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·12 de setembro de 2025

Árbitro banido em Máfia do Apito contesta “leveza” em julgamento de Bruno Henrique e Paquetá

Imagem do artigo:Árbitro banido em Máfia do Apito contesta “leveza” em julgamento de Bruno Henrique e Paquetá

Banido do futebol no escândalo da Máfia do Apito em 2005, o ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho contestou decisões mais recentes do STJD em supostos casos de manipulação no futebol. Ele inclusive usou o caso recente de Bruno Henrique, atacante do Flamengo suspenso por 12 jogos em torneios nacionais, como exemplo na régua para julgamentos equivocados.

Bruno Henrique acabou condenado a 12 jogos por conduta antidesportiva em investigação ligada a apostas esportivas. O Flamengo, por sua vez, tenta reverter a punição com efeito suspensivo para tê-lo nos próximos compromissos.


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O tema, porém, voltou ao foco após Edílson contestar a decisão do STJD durante sua participação no podcast ‘Um assado para…’, de Duda Garbi, no Youtbube. O ex-árbitro traçou um comparativo de sua experiência com a punição ao camisa 27 da Gávea.

“Bruno Henrique pegou só 12 jogos? Por qual motivo? Por que nenhum jogo, então? Já que é para ser punido, que puna com criminal. Se pegou 12 aqui, tem que responder criminalmente. Se ele foi punido, é porque pecou, errou, ludibriou. Para mim, ele teria que ser banido. Banido”, opinou.

Caso pessoal e de Lucas Paquetá

Edílson também mencionou o meio-campista Lucas Paquetá, absolvido pela federação inglesa após suspeitas semelhantes, em sua análise. O ex-árbitro disse ter assistido a partidas do atleta e enxergado indícios escancarados de conduta irregular.

“Eu vi os jogos, com ele forçando o cartão, e o juiz não dava. Dando pontapé a todo lado. Os dois têm que ser banidos. Porque vão continuar. Eu fui banido, naquela sexta-feira lá em casa, chegou a Polícia Federal, eu já sabia que tinha acabado minha carreira”, completou.

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Situação de Bruno Henrique

O camisa 27 esteve acusado de antecipar a familiares sobre a advertência que receberia contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro. Acontece que o atleta tinha uma espécie de acordo com o clube para receber o terceiro amarelo naquela partida, porém ele teria revelado sobre o caso ao irmão.

Após votação, o STJD determinou a suspensão de 12 jogos em torneios da CBF ao atacante — apesar da possibilidade de internacionalização da pena junto à Fifa. Se confirmada, a sanção poderá atingir sua participação na Libertadores. O Rubro-Negro, por sua vez, segue à espera de uma liberação do atacante.

O escândalo da Máfia do Apito

O caso que envolve Edílson Pereira de Carvalho marcou o futebol nacional há duas décadas. A revista Veja revelou o esquema em setembro de 2005, mostrando que árbitros manipulavam resultados do Brasileirão a serviço de apostadores.

O escândalo levou à anulação de 11 partidas e mudou o rumo da competição, vencida pelo Corinthians com três pontos de vantagem sobre o Internacional. O que correspondia às partidas apitadas pelo ex-árbitro.

Na época, Edílson, então árbitro da Fifa, acabou detido junto ao empresário Nagib Fayad, conhecido como “Gibão”. O processo penal, no entanto, foi arquivado porque não havia previsão legal para punir a manipulação esportiva. Mas provocou mudanças legislativas.

Em 2010, o Estatuto do Torcedor passou a incluir o artigo 41-C, que tipifica manipulação de resultados como crime, com pena de dois a seis anos de reclusão. O episódio segue como marco na luta pela integridade esportiva.

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