que principalmente municiar, orientar, incentivar e também cobrar. A gente vê no jogador um atleta consciente, altamente profissional e que tem boas práticas, boa mentalidade de trabalho. Entendo que o grupo consegue nesse momento dar sustentação ao guerreiro mais ferido, e existe uma confiança mútua e recíproca entre os jogadores. Pude perceber o quanto já existe de cumplicidade, então a perspectiva do que podemos construir é muito boa. Temos que aprender com nossos erros e acertos, e o grande desafio a partir daqui é mostrar evolução para que o próximo adversário não possa se aproveitar dessas situações.”

William destacou que Rafael teve uma temporada positiva em 2023 e enfatizou que a falha no jogo recente foi resultado de uma série de erros coletivos, não apenas do goleiro. Ele afirmou que a equipe está ciente disso e assume a responsabilidade pelos acontecimentos. O lateral salientou que, para a bola chegar até Cabral no lance em questão, outros jogadores também falharam anteriormente. William demonstrou confiança de que Rafael ainda contribuirá muito para o time no futuro.

Sobre as falhas, eu poderia falar inúmeras vezes que o Rafa acabou salvando a gente. Não tenho nada o que falar do Rafa. A posição de goleiro é complicada, uma “falhazinha” que acaba caindo tudo na cabeça dele. Nós todos sabemos da responsabilidade que é vestir a camisa do Cruzeiro. A falha não foi só do Rafa, o time inteiro falhou e sabemos disso e assumimos nossa responsabilidade. Não vamos culpar ninguém aqui, o Rafa é profissional, se dedica demais, vai nos ajudar muito ainda. Agora é ver onde a gente errou, todos falharam e vamos assumir a responsabilidade. Vai ser difícil, pressão, nosso grupo tem jogadores experientes que vão ajudar os mais jovens. Não está tudo errado, tem muita coisa boa não só hoje como no Mineiro também, é melhorar o que vemos falhando.”

Seabra explicou que a decisão de repetir a escalação do clássico visava permitir que os jogadores se recuperassem adequadamente. Ele ressaltou a importância de todos os jogadores se recuperarem como um grupo e de que todos mereciam a oportunidade de responder coletivamente. Além disso, destacou que era uma chance de reencontro com a torcida no Mineirão:

“A nossa ideia era permitir a esses jogadores que se recuperassem como grupo, porque acabaram de vir de uma perda de final dolorosa. Nesse momento, todos mereciam uma oportunidade de dar uma resposta como equipe independente do desempenho individual ou da torcida estar mais ou menos insatisfeita com um jogador. Era a oportunidade de encontrar novamente o Mineirão, sua torcida em uma competição que lutamos muito para conseguir a vaga ano passado. Esses jogadores terem a oportunidade de dar uma resposta porque querendo ou não, enfrentaram uma grande equipe no Mineiro, estavam vencendo de 3 a 2 na maior parte da disputa. Claro que existe a tristeza e aconteceram situações que permitiram ao adversário ser campeão, mas esses jogadores também vinham trabalhando em casa. Com um jogo em casa, acabei de chegar, meu copo está vazio. Tenho que avaliar e ser justo a partir do momento que começa minha interação. Agora corrigimos as situações táticas e coletivas, acertos individuais e vai avaliando o mérito individual. A medida que for necessário, as trocas vão acontecer quando forem necessárias.”

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