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·08 de maio de 2020
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Sir Alex Ferguson é um dos maiores técnicos da história do futebol. Há sete anos, no dia 8 de maio de 2013, o escocês, amplamente reconhecido pelos títulos conquistados, anunciou sua aposentadoria após longos 27 anos em Old Trafford. Hoje aqui na PL Brasil, esqueceremos as grandes vitórias e incontáveis títulos do treinador e relembraremos as maiores derrotas de Alex Ferguson no comando do Manchester United, clube no qual escreveu brilhante história.
23 de outubro de 2011. Old Trafford. 9ª rodada da Premier League 2011/2012. 6 a 1 para os rivais da cidade. Possivelmente a derrota mais impactante da história do Manchester United. Após a partida, Alex Ferguson afirmou que foi o pior revés da sua carreira.
Apesar dos Diabos Vermelhos possuírem melhor retrospecto no clássico, as maiores goleadas pertencem aos Citizens. 6 a 1 em 2011 e outro 6 a 1 em 1926.
Os visitantes contavam com nomes como Mario Balotelli, Yaya Touré, James Milner e Edin Dzeko. Pode-se dizer que o maior destaque da partida foi Balotelli. O italiano marcou duas vezes, foi protagonista na expulsão de Evans e ainda eternizou o “Why always me?”, em português “Por que sempre eu?”. O questionamento referia-se a uma possível perseguição da imprensa com o então camisa 45 do City.
Mesmo que a expulsão de Evans tenha sido no início da segunda etapa, quando a partida ainda estava 1 a 0 para os visitantes, o resultado é histórico. O Manchester City era melhor e obviamente foi melhor durante toda a partida. O jogo mostrava uma tendência para os anos seguintes.
Balotelli marcou os dois primeiros: aos 22 do primeiro tempo e aos 15 da segunda etapa. Aos 24 da etapa final, Kun Agüero marcou o terceiro. Fletcher descontou aos 35. E a humilhação ainda não era tão grande. Os golpes definitivos vieram aos 44, 45 e 48 da etapa final, com gols de Dzeko, David Silva e Dzeko novamente, respectivamente.
Rooney, Nani, Welbeck e companhia pouco fizeram naquele domingo que viveram um pesadelo no Teatro dos Sonhos.
O Manchester United foi derrotado por um dos melhores times da história do futebol. O 3 a 1 protagonizado por Lionel Messi e companhia em Wembley ficou barato para os comandados de Alex Ferguson na final da Champions League da temporada 2010/2011.
Essa derrota figura nesta lista justamente pelo nível de jogo imposto pelo Barcelona. Mesmo que tenha marcado uma vez, os Red Devils foram amplamente dominados pelo time catalão apesar de um bom início no duelo.
Era o auge da era Guardiola no Barcelona. Messi, Iniesta, Xavi, Busquets e companhia jogando em plena harmonia. Bater de frente com essa equipe não era pequeno feito.
Messi teve grande atuação e mesmo que o ótimo Park tenha tentado te marcar durante boa parte do confronto, o argentino atormentou a defesa do United. Aos 26, veio a abertura de placar com Pedro, após assistência de Xavi.
O cara do United era Wayne Rooney, que teve uma magnífica temporada de 2010/2011. O gol dos Diabos Vermelhos só podia ser dele. Com muita personalidade, recebeu de Giggs aos 34 e empatou a partida.
Na sua despedida como profissional, Edwin van der Sar trabalhou bastante. Mas não teve como defender as finalizações de Messi e David Villa que pararam no fundo da rede. O camisa 10 marcou para o 2 a 1 aos 8 da etapa final, enquanto o atacante espanhol aos 23 decretou o título europeu do Barcelona.
No maior clássico da Inglaterra, os Reds aprontaram para cima do Manchester United tricampeão inglês na temporada 2008/2009. Comandado por Fernando Torres e Steven Gerrard, o Liverpool goleou em Old Trafford time que fez história na Premier League.
O 4 a 1 ocorreu no dia 14 de março de 2009, em jogo válido pela 29ª rodada da Premier League, e quebrou uma série de onze vitórias dos donos da casa naquela edição do Campeonato Inglês.
Após mostrar que poderia vencer o clássico com gol de Cristiano Ronaldo de pênalti aos 22, o United viu o Liverpool crescer na partida. Vidic falhou e Torres deixou tudo igual logo depois. Os visitantes viraram aos 43 com gol de pênalti de Gerrard, que comemorou de forma icônica beijando a câmera.
Virou 2 a 1, acabou 4 a 1. Vidic, que já havia falhado no primeiro gol, cometeu falta em Gerrard, aos 31 da etapa final, e foi expulso. Na cobrança, o brasileiro Fábio Aurélio marcou o terceiro. Nos acréscimos, Dossena fez o quarto e decretou a goleada.
Os Red Devils alcançaram grande vitória de virada, em Old Trafford, sobre o Milan, na partida de ida das semifinais da Champions League 2006/2007. Mas não resistiram à grande atuação do time italiano em Milão, liderado por Kaká, na melhor temporada da carreira do brasileiro.
Além de Kaká, aquele Milan tinha Clarence Seedorf, Andrea Pirlo, Alessandro Nesta e Filippo Inzaghi. Já Ferguson contava com Cristiano Ronaldo, Rooney, Giggs e Scholes.
Após a derrota por virada na ida, o Milan teve grande desempenho no San Siro e alcançou a final com tranquilidade. Os italianos acabaram o campeonato como campeões, em vitória sobre o Liverpool, dois anos depois do duelo histórico de Istambul.
Os gols marcados naquele 2 de maio de 2007 saíram dos pés de Kaká, Seedorf e Gilardino. O brasileiro abriu o placar aos 10 do primeiro tempo. O holandês aumentou já aos 20 da etapa inicial. E aos 32 do tempo final, com muita calma, Gilardino fechou o placar.
Uma das derrotas mais surpreendentes da trajetória de Ferguson no Manchester United. Em 20 de setembro de 1995, os Reds Devils foram derrotados por 3 a 0, dentro de Old Trafford, para o modesto York City, então na terceira divisão nacional, em partida válida pela segunda rodada da Copa da Liga 1995/1996.
O técnico escocês havia escalado um time com muito jovens e sem as principais referências. Foi a jogo com: Pilkington; Parker, Irwin, McGibbon, Pallister; P. Neville, Davies, Beckham, Sharpe, McClair e Giggs.
Os gols do 3 a 0, na possível maior vitória do York City, foram marcados por Tony Barras e Paul Barnes (2). Na partida de volta, Ferguson escalou a equipe com Cantona e Cole no comando do ataque. O United até venceu a partida por 3 a 1, mas a classificação ficou com o azarão York City, com o agregado de 4 a 3 sobre os Diabos Vermelhos.
Assim como em 2011, o Barcelona de Pep Guardiola venceu o Manchester United de Alex Ferguson na final da Uefa Champions League 2008/2009. A questão desse embate entre o espanhol e o escocês é que Guardiola estava somente no primeiro ano no comando do time principal da equipe catalã, enquanto Ferguson já tinha mais de 20 anos à frente dos Red Devils.
E apesar do tamanho e história de Ferguson, Guardiola foi melhor que o escocês tanto na final de Roma, em 2009, como na de Wembley, dois anos depois. Messi, com apenas 22 anos, já mostrava que seria dos maiores e iniciava rivalidade contra o Cristiano Ronaldo, na única final europeia que colocou os dois frente a frente.
O Manchester United, que havia conquistado o tricampeonato inglês em sequência, era um excelente time. Mas Ferguson talvez não tenha feito as melhores escolhas para a final, escalando apenas Rooney e Ronaldo no ataque, sem Berbatov ou Tévez completando o trio ofensivo. Tanto o argentino como o búlgaro entraram na segunda etapa, mas nada mudou no resultado final.
Depois de bom início dos ingleses, o Barcelona abriu o placar com Samuel Eto’o aos nove minutos. O camaronês foi acionado por Iniesta na direita do ataque, driblou Ferdinand, e bateu à queima roupa no gol de van der Sar, que ainda tocou na bola mas não evitou o gol.
O segundo gol veio aos 24 da etapa final, com Lionel Messi. Xavi, da direita, coloca na cabeça do argentino, que cabeceia com precisão no contrapé de van der Sar, dando números finais à final.
No dia 3 de outubro de 1999, os Blues aprontaram para cima do Manchester United, que tinha conquistado o treble na temporada anterior e mantinha uma sequência de 29 jogos sem perder.
Os comandados de Gianluca Vialli abriram o placar em Stamford Brigde logo no primeiro minuto de partida. Aos 28 segundos de jogo, Poyet contou com falha do goleiro Massimi Taibi para marcar de cabeça.
O segundo veio ainda na primeira etapa. Aos 16, Chris Sutton marcou seu primeiro gol com a camisa do Chelsea. Após cruzamento muito bem feito da direita, Sutton cabeceou no gol, vencendo Taibi. Cinco minutos depois, a situação do United fica ainda pior, com a expulsão de Nicky Butt.
O terceiro e quarto tentos vêm em sequência, aos 9 e 14 da segunda etapa. Primeiro Poyet aproveita rebote de Taibi dentro da área. Depois Henning Berg desvia para o próprio gol cruzamento da direita de Zola.
O último gol vem perto do fim da partida, aos 36. Le Saux acha Jody Morris em ótima posição dentro da área e meio-campista finaliza com firmeza entre as pernas do goleiro Taibi, que passou longe de ter uma boa atuação em Londres.
Era temporada 1996/1997. 3 de outubro de 1996. A rivalidade entre Newcastle e Manchester United começava a se aflorar após a perda do título dos Magpies para os Red Devils na temporada anterior. E a equipe de Ferguson já mostrava que poderia ser dominante na era Premier League.
No primeiro turno, o United derrota o Newcastle por 4 a 0. No returno, a vingança de Alan Shearer, David Ginola e companhia. Os clubes protagonizaram a disputa pela taça novamente, que foi vencida mais uma vez pelo clube de Manchester. Além das disputas pelo título, esse embate também ocorreu na tentativa de contratação de Alan Shearer, que preferiu Newcastle.
Naquele duelo, Ferguson não pode contar com peças como Roy Keane e Ryan Giggs, fato que enfraqueceu o meio-campo da sua equipe. O primeiro gol do Newcastle em Saint James Park, que entrou em sinergia com a equipe, foi marcado por Darren Peacock de cabeça, em lance duvidoso, aos 12 da etapa inicial. Não se sabe até hoje se a bola entrou totalmente no gol defendido por Schmeichel.
Aos 30 do primeiro tempo, o francês Ginola acertou um chutaço da esquerda, no ângulo de Schmeichel. Golaço para fazer 2 a 0. O terceiro, já na segunda etapa, aos 18, saiu da cabeça de Les Ferdinand, depois de cruzamento de Shearer da direita.
Shearer marcou o quarto aos 25, após duas defesas de Schmeichel. O tento derradeiro veio aos 38, com Philippe Albert. E um espetáculo de gol para fechar a histórica goleada. O belga, com sua perna esquerda, viu Schmeichel bastante adiantado e da entrada da área finalizou de cavadinha, com extrema habilidade e categoria.
Naquele 5 a 0, o Newcastle e seus torcedores acreditaram que o título da Premier League poderia enfim vir.