Jogada10
·26 de novembro de 2022
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O japonês Takuma Asano entrou de vez para o folclore da Copa do Mundo na última quarta-feira (23), quando fez o gol da histórica vitória em cima da Alemanha, por 2 a 1. O resultado improvável fez o mundo conhecer o ‘Jaguar’, como é conhecido o atacante, que comemora como o felino, como se estivesse mostrando as garras. Mas a história do camisa 18 vai muito além do aspecto curioso.
Asano chegou a esta Copa do Mundo depois de superar muitos percalços pessoais. Ele esperava ser chamado para o Mundial de 2018, na Rússia, mas acabou preterido na lista final e não pôde entrar em campo. O detalhe é que Asano tinha sido decisivo na classificação do time japonês para a Copa, mas não recebeu a convocação do técnico Vahid Halilhodzic.
Asano, o ‘Jaguar’, mostrou garra para chegar à Copa do Mundo – Anne-Christine Poujoulat/AFP
O que poderia ter sido a maior frustração de sua carreira serviu, no entanto, para que se reerguesse. Asano trocou o Hannover pelo Partizan, da Sérvia, onde marcou 18 gols na liga nacional e terminou como artilheiro do time. Dois anos depois, se juntou ao Bochum, da Alemanha, voltando a ganhar espaço na seleção. E recebeu a chance de jogar a Copa pelas mãos de Hajime Moriyasu.
“Tomei uma decisão quando entrei em campo: se tivesse uma chance, deveria chutar. Faz quatro anos e meio desde o dia em que esperei meu sonho recomeçar. A partir de hoje, farei o possível para realizá-lo”, disse Asano, referindo-se ao seu gol salvador e a tudo que passou pela cabeça quando o marcou.
Mas, até mais recentemente, Asano precisou ser forte mais uma vez. Em setembro, ele teve uma lesão no ligamento colateral medial do joelho direito. O prazo de recuperação era apertado: dois meses. Pois o ‘Jaguar’ provou que era forte: realizou um tratamento intensivo e, em novembro, já estava novamente em condições para ir ao Mundial.
Foram 68 dias sem jogar até entrar contra a Alemanha, mas Asano não se intimidou. No primeiro bom lance que teve, arrancou pela direita e estufou a rede do goleiro Neuer. Na comemoração, mostrou as ‘garras’ do jaguar, sua marca registrada. Um prêmio para a insistência e a resiliência.
“Desde o momento em que não fui convocado, venho imaginando esse jogo. E fazendo o possível para me preparar para estrear em uma Copa do Mundo. Enquanto eu jogar, devo trabalhar 100% duro e mostrar minha vantagem na velocidade. Tenho que agradecer a mim mesmo por não ter desistido”, completa.
O Japão pode se garantir nas oitavas da Copa do Mundo neste domingo (27), caso vença a Costa Rica e a Espanha bata a Alemanha, posteriormente.