Calciopédia
·21 de novembro de 2023
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A goleada sobre a Macedônia do Norte, na penúltima rodada das Eliminatórias da Euro 2024, permitiu que a Itália fosse para o derradeiro jogo da qualificatória precisando apenas de empate no confronto direto contra a Ucrânia, nesta segunda, 20 de novembro, para garantir a sua vaga no torneio continental. Em Leverkusen, na Alemanha, os azzurri desperdiçaram muitas oportunidades e correram riscos, mas, no fim das contas, o 0 a 0 foi suficiente para a Nazionale, que poderá lutar pelo tricampeonato europeu.
Na segunda posição do Grupo C das eliminatórias, a Itália chegou à partida com os mesmos 13 pontos da Ucrânia e a vantagem no confronto direto, devido à vitória por 2 a 1 em San Siro. Portanto, aos auriazuis só a vitória interessava na BayArena, em Leverkusen – por conta da guerra com a Rússia, os ucranianos estão mandando seus jogos em campo neutro.
Para o jogo decisivo, Luciano Spalletti promoveu quatro alterações na equipe titular italiana. O técnico sacou Gatti, Darmian, Bonaventura e Berardi, que atuaram contra a Macedônia do Norte, e deu espaço a Buongiorno, Di Lorenzo, Frattesi e Zaniolo. A postura da Nazionale, porém, era a mesma: agressividade desde os primeiros minutos, na expectativa de resolver logo a parada, com jogadas pelas laterais e muitas peças penetrando a área adversária.
A Itália voltou a apresentar problemas para finalizar as jogadas (Getty)
Com menos de 10 minutos de bola rolando, Chiesa teve a primeira grande chance italiana. Após cobrança ensaiada de escanteio, o atacante, quase na pequena área, emendou um chute mascado e errou o alvo. Depois de não aproveitar a ocasião, a Itália viu o adversário crescer na partida – algo que seria a tônica do confronto. Mudryk dava muito trabalho para o lado direito do sistema defensivo dos visitantes, mas foi Sudakov que deu trabalho para Donnarumma: o meia do Shakhtar Donetsk soltou uma bomba e o goleiro precisou fazer grande defesa.
Logo depois, do outro lado, Barella também exigiu grande defesa de Trubin. O lance deu início a uma sequência de ataques perigosos da Itália, que retomava do controle da partida. Aos 30 minutos, Chiesa fez grande jogada e lançou Frattesi, que partiu em velocidade e ficou cara a cara com o goleiro. Entretanto, o artilheiro italiano nas eliminatórias, com três gols, finalizou em cima do adversário e desperdiçou ótima oportunidade.
O primeiro tempo chegou ao fim com a Itália melhor em campo e atacando mais, mas aproveitando muito mal os momentos ofensivos. Nesse sentido, Spalletti efetuou uma mudança no intervalo e lançou Scamacca no lugar de Raspadori, visando ter um homem de referência na área. O duelo, contudo, seguiu centrado nas individualidades de Mudryk e Chiesa.
Chiesa repetiu a dose: assim como contra a Macedônia do Norte, ante a Ucrânia foi o jogador mais ativo da Itália (Getty)
No meio da segunda etapa, a Itália sofreu dois sustos. O primeiro, em um lateral cruzado, que atravessou toda a área e encontrou Mudryk. O jogador do Chelsea só não marcou pois Donnarumma conseguiu se recuperar na jogada e tirar o espaço da finalização. Na outra, um bloqueio providencial impediu que os ucranianos arrematassem.
Com o passar do tempo, o panorama do jogo se consolidou: a Ucrânia tentava atiçar a Itália, que se defendia e trocava peças para não perder o fôlego; Cristante, Politano e Kean entraram nos postos de Jorginho, Zaniolo e Chiesa. Apesar da tensão, o único lance digno de nota ocorreu nos acréscimos, quando Mudryk buscou o contato com Cristante e caiu na área, pedindo pênalti – em lance que não teve revisão recomendada pelo VAR.
Certamente a Itália não teve a mais bela de suas atuações e voltou a apresentar problemas na conclusão das jogadas – só dois dos 17 arremates tiveram a direção do gol adversário. Entretanto, a atuação contava pouco dessa vez: o mais importante era se classificar e evitar que novos fantasmas assombrassem a Squadra Azzurra. A Nazionale poderá defender o título da Euro na Alemanha, mas a tarefa não será nada fácil. Spalletti terá muito trabalho até junho de 2024.
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