Revista Colorada
·15 de dezembro de 2025
As maiores decepções do Inter em 2025

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A temporada de 2025 do Internacional terminou com sentimentos completamente distintos. De um lado, a conquista do Campeonato Gaúcho encerrou um jejum estadual e devolveu um pouco de confiança ao torcedor. Do outro, eliminações precoces na Libertadores e na Copa do Brasil, além de um 16º lugar no Brasileirão, com luta direta contra o rebaixamento até as rodadas finais, expuseram fragilidades profundas no elenco. Dentro desse cenário, alguns jogadores corresponderam, enquanto outros ficaram muito longe do que se esperava. E, entre eles, um nome se destaca como a maior decepção da temporada colorada: Rafael Borré.
A contratação do atacante colombiano gerou enorme expectativa. Com passagem por futebol europeu, status de jogador de Seleção e salário entre os mais altos do elenco, Borré chegou ao Beira-Rio com a missão clara de ser o homem-gol, a referência ofensiva de um time que buscava competir em alto nível nas principais competições. No entanto, o que se viu ao longo de 2025 foi um rendimento muito abaixo desse investimento.
Os números ajudam a ilustrar o problema. Borré terminou a temporada com apenas 8 gols marcados, mesmo número de Johan Carbonero, que teve papel bem mais secundário no elenco. Para efeito de comparação, Alan Patrick foi o artilheiro do Inter no ano com 21 gols, atuando como meia-atacante e, muitas vezes, tendo que assumir responsabilidades que deveriam ser do camisa 9. Vitinho, outro atacante, fechou o ano com 11 gols, superando Borré em impacto ofensivo.
Mais do que os gols, chamou atenção a falta de protagonismo nos momentos decisivos. Nas eliminações da Libertadores e da Copa do Brasil, o colombiano pouco apareceu, não foi decisivo e tampouco conseguiu ser a referência técnica que se esperava. No Brasileirão, em uma campanha marcada por instabilidade e pressão extrema, Borré passou longe de ser o jogador capaz de decidir jogos grandes ou liderar uma reação em campo.
Enquanto isso, outros atletas, mesmo com limitações, entregaram mais regularidade. Braian Aguirre, por exemplo, foi o jogador que mais atuou na temporada, com 54 partidas, mostrando comprometimento físico. Vitão e Bernabei também mantiveram constância, estando entre os atletas com mais jogos no ano. Alan Patrick, além dos gols, foi o cérebro da equipe, assumindo o protagonismo técnico em praticamente todos os momentos.
Por tudo isso, a frustração com Borré não é apenas estatística, mas simbólica. Ele representa um investimento alto em um ano de dificuldades financeiras e esportivas, sem retorno proporcional dentro de campo. Não por acaso, o próprio presidente Alessandro Barcellos admitiu que, em caso de rebaixamento, o clube não teria condições de mantê-lo — e só a permanência na Série A abriu margem para renegociar valores.
Assim, em um ano de extremos para o Internacional, Rafael Borré termina 2025 como a maior decepção individual do elenco, não pela falta de talento, mas por não ter conseguido transformar expectativa em desempenho quando o Inter mais precisou.









































